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Imigração japonesa: 5 dicas culturais para celebrar os 117 anos no Brasil

Dia da Imigração Japonesa no Brasil: Jacqueline Sato sugere programações culturais, literárias e audiovisuais para se educar

Por Gabriela Nassif
Atualizado em 18 jun 2025, 13h37 - Publicado em 18 jun 2025, 09h00
O Dia da Imigração Japonesa é celebrado pelo 117° ano
Dia 18 de junho é celebrado 117 anos da imigração japonesa no Brasil.  (Divulgação | Murilo Yamanaka/Divulgação)
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O dia 18 de junho marca oficialmente a imigração japonesa no Brasil. A data não é apenas uma rememoração da chegada do navio Kasato-maru no porto de Santos, em 1908, mas uma celebração da contribuição dos japoneses à cultura brasileira que, muitas vezes, não foi reconhecida e visibilizada.

117 anos depois, a Embaixada do Japão no Brasil estima que cerca de dois milhões de japoneses vivem no país verde e amarelo, formando a maior comunidade japonesa fora do Japão.

Para comemorar a data, a atriz Jacqueline Sato, voz ativa na disputa por representações mais justas, plurais e complexas de corpos amarelos nas telas, traz uma seleção de cinco indicações culturais para expandir a compreensão sobre a presença e influência nipônica no Brasil. Confira:

1. Documentários

Documentários sobre a imigração japonesa no brasil
Documentários nipo-brasileiros “Onde as ondas quebram” e “Bem-vindos de novo”. (AdoroCinema | Copyright Embaúba Filmes/Divulgação)

Os documentários “Onde as ondas quebram” de Inara Chayamiti e o “Bem-vindos de novo” de Marcos Yoshi, foram duas sugestões da atriz, que tratam o assunto com visões autênticas e cheias de sensibilidade, explorando questões de xenofobia, racismo, pertencimento e identidade. 

2. Leituras

a imigração japonesa no brasil completa 117 anos
A imigração japonesa é retratada com sensibilidade na literatura. (Amazon/Reprodução)

Para quem prefere uma imersão literária, vale a pena conferir “Poemas Surdos”, de Isabella Yoshimura, um livro-diário que retrata o amadurecimento de uma jovem amarela durante a pandemia do COVID-19 no Brasil.

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“Sob o Sol a Pino”, de Ana Shitara, é um romance que busca dar voz a imigrantes e descendentes de japoneses, buscando, sobretudo, a representatividade das mulheres amarelas.

Em “Peixes de Aquário”, Rafaela Tavares Kawasaki nos apresenta uma família japonesa em uma narrativa dividida. A obra explora, por um lado, os ataques xenofóbicos que cercam a família e, por outro, os complexos conflitos humanos e culturais que vivenciam internamente.

Caso queira mais recomendações literárias sobre o assunto, acompanhe o coletivo de escritoras brasileiras com descendências asiáticas. 

3. Filmes

A imigração japonesa é retratada com sensibilidade em obras culturais.
“Amarela” explora as complexidades da identidade cultural e os desafios de pertencer a dois mundos distintos. (AdoroCinema/Divulgação)

O curta “Amarela”, de André Hayato Saito, reconhecido nacional e internacionalmente, aborda temas como identidade, pertencimento e as tensões vividas diariamente por descendentes de imigrantes. Por enquanto, a obra ainda está em exposição no circuito de festivais e não está disponível em plataformas de streaming.

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Enquanto não é disponibilizado para o público, é possível desfrutar de outras produções audiovisuais que contemplam a temática, comoOkinawa Santos” (2024), que retrata a história não contada da imigração para o Brasil e a forma como os japoneses foram obrigados a deixarem suas casas e pertences após a guerra. 

4. Programa “Mulheres Asiáticas”

Programa
Jacqueline Sato, Danni Suzuki e Maíra Kimura no primeiro episódio de “Mulheres Asiáticas”. Direção: Aya Matsusaki e Denise Meira do Amaral Takeuchi (E! Entertainment / Gabriel Bassani/Divulgação)

Apresentado por Jacqueline Sato, “Mulheres Asiáticas” combina elementos de documentário, talk show e reality show, que traz à tona as experiências de mulheres nipo-brasileiras que compartilham suas histórias de vida, desafios e conquistas.

Cada episódio apresenta duas convidadas de diferentes faixas etárias e áreas profissionais, promovendo diálogos sobre ancestralidade, identidade, representatividade e superação de estereótipos. “O programa trouxe muita cura e novas perspectivas para muitas das envolvidas e, também, para a audiência”, contou. 

Jacqueline atua frente às câmeras, mas também, nos bastidores da criação. “Acho essencial que estejamos nos posicionando e, principalmente, trazendo novas narrativas, enunciando nossas próprias histórias, buscando fazer isso através do nosso olhar e não sob o olhar e decisão do outro”, expressou.

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Ela acaba de voltar do Festival de Cannes, onde acompanhou uma mostra dedicada a artistas amarelos como protagonistas. Mais do que espectadora, ela participou como produtora associada do curta “Amarela”.

Essa mesma luta por representatividade também marcou seu trabalho em “Volta Por Cima”, novela da TV Globo, onde interpretou Yuki, uma personagem construída longe dos estereótipos comumente associados a pessoas nipo-brasileiras, reforçando a importância de retratar a pluralidade sem cair em caricaturas.

5. Visite em São Paulo

Se você busca uma programação mais imersiva, São Paulo oferece inúmeros eventos que celebram a imigração japonesa no Brasil. Uma ótima pedida é o Festival do Japão, que este ano acontece de 11 a 13 de julho. Lá, você encontra uma variedade de atrações, como gastronomia japonesa, apresentações culturais, shows musicais e workshops.

Outra excelente opção para mergulhar nessa cultura é o Museu da Imigração Japonesa, localizado no bairro da Liberdade. Para uma experiência mais intimista, a Japan House na Avenida Paulista é um centro cultural japonês que promove exposições temáticas temporárias, tem uma biblioteca, uma loja de artigos e o restaurante Aizomê, da Chef Telma Shiraishi, que segue a proposta da casa de mostrar a diversidade do Japão.

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