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Referência no mercado de consultoria de imagem, Rachel Jordan é especialista em comportamento profissional e atua como consultora, mentora e palestrante para empresas e pessoas que desejam desenvolver suas habilidades emocionais e alavancar a carreira. Co-autora do Livro À Sua Moda – 4Talks, Rachel também ministra cursos e workshops na área
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Entenda a moda genderless e sua proposta para todos os sexos

"A roupa, finalmente, começou a ser vista como uma representação da nossa essência", escreve a colunista Rachel Jordan

Por Rachel Jordan*
Atualizado em 26 jan 2022, 17h31 - Publicado em 26 jan 2022, 17h23

A moda sempre foi um importante espelho do comportamento da sociedade. À medida que avançamos social e culturalmente, e derrubamos padrões nos mais diferentes segmentos, esses movimentos também se refletem em todos os elementos que envolvem a cadeia fashion, da criação à produção.

Atualmente vivenciamos uma tendência que a cada dia ganha mais força no que se refere à desconstrução social de um padrão que foi imposto a homens e mulheres durante séculos. Enquanto nós, mulheres, sempre fomos vistas como frágeis e vulneráveis, os homens eram rotulados como fortes e provedores.

Leia também: Moda ‘gender-fluid’ defende liberdade de escolhas. Veja looks autênticos

E esse conceito, totalmente equivocado e injusto para ambos os lados, sempre se refletiu de alguma forma na vestimenta. Mas, há alguns anos, começamos a observar a quebra de estereótipos entre masculino e feminino ganhar força também na moda.

Harry Styles
O cantor inglês Harry Styles tem ganhado mais liberdade em suas escolhas. No Met Gala de 2019, passou pelo tapete vermelho usando um macacão de renda, botas de salto alto e um brinco de pérola – um colar de pérolas e unhas pintadas são escolhas recorrentes (| Foto: CLAUDIA/Getty Images)

A roupa, finalmente, começou a ser vista como uma representação da nossa essência, daquilo que desejamos expressar independentemente da nossa identidade e definição de gênero.

Os avanços em torno de temas como representatividade de gênero e diversidade abriram mais espaço para as roupas com o conceito genderless. Um movimento que, sem dúvida alguma, vem derrubando a ideia, hoje considerada ultrapassada, de que as roupas são feitas para atender de forma distinta ao homem e a mulher.

As marcas conectadas com as grandes mudanças da sociedade já entenderam que resistir a esse conceito é caminhar na contramão dos valores do mundo contemporâneo, que valorizam a personalidade de cada pessoa independentemente de seu gênero e livre de qualquer padrão.

Embora a onda agênero esteja ganhando mais relevância por meio da chamada Geração Z – pessoas nascidas entre o final da década de 1990 e 2010 – que, como muitos jovens de diferentes gerações exprimem o desejo de transformar o pré-estabelecido, além de rejeitar rótulos e definições, é importante ressaltar que essa polêmica não é nova no mundo fashion.

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Billie Eilish
A cantora norte-americana Billie Eilish já foi questionada pelo seu estilo tomboy e respondeu alegando que escolhe os looks pelo conforto, além de se posicionar contra a sexualização do corpo feminino (| Foto: CLAUDIA/Getty Images)

Nos anos 1920, a estilista Coco Chanel chamou a atenção ao inserir peça masculina em um desfile feminino, abrindo, já naquela época, um canal de discussão sobre o assunto. Anos depois os designers japoneses Rei kawakubo e Yohji Yamamoto também criaram peças que colocavam abaixo velhos rótulos com roupas mais fluidas.

Com esse movimento em alta, o varejo vem se atualizando para atender à nova realidade do mercado. Vale lembrar que hoje nós, consumidores, buscamos cada vez mais marcas com propósito, que atendam nossos anseios de diversidade, sustentabilidade e inclusão em todos os aspectos.

Muitas marcas, nacionais e estrangeiras, já criaram campanhas e coleções com proposta agênero. Mas, atenção, porque o termo Genderless ainda gera dúvidas para aquelas (es) que não acompanham o movimento de perto. Diferentemente da moda unissex, elaborada para atender todos os gêneros, a moda agênero não possui a percepção de gêneros e, sim, de pessoas. A proposta é deixar todas (os) livres para usarem aquilo que desejarem.

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É, sem dúvida, uma mais moda livre para expor nossos desejos, estilos e, por que não, sexualidade? Não estamos mais falando de uma roupa masculina que também possa ser usada por nós, mulheres. Estamos falando de modelagens, estampas e tecidos que agradem a qualquer pessoa.

As semanas de moda e as últimas cerimônias do Oscar têm funcionado como um termômetro dessa tendência que segue em alta. Os vestidos de gala que sempre foram envergados pelas atrizes, abriram espaço para e calças e ternos de alfaiataria, enquanto atores ousaram ao desfilar de smoking-vestido.

Janelle Monáe
A cantora Janelle Monáe no Paris Fashion Week 2019/2020 (| Foto: Kirstin Sinclair/Getty Images)

E você, é adepta da moda genderless? Abaixo algumas dicas de looks, acessórios e calçados que se adequam ao conceito agênero e que podem ser usados por qualquer um(a) de nós, deixando aflorar nosso estilo, essência e personalidade.

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Dupla infalível

Nada mais representativo da moda agênero do que uma camisa de botão e uma calça de alfaiataria. Do look despojado para um encontro informal com as amigas até uma vestimenta de trabalho, as peças podem ser usadas com muita criatividade e estilo demonstrando aquilo que você deseja comunicar.

Escolhas básicas

Se você ainda se sente insegura para investir na onda genderless, mas quer adotar o conceito, que tal começar por uma camiseta básica e um jeans de corte reto feito para mulheres e para homens? Neste caso, as cores preta e branca, além de tons mais neutros, são os mais indicados. Apesar da simplicidade das peças, elas conferem um toque de personalidade ao look.

Modelagens

As marcas agênero têm se preocupado com as modelagens, já que as peças devem atender a pessoas de diferentes tamanhos. Modelagens mais fluidas como as dos moletons, por exemplo, podem ser uma ótima opção. Blazers mais soltos e de corte reto também podem ser usados de forma criativa. Existem opções originais e cheias de estilos para todos os gostos.

Peças utilitárias

Surgidas no guarda-roupa militar, as calças cargo passaram por uma repaginada e se tornaram novamente a queridinha da moda de rua. Os modelos atuais são mais justos e estilosos podendo ser usados por homens e mulheres de diferentes formas.

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Calçados

Os sapatos Oxford têm se mostrado uma forte tendência nas últimas coleções. Charmosos e cheios de personalidade, eles conferem um toque de elegância a qualquer look. Muitas marcas de tênis também já adotaram a pegada agênero, podendo ser usados para compor um look mais básico ou até mesmo um mais sofisticado.

moda genderless
Botas e coturnos também são cada vez mais vistos em looks neutros (| Foto: Mikhail/Pexels)

Acessórios

Peças essenciais no guarda-roupa feminino, os acessórios também podem ser agêneros e usados por homens. Designers criativos estão criando linhas originais e diferenciadas de brincos, correntes e pulseiras para serem usadas por pessoas independentemente do gênero.

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