Tarô: entre 31/10 e 6/11, energia é de tentações, ganhos e ambição
Com a carta do Diabo, não exagere, evite excessos e “aproveite com moderação”
No tarô, a carta do Diabo traz a oportunidade de trabalharmos o nosso “lado sombra”, aquela parte que rejeitamos ou escondemos em nosso inconsciente.
“Se libertar do medo do diabo é sabedoria.” (Umberto Eco)
Nesta semana, fomos contempladas com nada mais, nada menos do que a carta do Diabo. Mas, calma, não há nada a temer! No tarô, o Diabo, apesar de ter uma imagem assustadora, não representa propriamente o demônio, Lúcifer, Satanás ou Belzebu. Na verdade, ele simboliza o nosso lado mais sombrio e os nossos instintos mais humanos que, muitas vezes, nos impedem de ser a melhor versão de nós mesmas. São os famosos conflitos internos existentes em cada uma de nós, fazendo com que muitas vezes fiquemos divididas, oscilando entre a situação considerada ideal e a indesejada (mas irresistível), numa verdadeira dicotomia psicológica. O nome Diabo se origina da palavra grega “diábolos”, que significa “opositor”. Neste caso, todas nós temos os nossos adversários interiores, ou melhor, os nossos demônios interiores para vencer, não é mesmo?
Na carta de número 15 do tarô, o Diabo é representado em sua forma mais conhecida: a imagem de Baphomet. Esta figura demoníaca originalmente representava o equilíbrio entre o bem e o mal, masculino e feminino, humano e animal. No entanto, acabou sendo ligada ao ocultismo e coisas consideradas “más”.
O Diabo no tarô nada mais é do que a representação das “seduções” do mundo material. Já diria Oscar Wilde: “Posso resistir a tudo, menos à tentação.” Portanto, nesta semana, você corre um sério risco de literalmente” cair em tentação”. E o que isso quer dizer? Do latim “temptatio”, é a instigação que induz o desejo de algo: uma coisa, uma pessoa, uma situação. Algo considerado “errado” ou que deveria ser evitado, tais como os “pecados capitais”: orgulho, preguiça, cobiça, luxúria, avareza, gula, ira.
Sem julgamentos. Sabemos que a tentação é inevitável. Logo, aqui não se aplica o conceito religioso de pecado nem o pensamento maniqueísta onde o bem (luz) e o mal (trevas) são opostos irreconciliáveis.
Este arcano é muito bom quando se trata de dinheiro, status e poder. Mas, não podemos negar que diabo é diabo e tudo nele é em excesso. Com a energia desta carta, você tanto pode “fazer o diabo” e dar conta de inúmeras coisas, quanto padecer “comendo o pão que o diabo amassou”. Tudo é tenso e intenso.
O Diabo caracteriza bem o hedonismo clássico do prazer momentâneo em seus vários aspectos: sexual, gastronômico, consumista (“Eu mereço”). O conselho é para que você não acabe se tornando uma escrava dos seus desejos. Afinal de contas, “Quando começou a comprar almas, o diabo inventou a sociedade de consumo.” (Millôr Fernandes)
Nas questões do amor, tenha cuidado também com as paixões desmedidas e relacionamentos tóxicos. Caso contrário, a sua vida amorosa pode acabar de transformando num verdadeiro inferno.
Assim como existe a frase de advertência em bebidas alcoólicas de “beba com moderação”, a carta do Diabo deveria vir com este mesmo tipo de aviso, só mudando o tipo de objeto de consumo. Portanto, não exagere, evite excessos e “aproveite com moderação”.
Boa semana e muita luz.