O que aprendi com Oprah Winfrey

Semanas atrás tive o privilégio de poder ouvir Oprah Winfrey, que veio a São Paulo para participar de um evento promovido pela XP. Que mulher inspiradora! Em pouco mais de uma hora de conversa entre ela e a atriz Taís Araújo, aprendi muito e não poderia deixar de compartilhar aqui um pouco dessa experiência.

Para além do que ela falou, suas atitudes deixaram um recado. A forma generosa como ela dividiu o palco com Thais foi marcante e mostrou o quão grande ela é e o quanto ela está realmente decidida a empoderar outras pessoas. 

Hoje, aos 70 anos, Oprah é uma das personalidades mais respeitadas do planeta e construiu sua jornada com muita autoconfiança e sabedoria. Nascida em uma família pobre no Mississippi, nos Estados Unidos, ela superou uma infância difícil, morando em uma casa sem água encanada e sofrendo abusos. 

Foi apresentadora e produtora do “The Oprah Winfrey Show”, um programa de auditório de grande sucesso, que esteve no ar por 25 anos e tornou-se um fenômeno cultural, atraindo celebridades, líderes mundiais e pessoas comuns compartilhando suas histórias. Surpreendeu a todos ao abrir mão de seu horário nobre e fundar sua própria rede de TV a Cabo, a OWN.

Sua dedicação à filantropia também é notável. Criou a Fundação Oprah Winfrey para contribuir com a educação e bem-estar de crianças e mulheres em todo o mundo.

Durante sua apresentação aqui no Brasil ela contou de uma das iniciativas, a Academia de Liderança para Meninas na África do Sul, que oferece educação de alta qualidade para jovens de baixa renda.

A instituição era uma ideia antiga, que ela revelou a Nelson Mandela, quando passou dez dias na casa dele. Ao dizer que um dia criaria essa instituição, o ex-presidente da África do Sul e ativista contra o racismo disse “não, você vai criar essa instituição agora”.

Ele ligou para os órgãos competentes e deu a ela o caminho das pedras para colocar seu sonho em prática.

À época, ela já tinha muitas obras assistenciais, mas percebia que seu objetivo não era alcançado. “Não adianta só dar dinheiro, você tem que mudar a visão das meninas sobre elas mesmas e com isso elas conseguem sair da pobreza.”

O que Oprah desejou para as jovens da África do Sul, ela fez por si mesma. Ainda pequena, sua avó a chamou na cozinha para ensiná-la a cozinhar, porque um dia ela iria precisar. Ela disse “não vou”. Por quê? Porque ela ainda criança já tinha a clareza de que era ela que determinaria os caminhos que iria seguir. “Você se torna aquilo que acredita ser possível, por isso, crie uma visão grandiosa sobre você para a sua vida”, disse ela.

Essa frase de Oprah não foi a única declaração que mostrou toda a sua força. Ao ser perguntada se em algum momento ela se sentiu diminuída, ela afirmou: “Eu nunca me senti menor, nunca tive a síndrome do impostor. Eu sei de onde eu venho e tenho comigo a presença de todos os meus ancestrais”. 

A apresentadora falou bastante sobre a importância de sermos líderes do nosso destino, e uma forma de nos guiarmos é sempre perguntar o porquê de estarmos fazendo algo. 

Falando para uma plateia majoritariamente do mercado financeiro, ela contou que a riqueza nunca foi sua meta maior. “Meu objetivo nunca foi fazer dinheiro, mas conseguir fazer um uso melhor dele”, afirmou.

Seu último conselho, que todas nós deveríamos seguir: “Se você for autêntica consigo mesma, você atingirá seu eu mais elevado”. 

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