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Regeneração, por Lua Couto

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Lua é fundadora da plataforma @futuropossivel, pesquisadora, palestrante e consultora de inovação regenerativa. Acredita que o ativismo pode ser prazeroso e transformador

Por um Ativismo Prazeroso em favor da vida

O ativismo pode ser uma expressão do nosso desejo profundo de viver plenamente e de transformar o mundo com base na plenitude

Por Lua Couto
12 ago 2024, 17h00
ativismo amoroso
O dia em que conseguirmos fazer com que a justiça seja tão prazerosa quanto necessária, realmente transformaremos o mundo (freepik/Freepik)
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Quando falamos em ética, muitas pessoas torcem o nariz, associando-a a algo chato e enfadonho. Ética, para muitos, é uma cobrança, uma exigência que parece ser o oposto da alegria e do prazer. Mas eu, como ativista pela regeneração do mundo, comecei a questionar essa visão. Será possível que o meu trabalho, que me enche de significado, pertencimento e humanidade, seja algo velho, mofado e chato? 

A ética amorosa e radical 

Para responder a essa pergunta, busquei apoio nos ombros de outras mulheres que vieram antes de mim e que pensaram sobre ética de maneira radical e amorosa.

Mulheres como Audre Lorde e bell hooks exploraram o motivo pelo qual nos afastamos daquilo que cria laços comunitários fortes e gera verdadeira felicidade em nós. 

Quando falo de uma perspectiva ética, refiro-me à ética enquanto um princípio filosófico, uma conexão coletiva, uma sacralidade e uma gratidão pela dádiva de estar vivo.

Eu venho trabalhando no conceito da “ética da continuidade”, que reverencia a continuidade da vida e tudo o que é necessário para que ela aconteça. Mas este texto é sobre algo mais específico: o ativismo prazeroso

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O erotismo como fonte de poder 

Audre Lorde, em “Uses of the Erotic: The Erotic as Power”, redefine o erotismo como uma fonte profunda de poder e informação dentro de nós. Para Lorde, o erotismo não se limita ao campo sexual, mas se estende ao sentido mais amplo de viver intensamente. Ele é a base para o nosso senso mais íntimo de satisfação; é o que nos impulsiona a buscar a excelência em todas as áreas da vida. 

Essa visão de Lorde ressoa com a ideia de um ativismo prazeroso. Se entendermos o erotismo como essa força vital que conecta nosso ser interior ao mundo exterior, podemos ver como ele pode infundir nossas ações com alegria e propósito.

O ativismo, então, deixa de ser uma tarefa árdua e passa a ser uma expressão do nosso desejo profundo de viver plenamente e de transformar o mundo com base nessa plenitude. 

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Conexão com o Ativismo Prazeroso 

Ao integrar o conceito de erotismo de Audre Lorde com a prática do ativismo, encontramos uma nova forma de encarar a ética. A ética deixa de ser um conjunto de regras abstratas e se torna uma prática encarnada, vivida através do prazer e da alegria.

Este é o ativismo prazeroso: uma forma de lutar por justiça e transformação social que não se opõe ao prazer, mas que o incorpora como parte essencial do processo.

Quando olhamos para pensadoras como Audre Lorde, vemos um resgate da conexão com quem somos, com nosso corpo e com a vida. Lorde nos ensina que “o dia em que conseguirmos fazer com que a justiça seja tão prazerosa quanto necessária, realmente transformaremos o mundo”.

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