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Qual é seu lugar de fala?

Tantas atrocidades difíceis de entender fazendo com que as pessoas se manifestem e se posicionem

Por Rachel Maia*
Atualizado em 15 jun 2020, 17h23 - Publicado em 15 jun 2020, 16h00
 (Joe Raedle/Getty Images)
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Com 49 anos e mãe de dois filhos – Sarah Maria(8 anos) e Pedro Antônio (9 meses) – acordo às 6 horas e fico na cama pensando em qual será meu lugar de fala neste dia que nasce.

Minha formação acadêmica, combinada com minhas habilidades no interpessoal, me deram esta incrível oportunidade de participar de algumas lives neste momento de isolamento pela COVID-19. Assim como poder construir novas “pontes” em meus relacionamentos, seja com as amigas (que vez ou outra tomamos um vinho em nossas festinhas virtuais), ou, durante o dia de trabalho (longo mas muito produtivo) tendo a responsabilidade de manter a empresa conectada, descobrindo possibilidades infinitas antes nunca imaginadas.

Ter mais tempo de prestar atenção nas atrocidades acontecendo contra vidas humanas, poderia aqui citar tantos exemplos desde o garoto assassinado dentro de casa (João Pedro, no Rio de Janeiro) ou o homem assassinado por um policial no meio da rua (George Floyd) e tantos outros, razões difíceis de compreender e fazendo com que as pessoas se manifestem se posicionando, dizendo SIM, VIDAS NEGRAS IMPORTAM.

O índice de violência doméstica aumentando, tantas Giseles, Anas e Marias sendo agredidas apenas por estar convivendo em casa. Um grande BASTA a tudo isto que vai contra a transformação ao ser humano melhor.

Sonhar é bom, planejar é necessário e realizar é fundamental, mesmo com os vários “nãos” e tombos que levaremos, pratiquemos a resiliência. Um grande SIM, alto e sonoro, para me posicionar no meu lugar de fala.

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Dicas da Rachel Maia: manter-se se exercitando em fazer o bem ao próximo de forma contínua e genuína pode ser uma excelente ação a favor da solidariedade. Você pode e tem o direito de me perguntar, ‘por que, Rachel, devo fazê-lo?’ Minha resposta é que o índice de desemprego cresce vertiginosamente em 11,9% no primeiro trimestres de 2020 e o resultado é falta de arroz e feijão no prato do brasileiro.

Minha série do momento: Outlander (Fox Premium e Netflix)

Meu filme: O Diário de Sarah (Netflix)

 

*Rachel Maia é CEO da Lacoste no Brasil e tem como lema de vida os princípios “Sonhar, Planejar e encontrar formas em Executar, se cair, levante e persista”

 

 

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