Peças de brinquedo são usadas como prótese em tartaruga
Para substituir as duas patinhas traseiras do animal, peças de resina foram coladas em sua carapaça
Michelangelo, um cágado, ganhou próteses especiais no lugar de suas patinhas traseiras, em Uberaba (MG). Um médico veterinário usou da criatividade e transformou peças de brinquedos de resina em uma forma de locomoção.
A espécie chegou ao Hospital Veterinário de Uberaba (HVU) depois de ser encontrada pela Polícia Militar Ambiental. Segundo Cláudio Yudi, responsável pela ideia, a maior probabilidade é de que o animal já tenha nascido sem as patas, já que não sabem muito sobre o caso.
A solução encontrada pelo profissional e por alunos do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Uberaba (Uniube) foi bem simples. Eles usaram peças de brinquedos resistentes para a locomoção de Michelangelo.
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“Adaptamos oito peças, que foram coladas na carapaça dele. Foi um sucesso. Hoje, o animal anda muito bem e consegue se movimentar com as rodinhas”, explica Cláudio. “As peças não substituiriam as patas, mas serviriam de apoio.”
Para que as pequenas próteses fossem aderidas pelo corpo da tartaruga, foi usada uma resina especial, utilizada até por dentistas. “É uma cola que se adapta a materiais orgânicos e tecidos vivos”, pontua o especialista.
No entanto, por mais que a mudança tenha sido um sucesso, Michelangelo não poderá voltar ao seu habitat natural. “As tartarugas, em especial, conseguem se adaptar muito bem a próteses. Mas ela não vai poder voltar à natureza, porque a falta das patas pode dificultar na hora de nadar e nas mudanças de ambiente”, esclarece Cláudio.
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Por esse motivo, o animal ficará no hospital, para mais estudos e novas adaptações. Confira as próteses criativas da pequena tartaruga:
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