Relâmpago: Revista em Casa por R$ 9,90
Imagem Blog

Martchela - Ministra do Namoro

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Jornalista, atriz e humorista, @martchela__ é apresentadora do Lambisgóia Cast

Todas as vezes em que me perdi por amor

Uma linha do tempo afetiva com trilha sonora de boyband e términos de verão

Por Martchela - Ministra do Namoro
17 jun 2025, 17h00
Imagem de mulher caindo aparentemente se perdendo
Quando olhamos para dentro, descobrimos que o amor sempre esteve mais perto do que imaginávamos (Getty Images/Reprodução)
Continua após publicidade

Desde que me conheço por gente — e me lembro bem dos meus seis anos de idade — sou uma garota apaixonada. Meu primeiro alvo foi Henrique, meu vizinho. Ele, como seria de se esperar, preferia a velocidade dos carrinhos à atenção de uma garotinha magra, com dentes separados e fama de valentona no prédio da Vila Ema.

Todos ali sabiam da minha paixão (que mico, Martchela!). E, claro, Henrique invariavelmente fugia. Eu, sem a menor ideia de como lidar com aqueles sentimentos infantis, descontava nele a confusão, com uns bons empurrões. Desculpe, Henrique, se um dia esta coluna chegar a você: a verdade é que eu não entendia nada do que sentia. Mas ali, naquela confusão, nasceu meu primeiro amor.

Depois, veio Daniel, minha paixão pré-adolescente. Esse sim foi apaixonado por mim. Nossas ligações, ainda em telefone com fio, tinham trilha sonora de More Than Words, na versão da boyband Westlife. Claro que com uma grande paixão vem também a primeira decepção: Daniel não me deu meu primeiro beijo, me deu um fora.

Veja bem, eu cresci com aquele orgulho besta de ser “difícil”. E foi aí que perdi meu grande amor… e ganhei minha primeira gastrite, que me acompanha até hoje. Valeu, Daniel! Chorava de madrugada e levei tempo para esquecê-lo. Quando achei que o tinha superado, anos depois, nos encontramos no colégio. Traumático? Um pouco. Superado? Em partes. 

Imagem de mulher pensativa com um coração inteiro na mão
Confesso que, de um tempo para cá, perdi a fé no amor romântico e nos relacionamentos (Freepik/Reprodução)

Depois disso, vieram outros Henriques e Daniéis. Tive ainda amores de verão. Inclusive com André, aos 17 anos, que um dia virou para mim e disse: “Você é minha PRO-PRI-E-DA-DE”. Eu, sem saber ainda o que era feminismo, gritei de volta: “Não sou de ninguém!”. E assim perdi outro amor efêmero e algumas lágrimas rolaram pela areia. 

Continua após a publicidade

A vida foi cheia de amores, paixões e desilusões. E talvez por isso eu tenha criado o Lambisgoia Cast, meu podcast onde converso com mulheres admiráveis, mas cujo centro sempre foi o mesmo: o amor que acaba. O amor ruim. O fim e a vulnerabilidade dos sentimentos. E, claro, há muitas risadas. Afinal, quem nunca sofreu por um amor medíocre? Confesso que, de um tempo para cá, perdi a fé no amor romântico e nos relacionamentos. 

Quando comecei a escrever esta coluna, estava atravessando a mais difícil separação da minha vida. É duro acreditar em frases motivacionais, e ainda mais aconselhar minhas seguidoras. Não é fácil falar sobre amor com tantos olhos e ouvidos atentos, talvez até com sorrisos diante das minhas piadas, justamente quando eu sentia que perdia o meu grande amor.

Mas foi nesse vazio que encontrei um amor ainda maior: a autoestima. Sempre fui uma apaixonada. Pelo outro. Contudo, durante um longo tempo, negligenciei um amor essencial: o por mim mesma. 

Foi esse afeto que precisei resgatar com urgência. Aprendi que se abandonar em nome do amor alheio é o preço mais caro que se pode pagar. E se há uma mensagem crucial que eu desejo que você, leitora, absorva deste texto é: não deixe que o amor-próprio se perca na sua trajetória. 

Continua após a publicidade

Quando os holofotes se voltarem para você no momento mais crítico, quando a vulnerabilidade daquele pesadelo de estar nua em público se tornar uma realidade emocional, quando todos os olhares carregarem julgamento, o que a salvará não é o amor que dedicou a alguém, mas o que você cultivou em si. O olhar compassivo, a mão que repousa em seu próprio ombro, o refúgio interior.

Hoje, sigo apaixonada. Mas por mim. Desejo profundamente que você, aí do outro lado, encontre esse amor. Ou que inicie essa busca com a mesma intensidade que um dia depositou no outro. Acredito que, em todos esses anos olhando para fora…, só faltava um olhar gentil direcionado a mim. E, agora, esse olhar é o meu próprio.

Assine a newsletter de CLAUDIA

Receba seleções especiais de receitas, além das melhores dicas de amor & sexo. E o melhor: sem pagar nada. Inscreva-se abaixo para receber as nossas newsletters:

Continua após a publicidade

Acompanhe o nosso WhatsApp

Quer receber as últimas notícias, receitas e matérias incríveis de CLAUDIA direto no seu celular? É só se inscrever aqui, no nosso canal no WhatsApp

Acesse as notícias através de nosso app 

Com o aplicativo de CLAUDIA, disponível para iOS e Android, você confere as edições impressas na íntegra, e ainda ganha acesso ilimitado ao conteúdo dos apps de todos os títulos Abril, como Veja e Superinteressante.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

A partir de 9,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.