A era do cringe heterossexual: por que ter um namorado é embaraçoso?
No turbilhão da vida moderna, o amor heterossexual se desfaz em peças de um quebra-cabeça em desuso
Aparentemente, o novo medo coletivo feminino não é mais envelhecer, é postar o namorado e virar piada na rodinha quando tudo der errado. Porque 95% das vezes vai dar errado. Aceite. Entre a vergonha alheia e o cansaço crônico da heterossexualidade, estamos vivendo a era do cringe heterossexual — um colapso existencial disfarçado de estética cool. A própria Vogue britânica perguntou: “ter um namorado é embaraçoso agora?”. E a resposta veio com um suspiro: um pouco, sim. Não por trauma, mas por consciência. (mas um pouco de trauma também vai).
As mulheres estão cansadas de carregar relacionamentos como troféus emocionais enquanto ainda precisam fingir que “estão muito bem, obrigada” quando o prêmio vira peso morto. O amor hétero virou uma espécie de reality show que ninguém quer mais assistir. Afinal, em tempos de heterofatalismo e heteropessimismo, estar com um homem é quase um ato político — e dos menos populares, diga-se de passagem.
O amor virou uma performance cansativa!
Ser solteira, por outro lado, virou o novo soft power: um flex, um grito de autonomia, um “prefiro o caos sozinha do que a terapia em casal com quem não lava o copo e não sabe onde guardar a toalha limpa”. Não é que amar tenha virado vergonha. É que, entre o machismo no dia a dia, as expectativas desiguais e a performance de “casal Pinterest”, o romance hétero parece mais um sistema operacional ultrapassado. Envelheceu como leite.
Mulheres estão emocionalmente exaustas, financeiramente independentes — e espiritualmente desinteressadas em servir como suporte emocional de homem confuso. Ninguém aguenta mais! Enquanto isso, a moda acompanha o manifesto: ternos estruturados, bolsas gigantes, quiet power dressing. Menos “sou a namorada dele”, mais “sou a CEO de mim mesma”. E os namoros heterossexuais? Seguem em queda livre. Então, sim, talvez ter um namorado hoje seja ligeiramente constrangedor — não pelo afeto, mas pelo contexto. Não é vergonha amar. Vergonha é insistir num modelo de amor que nunca nos favoreceu.
Mas algo de bom tem em tudo isso, um homem hoje para estar com a gente precisa merecer muito!
E quando eu digo muito eu falo muito mesmo!
Saímos do lugar em que queríamos ser escolhidas e passamos a escolher.
Então o homem para nos conquistar além de fazer terapia, se conhecer, vai precisar escalar para alcançar a nossa régua.
E enquanto isso não acontece vamos planejar as próximas férias com nossas melhores amigas.
Um brinde às boas escolhas!
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