Tornozeleira eletrônica: novo acessório carioca
É cada vez mais comum ver homens com as suas pelas ruas do Leblon - e, aparentemente, com orgulho
Qualquer pessoa que passa por uma prisão imagina-se envergonhada. Ledo engano. Se você vai passear no calçadão de Ipanema, andar nas ruas de Copacabana, dar um tibum no mar do Leblon, brotam vários caras com shorts da moda, cabelo estilo “nevou” e a tal da tornozeleira eletrônica.
Virou acessório fashion. Não têm vergonha, ostentam feito grife e virou padrão moleque-esperto. Só no Rio isso vinga. Somos a cidade maravilha da alegria e do caos. E olha que nem estamos mais no verão, mas aqui anda-se desnudo em qualquer “rolé”.
Eu fico bege só de perceber como o que é defeito para uns, vira virtude para outros. Como carioca raiz, sem muito pudor, abordei um sujeito ornando a tal tornozeleira: “não tem senso de sair assim?”. O cara deu de ombros e ainda rebateu: “as mina pira”.
É, viver no CEP 021 é para os fortes. Pensei nos colarinhos brancos que roubaram milhões na lava jato e continuam a fazer seus caixas 2 na cara da sociedade. Será que eles também curtem a algema de pés? Os costumes ditam moda e se essa onda law and disorder persistir, já já vai ter camelô vendendo a preço de banana. À conferir.