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Novidades e reflexões sobre k-dramas, k-pop, k-beauty e a onda coreana como um todo! Pela jornalista Ingrid Luisa.

“Quero experimentar o funk brasileiro”, diz BAEKHYUN após shows no país

Em entrevista exclusiva à CLAUDIA, o astro do k-pop conta o que sentiu ao se apresentar no Brasil, as influências do novo álbum e seus desejos para o futuro

Por Ingrid Luisa
15 jul 2025, 12h15
Baekhyun com o chapéu que utiliza na performance de Bambi.
Baekhyun com o chapéu que utiliza na performance de Bambi. (INB100/Divulgação)
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Há exatos um mês, quando as luzes apagaram e Baekhyun estava prestes a entrar no palco para se apresentar pela primeira vez em solo brasileiro, senti um arrepio. Os EXO-L na plateia gritavam, riam e choravam, emocionados, incrédulos que aquilo estava mesmo acontecendo.

Ao meu lado, uma fã vestida com a já clássica camiseta de beisebol branca escrito EXOPlanet, com o nome Baekhyun e o número 4 atrás, brilhava os olhos atentos ao palco enquanto balançava uma Eribong (nome do lightstick do EXO). Todo mundo que estava ali esperou 13 anos para ver o ídolo. E finalmente o momento estava chegando.

Baekhyun surgiu majestoso: cabelo loiro acinzentado, jaqueta e calça jeans preta com brilhos e uma camisa branca solta com gravata. O astro começou o show confiante e intenso, com Young, hit de 2018, apresentando uma coreografia marcante ao lado dos dançarinos.

“Na verdade, estava com sentimentos misturados de nervosismo e empolgação”, revelou Baekhyun à CLAUDIA, em entrevista exclusiva após o show.

“Existia uma parte de mim que se preocupava: ‘E se eles tiverem me esquecido por causa da longa espera?’, mas também havia uma grande expectativa por finalmente compartilhar o palco e curtir esse momento juntos — do jeito que eles esperaram por tanto tempo”, confessou o astro, referenciando toda sua primeira vez na América Latina.

Baekhyun durante o primeiro ato da tour Reverie.
Baekhyun durante o primeiro ato da tour Reverie. (INB100/Divulgação)

Definitivamente, ninguém no Brasil jamais esqueceu Baekhyun. Um dos maiores solistas sul-coreanos, que criou uma carreira sólida paralela a sua atuação no gigante grupo EXO, coleciona milhares de fãs no nosso país.

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E uma prova disso aconteceu em março deste ano. Antes mesmo do anúncio do show, sua turnê anterior, Lonsdaleite, foi exibida nos cinemas brasileiros. As salas estavam lotadas de fãs com lightsticks e cards na mão, que já se emocionaram e cantaram em coro sucessos do artista. Eles nem sonhavam que, poucos meses depois, algumas daquelas músicas seriam tocadas ao vivo em terras tupiniquins.

A mistura de tons e a conexão com os fãs

Ao contrário do show exibido nas telonas, que focou em sucessos dos três primeiros álbuns do artista, a Reverie Tour, que passou pelo Brasil nos dias 14 e 15 de junho de 2025, privilegiou os dois últimos discos: Hello, World (2024) e Essence of Reverie (2025).

Curiosamente, eles são bem diferentes: Hello, World, seu primeiro lançamento pelo selo INB100, soa como uma declaração ousada sobre quem Baekhyun é, desde as cores quentes e sua expressão intensa na capa do álbum até as linhas de baixo marcantes presentes na maioria das faixas. É um EP mais denso e poderoso.

Já Essence of Reverie parece o oposto: a capa tem tons mais suaves, sua expressão é doce e angelical, e as músicas soam mais leves e arejadas, mesmo ao abordar temas mais profundos.

Capa dos álbuns Hello, World (2024) e Essence of Reverie (2025), respectivamente.
Capa dos álbuns Hello, World (2024) e Essence of Reverie (2025), respectivamente. (INB100/Divulgação)
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Perguntei ao artista o que motivou essa mudança de tom de um disco para o outro: “Ao preparar meu quinto mini álbum, percebi que existe um estilo musical que eu busco pessoalmente, e um estilo musical que os fãs e o público reconhecem como ‘o som do BAEKHYUN’”, revelou.

De fato, o público associa Baek a músicas intensas, sexys e animadas. Mas o novo álbum revela que ele pode (e quer) mostrar isso e ainda mais: “Eu queria encontrar um equilíbrio entre os dois e ajustar da melhor forma. Por isso escolhi o tema ´BAEKHYUN na fronteira entre a realidade e os ideais para a faixa-título, e nomeei o álbum como Essência do Devaneio”, explicou o idol.

Esse trabalho também foi a estreia do astro não apenas como produtor, mas como compositor. E sua maior inspiração foram as pessoas mais importantes da sua vida: os fãs. “Como foi minha primeira vez compondo e escrevendo letras, acabei naturalmente refletindo sobre os Eris (apelido dos EXO-L), com quem compartilhei tantas memórias felizes”, conta o idol. “Essas lembranças alegres, emocionantes e reconfortantes me ajudaram a passar por todo o processo criativo de forma muito mais leve”, completa.

Nesse contexto, os shows no Brasil foram um mix de todos os estilos que o artista já apresentou. Dividido em blocos, ele começou apresentando Young, Ghost e Pineapple Slice seguidamente, abrindo o show de forma empolgante e animada.

Após essa introdução, Baek cumprimentou os Eris brasileiros, e só se via sorrisos por todos os cantos da casa de show. Era o primeiro encontro do ídolo com aqueles fãs, mas o astro estava mega à vontade e a conversa fluía como se todos já fossem velhos conhecidos. Na verdade, eram mesmo.

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O ponto alto do show

Passado o primeiro papo, Baek tirou a jaqueta e apresentou Woo e Underwater antes de mesmerizar o público com um dos momentos mais esperados pelos brasileiros: Bambi ao vivo.

Bambi é um um groovy lento, elegante e sensual lançado pelo artista em 2021, antes de se alistar ao exército sul-coreano e passar um tempo distante dos fãs. A música impacta logo nos primeiros acordes, ao som de uma guitarra limpa, solitária e minimalista, que se encaixa perfeitamente com a voz grave de Baekhyun. Tudo progride para um agudo controlado e marcante no refrão, além de um super high note próximo ao final.

A canção é melodicamente especial por si só, mas sua apresentação ao vivo entrega ainda mais: o idol coloca um chapéu no estilo cowboy (como no videoclipe) e performa a coreografia misteriosa e sensual, com direito a reboladas lentas, arrematando qualquer multidão. Por aqui, não foi diferente: gritos, choros e muitos fãs emocionados.

“Quando começou Bambi, meus olhos lacrimejaram automaticamente. Eu nem acreditava que o Baek estava ali e eu estava vendo e ouvindo essa música de verdade”, afirmou a fã e analista de marketing Hannah Elisa, de 28 anos, que viu o show próximo a mim. 

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E a plateia brasileira também entregou mais: os fãs cantaram a música inteira com o artista do início ao fim. “Fiquei realmente surpreso com o quanto eles cantaram juntos, com os gritos altos e com a maneira como seus olhos estavam completamente fixos em mim”, afirmou Baekhyun sobre o amor transmitido pelos fãs do Brasil. “Parecia que eles não queriam perder nem um único segundo. Isso me tocou profundamente. Fiquei muito feliz”, festejou o artista.

Vocal impecável e influências brasileiras

Depois de uma breve pausa, Baekhyun voltou ao palco vestindo camisa de cetim e uma calça preta justa para cantar Chocolate, primeiro single do álbum novo, que animou novamente o coro da plateia.

Ao fim dessa canção, o artista pegou um microfone de mão e iniciou um bloco de músicas com pouquíssimo apoio vocal de fundo, deixando ainda mais claro porque o chamam de idol genial. “Acredito que os concertos são, acima de tudo, uma experiência de performance ao vivo, então sempre priorizo os vocais”, afirmou o idol, conhecido por ser um dos melhores vocalistas do K-Pop.

Baekhyun com mic na mão durante essa sessão da tour Reverie no Brasil.
Baekhyun com mic na mão durante essa sessão da tour Reverie no Brasil. (INB100/Divulgação)

Mas, cantar e dançar com a estabilidade que ele demonstra exige grande dedicação. “Se sinto que estou deixando a desejar em algum aspecto, me esforço ao máximo para melhorar por meio do trabalho duro”, comenta Baek.

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Nesse bloco, o astro cantou Rendez-Vous, Good Morning, Love Comes Back (minha favorita do álbum novo, uma delícia de canção), Lemonade e UN Village. Todas essas têm clara influência do blues e do soul, e o próprio artista comentou que era uma sessão para dançar devagarinho, com músicas mais lentinhas.

Um destaque para nós brasileiros é que também há referências da Bossa Nova em algumas dessas canções. “Se houver oportunidade, adoraria ouvir e explorar não só a Bossa Nova, mas vários estilos musicais brasileiros”, comenta o artista.

Ao perguntar se ele exploraria o nosso funk, Baekhyun foi categórico em confirmar seu interesse: “Sim, com certeza quero experimentar o funk brasileiro pelo menos uma vez! Já fico animado só de pensar em como os EXO-L brasileiros ficariam felizes com isso!”, comemora.

Surpresas e palinhas

Além das músicas já previstas, o show resgatou algumas canções não esperadas. Após apresentar Truth Be Told e Cold Heart, o artista apresentou o forte single Psycho, de seu primeiro disco City Lights, mostrando uma difícil e intensa coreografia.

“Queria que os Eris sentissem que estavam entrando num espaço onírico, fantástico, e experimentassem felicidade. Por isso escolhi uma música como Psycho, que me permite mostrar um lado mais conceitual”, comenta Baekhyun sobre a escolha dessa música.

Aliás, sem dúvida, a canção mais pedida pelos fãs brasileiros foi a balada Cry For Love, que não está na setlist da turnê Reverie. Durante o primeiro show no Brasil, Baekhyun ficou impressionado com o quanto o público pedia essa música, o que se repetiu no segundo dia de apresentação.

Ali, para alegria dos fãs presentes no dia 15 de junho, ele deu uma palinha da canção. “Como muitas pessoas amam Cry for Love, prometo incluí-la no setlist da próxima vez :)”, garantiu o astro, com direito a sorrisinho e tudo!

Além desse presente, os fãs também curtiram palhinhas das músicas Stay Up e Ice Queen, outros sucessos do primeiro álbum.

Animação, fofura e uma difícil despedida

Para o penúltimo bloco do show, Baekhyun entrou com uma roupa super colorida, uma bolsa de lado e um grande chapéu azul, pronto para apresentar uma sequência de músicas bem animadas: Black Dreams, Betcha, Candy e, finalmente, Elevator.

Baekhyun com o figurino alegre do penúltimo bloco do show.
Baekhyun com o figurino alegre do penúltimo bloco do show. (INB100/Divulgação)

As últimas duas emocionaram bastante o público: Candy, lançada em maio de 2020, com sua aura otimista e ritmo contagiante, acabou sendo um alento para muita gente durante o isolamento social ocasionado pela pandemia de COVID-19. Deu para ver fãs eufóricos ao ouvir essa ao vivo e a cores.

Elevator, single principal do álbum que nomeia a turnê, também foi bastante celebrada, provando que os fãs acompanham todos os passos da carreira do artista.

Para a última parte do show, Baek retornou com mic na mão cantando a ótima No Problem, seguida de Garden In The Air, Late Night Calls e Amusement Park. Foi um encerramento calmo, cheio de carinho e admiração dos dois lados do palco.

Ao final do espetáculo, o artista estava claramente emocionado e agradeceu muito ao público brasileiro. Ele prometeu de dedinho que iria voltar.

Após 13 anos de uma carreira extremamente bem-sucedida, perguntei ao ídolo se há algo que ele ainda não realizou e que deseja conquistar. E Baek foi categórico: “Não sei ao certo sobre todo o resto, mas uma coisa eu sei: os EXO-L são minha prioridade”, cravou, colocando em palavras o que ficou claro durante o show inteiro.

Baekhyun durante a última parte do show do dia 14 de junho.
Baekhyun durante a última parte do show do dia 14 de junho. (Ingrid Luisa/Arquivo pessoal)

“O que mais desejo é continuar essa longa jornada com os fãs que estiveram ao meu lado todos esses anos. Eles são muito preciosos para mim, e quero guardá-los no meu coração para sempre”, completou o artista.

Pelo amor demonstrado pelos fãs no Brasil, uma coisa é clara: esse sentimento é totalmente recíproco, de ídolo para fãs e fãs para ídolo.

Baekhyun tirando foto com os fãs ao fim do show do dia 15 de junho.
Baekhyun tirando foto com os fãs ao fim do show do dia 15 de junho. (INB100/Divulgação)

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