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Bailarina e jornalista, ou jornalista e bailarina. Tanto faz. A coluna fala sobre métodos, histórias, entrevista pessoas, mostra tendências, espetáculos, entre outros assuntos relacionados, mas colocando em tudo isso o mais importante: seu grande amor pela dança
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Semana do Dia mundial do ballet. O ballet é a minha inspiração

Nesta data especial, vou comemorar e compartilhar com você um pouco da minha paixão por essa arte inspiradora

Por Flavia Viana
20 out 2022, 13h28

Na última quarta-feira (19), comemoramos o Ballet World Day (Dia Mundial do Ballet), e a minha paixão por ele. A celebração é mundial e acontece desde o ano de 2014, sempre no mês de outubro. Neste dia, companhias de ballet do mundo todo compartilham vídeos ao vivo de suas aulas e ensaios, além de bastidores para todos os amantes da dança assistirem e, literalmente, se apaixonarem. O evento tem como objetivo, também, mostrar o processo de criação dessas companhias conhecidas em todo o planeta para celebrar a data e nos inspirar todos os dias, porque a dança é isso, é alma, é inspiração.

Bom, mas a minha história com a dança começou quando eu tinha pouco mais de 10 anos. Minha primeira aula, ao contrário que a maioria que me acompanha pensa, não foi de ballet clássico, e sim de jazz infantil. Eu achava lindo, mas confesso que fui apaixonada por todas as modalidades de dança quando era nova, os movimentos me fascinavam e me fascinam até hoje. O tempo passou, e com ele inúmeras experiências até o ballet entrar na minha rotina de forma incisiva e importante, aliás, mudando tudo, só que para melhor! Foram muitas viagens, apresentações, figurinos e expectativas, porque eu queria viver da dança. Perto da faculdade, minha vida tomou outros rumos e com eles um intervalo de muitos anos sem contato tão direto com a dança.

ballet adulto
as turmas de adultos são formadas por pessoas que nunca fizeram ballet e que sempre sonharam em fazer, e também turmas de pessoas que um dia fizeram, mas pararam. (Tomas Kolisch Jr./Divulgação)

Aos 31 anos eu resolvi voltar (hoje tenho 45), e voltei! Mais madura, com novos objetivos e vontades dentro da dança, inclusive com o ballet clássico, e foi aí que eu descobri o Ballet Adulto. Para quem não conhece, as turmas de adultos são formadas por pessoas que nunca fizeram ballet e que sempre sonharam em fazer, e também turmas de pessoas que um dia fizeram ballet, mas pararam, porém, gostariam de voltar. E quando me tornei uma mulher 30+ eu voltei para o ballet e decidi que não ia mais parar.

O que eu posso dizer sobre a minha experiência é que voltar depois de muitos anos é uma dupla jornada de experiências e sensações. Quando jovens somos competitivos, nos preparamos para exames, testes pare elenco de repertório, sonhamos tanto, e para os apaixonados como eu, não tinha a mínima importância quanto tempo você teria de ficar na escola de dança, nem quantas aulas faria ou quantas horas de ensaio teria, porque estar ali era nossa maior satisfação, era a nossa “casa”. Quando voltei adulta, senti as diferenças… Do meu físico às minhas prioridades. Faltar aula ou não poder dançar com a escola no final do ano infelizmente se tornou algo normal, com tais mudanças nem sempre é possível, mas, de qualquer maneira, nada substitui a realização desse retorno.

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Priscilla Yokoi
Priscilla Yokoi me direcionando em nossa aula de ballet. (Tomas Kolisch Jr./Divulgação)

Ainda sobre esse retorno, senti também que a gente tem que ter muita consciência, entender com o tempo os nossos limites (mentais e corporais) para usufruir de cada momento. Hoje sou uma bailarina adulta, sou uma bailarina 45+, e, por isso, resolvi dividir um pouco da minha história aqui na minha coluna, com o objetivo de incentivar outras pessoas, sejam homens ou mulheres, a começarem a dançar ou voltarem para as salas de aula, porque eu voltei e sem dúvida sou ainda mais saudável e mais feliz em todos os sentidos da minha vida. “A dança transforma vidas, e isso é certo e comprovado!” Essa frase, é da bailarina e empresária de dança Priscilla Yokoi, um dos principais nomes da dança do nosso país. Tive o prazer de conversar com ela e fazer uma aula que foi registrada pelo talentoso fotógrafo brasileiro de dança Tomas Kolisch Jr. a convite dela.

Priscilla, que começou a dançar com dois anos de idade e viajou o mundo dançando em grandes companhias e participando dos principais eventos de ballet do planeta, ressalta a importância e benefícios do ballet adulto e o recomenda. “O ballet tem seus benefícios para o seu físico e também para a sua saúde mental. Ele traz organização, disciplina, postura, trata dores, melhora a musculatura, além de toda a satisfação que ele proporciona com a música, os movimentos e toda a endorfina que você libera, é uma atividade completa, principalmente se você estiver realizando um sonho antigo de retornar ou de começar e se tornar uma bailarina”, explica. Há alguns anos, o Ballet Adulto vem ganhando espaço, e as oportunidades para quem quer praticar a modalidade só aumentam.

ballet adulto
Voltar depois de muitos anos é uma dupla jornada de experiências e sensações. (Tomas Kolisch Jr./Divulgação)

“Na realidade, cada dia que passa as pessoas estão sendo quem de fato são, e isso é importante. Acho que com essa modernização as pessoas começaram a criar coragem, entende? De falar assim: ‘Por que não eu?’. As mães sentadas, esperando seus filhos, elas tinham que passar aquele tempo ali esperando, então porque não abrir uma turma para aquelas mães começarem a fazer aula também? Eu acho que foi uma junção de tudo isso, e uma nova oportunidade para as pessoas sonharem e se realizarem”, explica Yokoi.

E para quem quer viver essa experiência e transformar um sonho em realidade, uma das maiores bailarinas do país com quem fiz uma aula linda ontem recomenda: “Eu conheço muitas pessoas que começaram a fazer ballet porque queriam fazer quando eram crianças, e depois traçaram outros caminhos, mas que hoje podem mudar isso sem se preocuparem. Apenas aproveitem, realizem seus sonhos e dancem, sem medo ou receios. Eu conheço infinitas mulheres que hoje são realizadas, melhoraram a sanidade mental, eu posso dizer, melhoraram até os seus sentimentos, saíram de uma depressão por voltarem a dançar ou começarem aulas de ballet. Então, dancem…”, finaliza Priscilla. O que eu posso dizer é que eu sou uma bailarina adulta. Eu sou uma bailarina adulta feliz, que danço por amor e com a minha alma, seja fazendo uma aula ou subindo no palco. Porque a dança é isso, é realização, é inspiração, então se o seu desejo é esse, dance!

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