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Flavia Viana

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Bailarina e jornalista, ou jornalista e bailarina. Tanto faz. A coluna fala sobre métodos, histórias, entrevista pessoas, mostra tendências, espetáculos, entre outros assuntos relacionados, mas colocando em tudo isso o mais importante: seu grande amor pela dança
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São Paulo Companhia de Dança estreia nova temporada

Diferentes programas integram a temporada batizada "Tornar Visível o Invisível"

Por Flavinha Viana
28 jun 2024, 15h00

A São Paulo Companhia de Dança (SPCD) inicia, este mês, sua nova Temporada no Teatro Sérgio Cardoso. São diferentes programas apresentados até o dia 30 de junho. 

Em conversa com a diretora da companhia, Inês Bogéa e coreógrafos, eles falam sobre obras clássicas e contemporâneas que serão apresentadas e revelam toda a diversidade do repertório da companhia.

Além dos espetáculos, a programação inclui as já conhecidas atividades educativas, com espetáculos gratuitos, palestras e, ainda, ações de acessibilidade, como audiodescrição das obras e intérprete de libras durante as palestras aos sábados.  

A dança é um diálogo sem palavras, onde cada gesto, cada salto, cada pirueta é uma frase carregada de significado. Ao assistir a um espetáculo, somos transportados para um espaço onde o tempo externo parece suspender-se, deixando-nos à deriva em um oceano de emoções que transbordam dos artistas e ecoam na plateia”, conta Inês Bogéa, diretora artística da São Paulo Companhia de Dança.

As apresentações acontecem no palco do Teatro Sérgio Cardoso: serão apresentados Le Chant du Rossignol (2023), de Marco Goecke; Odisseia (2018), de Jöelle Bouvier; além de uma estreia de Jomar Mesquita, batizada como Yoin.

Odisseia, de Jöelle Bouvier
Odisseia, de Jöelle Bouvier (Jane Couto/CLAUDIA)

“Yoin tem como inspiração as nossas experiências vividas, sejam elas as mínimas, que nos trazem as mínimas sensações, ou aquelas de maiores proporções, as grandes alegrias, as grandes dores, aquelas que deixam marcas que nos transformam e que têm a ver com as nossas ancestralidades também. O que da nossa história e de toda a nossa experiência vivida e o que os nossos antepassados nos trazem e que também transformou as nossas vidas. Yoin fala de transformação, de mudança para melhor, de aproveitar o que se passou conosco e transformar isso em algo melhor. Esses estímulos que nos perpassaram, que nos atravessaram, sejam eles dolorosos, sejam eles gostosos,e o que a gente faz com isso para nos transformarmos em versões melhores”, explica Jomar Mesquita.

A maior companhia do país também terá em seu repertório Petrushka (2023), de Goyo Montero; Memória em Conta-Gotas (2023), de Lili de Grammont; e Gnawa (2009), de Nacho Duato. 

Um dos balés mais populares do cenário mundial, estrelado por Vaslav Nijinsky, em 1911, Petrushka conta a história de amor e ciúme de três bonecos que ganham vida. Este é o tema da nova criação do coreógrafo espanhol Goyo Montero para a SPCD.

Nesta releitura inédita, bonecos infláveis gigantes ganham novos contornos. Petrushka, Bailarina e Lutador contam esta história de amor, morte, alegria, tristeza, rejeição e manipulação. Petrushka ama a Bailarina, mas ela prefere o Lutador, que mata Petrushka, cujo fantasma aparece quando a noite cai. 

“É um teatro dentro de outro teatro, para que eu possa contar essa história de diferentes prespectivas”, explica o coreógrafo. Essa é a segunda montagem de Goyo Montero para a SPCD, para quem já criou Anthem (2019).

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Memória em Conta-Gotas é dançada ao som dos clássicos de Lindomar Castilho, como “Você é Doida Demais”, “Vou Rifar Meu Coração” e “Linda” – revisitados e modernizados pelo compositor Ed Côrtes

A coreógrafa Lili de Grammont cria sua 1ª obra para a SPCD, a partir de um dos casos passionais mais conhecidos no país: o feminicídio de Eliane de Grammont, sua mãe, por Lindomar Castilho, seu pai. A dramaturgia da obra é construída a partir de pinceladas de memórias de Lili. 

“A narrativa não é direta e tampouco intenciona contar a história. É uma inspiração, recheada de sentimentos e complexidades. Memória em Conta-Gotas expõe vulnerabilidade e tristeza, mas acima de tudo dialoga sobre como seguir com coragem e esperança”, diz ela.

Para finalizar a nova temporada, a companhia apresenta Gnawa, uma peça que utiliza os quatro elementos fundamentais – água, terra, fogo e ar – para tratar da relação do ser humano com o universo. A obra apresenta o reiterado interesse de Nacho Duato pela gravidade e pelo uso do solo na constituição de sua dança. 

Os gnawas são uma confraria mística adepta ao islamismo, descendentes de ex-escravos e comerciantes do Sul e do centro da África, que se instalaram ao longo dos séculos no norte daquele continente.

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A São Paulo é uma companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística e cada temporada merece sempre ser celebrada junto com a cultura da dança em nosso país!

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