Gabriel Sater fala sobre a saída de seu personagem da novela ‘Pantanal’
O ator e músico que se apresentou ao lado do maestro João Carlos Martins e emocionou a plateia com sua viola “encantada” pelo “cramulhão”
O ator e músico Gabriel Sater (40), ao lado do renomado maestro João Carlos Martins (82), presenteou o público com dois dias de espetáculo no Teatro Santander na capital paulista, ‘Do clássico ao Pantanal’. CLAUDIA acompanhou e mostrou em suas redes sociais os bastidores do show direto das coxias do teatro, e ao final conversou com exclusividade com Gabriel, que em diversos momentos do show imitou o “cramulhão” levando a plateia ao delírio.
Já contamos aqui sobre a parceria de Gabriel com o maestro, que teve início quando eles fizeram uma nova versão da música Amor de Índio, de Beto Guedes e Ronaldo Bastos. A canção, tema de Jove (Jesuíta Barbosa) e Juma (Alanis Guillen) na novela Pantanal ganhou notoriedade e estourou os acessos em todas as plataformas digitais.
“Minha parceria com o maestro começou com a live que a gente fez no ano passado através de uma curadoria do maestro e sua equipe inteira, então a gente já foi realizar um sonho. Acho que foi o show que eu mais chorei na vida, que mais embargou a minha voz cantando, e ao assistir agora para estudar para esse show eu pude comprovar isso, eu estava muito embargado em muitos momentos. Mas o bacana é que a vida nos surpreende né, de formas inimagináveis, assim como foi com a novela.”.
No camarim do artista, após inúmeras fotos e movimentação pós-show ele destaca: “Foi um presente na minha vida e na minha carreira fazer esse show. O maestro é uma figura que me inspira há muitos anos, desde que eu comecei a arranhar violão profissionalmente pensando em ser músico, sempre tive ele como um dos grandes ídolos musicais brasileiros. O meu professor me mostrou ele lá atrás, já vi os vídeos dele tocando, um absurdo no mais alto nível que se pode imaginar musicalmente falando. Então, estar em um palco com uma lenda da música 22 anos depois que eu comecei a me dedicar profissionalmente para a música é um ciclo muito lindo que se abre”, fala Gabriel emocionado.
Sobre a ideia do show, planejamento e escolha de repertório o músico explica: “Na verdade, a gente pensou em mesclar do clássico ao Pantanal, como o próprio título do show já diz, né, e, claro, algumas músicas que tiveram a ver com a novela, com esse momento que eu vivo. Queria também trazer um repertório original, com as minhas composições, como o compositor que sou.”
Saída da novela Pantanal
Gabriel também falou sobre seu momento profissional, que inclui a novela Pantanal e seu personagem Trindade, interpretado por seu pai Almir Sater (65) em 1990. “É uma gratidão gigantesca! Simplesmente, uma gratidão. O momento mais feliz da minha vida profissional. É um novo capítulo que se abre agora, porque esse projeto levou 20 meses. Sobre a novela, é uma plataforma que realmente me levou para o Brasil inteiro. Todo mundo que trabalha de forma independente sonha em ter uma plataforma para que possa mostrar a sua arte. Então, assim, eu quero ter uma chance na minha vida, eu quero ter a chance de mostrar, então, as pessoas tiveram um gostinho disso. Eu acho que é o momento de maior divulgação que eu já tive na minha carreira. Está sendo maravilhoso”, enaltece.
Sater finaliza nossa conversa dizendo que está vivendo um grande sonho, e que seu personagem no remake da novela que acompanhou quando era criança junto de seu pai Almir foi um presente, e que o “seu” Trindade foi diferente do pai, mesmo que ele tenha servido de inspiração. Além disso, ele já sabia que seu personagem sairia da trama, apesar de algumas conversas nos bastidores na emissora.
“Ah, eu fiquei muito triste com a saída dele. Eu, pessoalmente, fiquei triste. Eu já sabia, realmente, mas tinha essa esperança de que o final pudesse ter sido mudado, porque houve várias conversas a respeito nos bastidores, mas acho que não dava mais tempo, por várias questões mesmo, porque a novela foi feita em um lugar muito difícil de ser gravado, e a nossa frente não teve como ser muito grande por vários pontos. É muito difícil de ser gravado, sabe? Uma obra que foi escrita lá atrás com um remake para as pessoas poderem avaliar todo o impacto no Pantanal, então, é um desafio muito grande. Eu não posso pensar só no meu umbigo, só no meu viés, e esquecer da obra como um todo. Mas eu fico lisonjeado com todo o carinho que as pessoas têm pelo meu personagem, por mim como ator. Foi muito bacana de ver o quanto as pessoas gostaram da minha construção, que foi uma construção diferente da do meu pai. O meu pai me inspirou muito, é claro, assisti a versão original, mas eu consegui fazer um personagem diferente, e é difícil isso, quando você tem uma referência de uma coisa. Eu acho que o Bruno Luperi colocou outros elementos ali também, o próprio Cramulhão foi muito mais acentuado nessa nova versão do que na versão original, então isso também tem muito a ver com o autor, com o time de diretores e preparadores – foi um resultado de trabalho coletivo todo esse sucesso.”