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Juliana Borges é escritora, pisciana, antipunitivista, fã de Beyoncé, Miles Davis, Nina Simone e Rolling Stones. Quer ser antropóloga um dia. É autora do livro “Encarceramento em massa”, da Coleção Feminismos Plurais.
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O Dia do Sexo mais deprimente da história

Para quem está acompanhado na quarentena, a escritora Juliana Borges aconselha: "não perca o dia de hoje em briga"

Por Juliana Borges
6 set 2020, 18h31

Em uma primeira busca básica no Google combinando as palavras “sexo” e “quarentena” surgem as mais variadas notícias de dicas sobre como melhorar o sexo dos casais durante a quarentena. Mas, como solteiras estão se virando na pandemia?

Vários estudos têm apontado uma queda na frequência sexual geral durante a pandemia. Segundo a rede adulta Sexlog, a quantidade de pessoas que faziam sexo três vezes por semana caiu de 29,9% (o que já era uma porcentagem deprimente) para 16,6%. Haja frustração para lidarmos! E esse acúmulo de frustrações tem seus efeitos. Pelo mesmo levantamento, nota-se uma mudança de comportamento das pessoas, agora querendo fazer coisas ousadas tão logo seja possível sair em segurança. Ao que aponta a pesquisa, o interesse por aventuras grupais e trocas de casais está em torno de 38% das pessoas (ou, ao menos, entre os usuários da plataforma). E psicólogos chamam atenção para que esse desejo, ou novo fetiche, seja realizado sem que as pessoas se exponham ou fiquem vulneráveis a riscos.

Veja, eu não estou fazendo link entre sexo e felicidade. Há estudos que apontam não haver essa relação direta e até indicando que o ideal seria praticar essa atividade uma vez por semana. Claro, quem manda é o casal. Agora, por que eu estou relacionando esse dia a um momento deprimente? Porque acredito que o pior de tudo mesmo é não ter a liberdade ou segurança para celebrar o dia, caso você seja solteira – e segundo especialistas, até mesmo entre casais, já que se um viajar e se expor, no retorno, é indicado que fiquem isolados por 14 dias um do outro. Ao menos, eu não recomendo, já que sigo em isolamento, saindo apenas para realizar compras, questões impossíveis de serem desmarcadas e, agora, para ir à minha livraria uma vez por semana (falo dela outro dia!). E, vou repetir, assim o farei, seguindo todas as recomendações com máscaras e MUITO álcool gel, até que OMS, Átila Roque, Instituto Butantã e Fiocruz assim determinem (e TODOS em sincronia).

Eu fico cantarolando aquele trecho do Djavan: “insiste em zero a zero e eu quero um a um”. Não tem mais como paquerar, das poucas vezes que saí na rua, fui tomada por uma imensa ansiedade e quase entrava em pânico se alguém se aproximasse mais do que deveria. Você também? E, pior, cheguei à conclusão que, mesmo mais adiante, será um outro processo se reacostumar ao contato mais próximo.

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Só fica uma breve dica: se você está com o seu parceiro ou com a sua parceira, não perca o dia de hoje em briga. Aproveite. Faça isso por mim e por milhões de pessoas que desejariam uma baladinha terminada em regozijo. É só o que te peço.

E, enquanto isso, eu fico pensando em como será relatar 2020 em alguns anos. Como será falar disso para netos, futuras gerações? “2020, o ano que não saí de casa”; “2020, o ano em que um vírus fodeu a foda”; “2020, um ano deselegante!”; “2020, francamente, meu querido!”.

Que 2021 não ouse tentar disputar framboesa de ouro com melhor atuação. Foca no Oscar, 2021! Contamos com você!

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Em tempos de isolamento, não se cobre tanto a ser produtiva:

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