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Por Ana Carolina Coelho. Feminista, mãe, escritora, poeta, dançarina, plantadora de árvores, pesquisadora e professora universitária
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Celebrar aniversários são atos de resistência

Festejar o dia em que nascemos é dizer em alto e bom som que o nosso viver não é um desperdício

Por Ana Carolina Coelho
20 set 2022, 09h26

Uma das coisas que eu acho mais fascinantes no mundo é o “Tempo”. Como ele é medido, como o mundo se ajusta a diversas formas de cronometrar a vida, como somos igualmente medidas pela passagem dos segundos, minutos, dias e horas. Meu aniversário está chegando e invariavelmente existe uma divisão entre as pessoas que adoram celebrar sua data de nascimento e aquelas que preferem esquecer, como se fosse um “dia comum”. Eu sou do time que AMA comemorar aniversários, especialmente o meu. Estou um ano mais velha, sim, mas sobrevivi mais um ano. Estou aqui e não pretendo ir a lugar algum: portanto, é tempo de festejar esse passado, a caminhada trilhada e bem-vivida.

Celebro o mês todo, como um ato de resistência ao inevitável: o dia em que serei nada mais do que adubo para as árvores, se me permitirem tal honra em meu enterro. Bem, como historiadora converso sem muitas delongas sobre a morte, pois esse é o destino de todas as pessoas. Há, decerto, o que se temer: uma abreviação desnecessária das alegrias que a vida nos traz; a tragédia da saudade de entes amados; a dor de uma doença que nos impede de viver plenamente nossos desejos. No entanto, festejar o dia em que nascemos é dizer em alto e bom som que o nosso viver não é um desperdício: que amamos e fomos amadas; que saboreamos o doce, o amargo, o picante e o suave do que conseguimos batalhar nesse mundo e no tempo que nos cabe nele.   

Cada nova fase da minha vida vem acompanhada desse cortejo do passado: eu sou tudo que eu fui e serei tudo que eu puder ser, mais e melhor, sempre. Cada gravidez me trouxe surpresas: venturas e desventuras; pequenas e grandes vitórias, fracassos e um remodelar do meu existir. Meus “títulos/rótulos” na vida foram conquistados nessa ordem: Filha/Irmã, Jogadora de RPG, Mulher, Poeta, Escritora, Namorada, Dançarina, Feminista, Professora, Historiadora, Companheira, Mãe, Cronista, Plantadora de Árvores, Esposa e Miss Beauty Brazil. Dentro de cada uma dessas palavras contém um Universo de Vidas que me habitam e a cada aniversário eu me pergunto: “o que será mais que eu quero e que a vida reserva para mim?”. São as surpresas deliciosas e terríveis do Tempo. E também agradeço por cada minuto que respirei até agora, totalmente sozinha ou acompanhada. Feliz ou miseravelmente triste. Por cada tropeço e cada erro. 

Em um mundo sombrio e bélico, festejar é um ato de resistência. É dizer que não sucumbirei às trevas forjadas em nossos tempos e que EU ESTOU VIVA E ESTAREI AQUI! O meu nascimento foi um dia comum para muita gente, mas fez muita diferença para todas as pessoas que me amam e que eu amo de todo meu coração. E eu sei disso, pois o dia do nascimento das minhas pequenas flores foram, e são até hoje, minutos que eu celebro com todo meu coração, assim como a maioria das mães fazem. Somos, muitas vezes, pequenas aldeias de afetos, em uma troca contínua de convivências, esperanças, carinhos, dores e amores. 

É exatamente essa (re)existência que eu enalteço ao aniversariar: a vida que me transborda, compõe e que me faz ser tecelã da minha história. E mesmo sabendo que um dia o bordado ficará sem mais um ponto, anseio por debruar novas paisagens e símbolos em minha estrada. Termino essa crônica desejando “Vida Longa e Próspera”, muitos nascimentos, aniversários e motivos para comemorar! Dias melhores certamente virão! E vamos juntas! É possível sermos melhores, sempre! Dias Mulheres virão!

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