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Conversa de Vó

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Natália Dornellas é jornalista, podcaster e ativista da longevidade. Procura por avós e avôs para prosear e histórias de #avosidade para contar. É criadora do podcast Conversa de Vó e cofundadora da plataforma 40+ AsPerennials
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Vovó que faz coxinhas para vender tem mais de 60 mil seguidores

Vó Loca, como é conhecida, tem 91 quase 92 anos e suas coxinhas são sucesso absoluto no Instagram

Por Natália Dornellas
23 dez 2020, 11h12
Vó Loca: dezenas de milhares de seguidores no Instagram
 (@coxinhadavovoloca/Divulgação)
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Que sorte a minha. Foi com esta linda matriarca que atende pelo apelido de Vó Loca e tem a voz mais doce das Gerais que fiz o piloto do que hoje é o “Conversa de Vó” – esse meu projeto que coloca nossos avôs e avós sob os holofotes. Era o comecinho da quarentena, quando a gente ainda achava que tudo passaria rapidinho e ficamos horas proseando via Instagram. 

Fabíola Maia de Oliveira, 91 quase 92 anos, chegou até mim como um viral. Sim. Ela faz quitutes e resolveu vender suas coxinhas para fora. Para isso as netas Bárbara e Brenda criaram um perfil no perfil no Instagram: @coxinhadavovoloca, e, por motivos que nem Mark Zuckerberg explica, uma foto dela com a mão na massa foi parar no Twitter e os centenas de seguidores viraram dezenas de milhares em 24 horas. 

Vó Loca
(@coxinhadavovoloca/Divulgação)

Capricorniana, essa mineira de Morro do Pilar levou o seu signo muito a sério. Trabalhou a vida inteira e não pretende parar agora, pois tem muita energia e livros cheios de receitas para fazer.  Sua rotina na cozinha, de onde sempre veio grande parte do seu ganha-pão, começou bem cedo, pois perdeu a mãe aos sete anos, e aos nove já sabia cozinhar, na verdade precisava fazê-lo para ajudar os tios. 

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Daquelas que namoravam só com os olhos e mesmo assim reuniam uma fila de pretendentes, Vó Loca se casou aos 22 anos, com Pedro Perreira, um seresteiro apaixonado que lhe trazia flores do mato e comprava “fazendas” para seus vestidos e os das crianças na capital. Um ano depois do casório, nascia seu primeiro filho, e depois vieram outros 13, sendo metade de homens e a outra de mulheres. 

Vó Loca
(@coxinhadavovoloca/Divulgação)

Em nossa última conversa, Vó Loca me confessou que não se considerava uma velha, até outro dia, quando enfim ganhou a sua primeira bisnetinha, até então ela era uma senhora que viveu bastante e adora cantar, ver TV, curtir a família, jogar bingo e agora fuçar num telefone moderno que ganhou das meninas. Dia desses, ela me mandou uma mensagem de voz muito carinhosa, gente, eu acho que ganhei uma vó.

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Vó Loca
(@coxinhadavovoloca/Divulgação)

*Para ver mais histórias com esta e acompanhar minha “curadoria de avós e avós”, acesse nataliadornellas.com.br ou @natalia dornellas, no Instagram. Ah, e se conhecer personagens que mereçam ter suas histórias contadas, me deixe saber

 

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