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Mulheres: uma força necessária na política brasileira!

Segue relevante ressaltar a necessidade da representação feminina nos espaços de poder.

Por Samanta Costa, presidente da Fundação 1º de Maio
25 Maio 2022, 08h40

Embora as mulheres sejam protagonistas em diversas esferas da sociedade, vivemos em um país onde elas raramente são lembradas como protagonistas. Esta é uma triste constatação feita em pleno século XXI, em que avançamos em tantos aspectos, mas continuamos caminhando lentamente quando o assunto é equidade de gênero. Se eu te pedir para se lembrar de algum líder importante, é provável que o primeiro nome que venha à sua cabeça seja de alguma figura masculina. As mulheres que estão na luta dentro de casa, conquistando espaço em empresas importantes, na política e em diversas organizações passam, muitas vezes, despercebidas. Esse cenário é lamentável.

Isso é resultado de uma cultura que sempre colocou a mulher longe dos holofotes, dos cargos importantes e de posições de liderança. No entanto, estamos com as eleições batendo à porta e é sempre importante ressaltar a necessidade da representação feminina nos espaços de poder.

De acordo com o Ministério do Trabalho, as mulheres estão presentes em 44% do mercado formal de trabalho, mesmo com salários 20% menores se comparado com os homens. Além disso, elas são as responsáveis únicas por 40% dos lares. Entretanto, sequer alcançam 15% dos cargos eletivos do país: dos 70 mil cargos eletivos, somente 12,32% são ocupados por representantes do sexo feminino, segundo o Mapa da Política de 2019, elaborado pela Procuradoria da Mulher no Senado.

Quando observamos o Brasil sendo comparado com outros países na sua atuação com as mulheres, a situação é ainda mais preocupante. Um estudo realizado pela União Interparlamentar, organização internacional responsável pela análise dos parlamentos mundiais, mostra que dentre 192 países, o Brasil aparece na 142° colocação do ranking de participação de mulheres na política nacional. O levantamento da organização aponta que as brasileiras ocupam 15% das cadeiras da Câmara dos Deputados. Em valores absolutos, 161 deputadas federais foram eleitas no último pleito .

Apesar da pouca representatividade, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que elas representam mais da metade (51,5%) da população total do país. Por isso, se queremos um país mais democrático e igualitário precisamos mudar o curso dessa história. Queremos mulheres no alto escalão das empresas, atuando em setores que são, hoje, dominados por homens e também queremos que elas estejam cada vez mais engajadas na política, única ferramenta de transformação social.

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Na minha experiência, o que mais observo são mulheres com potencial, cheias de ideais, com vontade e força para colocar a mão na massa. No entanto, também vejo como seguir essa jornada é difícil e cheio de obstáculos, muitas vezes dentro da própria família, o que faz com que muitas desistam no meio do caminho.

Duvidam de sua capacidade, inclusive da possibilidade de ser delas o poder de de governar uma cidade, um estado e até mesmo um país. Entretanto, exemplos internacionais diante da maior crise que enfrentamos nos últimos tempos mostram exatamente o quanto elas são necessárias. Nesses mais de dois anos de pandemia vimos como as lideranças conduzidas por mulheres conseguiram bons resultados no combate ao coronavírus. Países como Alemanha, Nova Zelândia e Taiwan, onde as lideranças são femininas, tiveram um desempenho superior no enfrentamento da crise.

Além disso, nesses últimos quatro anos, onde a participação da mulher na política teve um tímido avanço, várias leis, projetos e decisões em assuntos como feminicídio e acesso à absorventes para a população de baixa renda, por exemplo, só foram conquistadas graças à representação feminina. Sou uma otimista. Tenho certeza que a participação das mulheres crescerá nos próximos anos. É um processo lento, mas ele acontecerá quando mostrarmos às meninas e mulheres sobre o poder do empoderamento e os homens reconhecerem o quanto é importante a participação deles no combate a desigualdade de gênero. Tenho certeza que deixaremos um legado importante para tantas outras mulheres e um país mais igualitário, democrático e que prospera!

 

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