A internet pode construir e destruir. E se a gente só a usasse para o bem?
Em setembro, falamos de saúde mental na internet – e em como nós também podemos ser tóxicos – e conversamos com Gabriela Prioli
u nunca fiz um detox digital. Trabalhando na área, fica difícil desconectar. É naquele dia que você deixa o celular de lado que o novo presidente dos Estados Unidos é eleito ou que uma vitória feminina incrível é aprovada no Senado.
Até pouco tempo, parecia não me afetar esse contato constante com o digital. Recentemente, porém, isso mudou radicalmente. Não por causa das minhas redes, que, afinal, fazem parte de uma bolha bem generosa, mas por causa das de CLAUDIA.
Geram polêmica até os posts mais inesperados – nem gatinhos fofos ou fotos de comida se salvam das tretas sem fim nos comentários. E que tal as agressões de quem nem sequer leu a legenda inteira ou de quem discorda do que está sendo falado? É exaustivo e nocivo para a saúde mental.
Imagino que não seja ruim só para a minha, aliás, mas para a de muitas de vocês que estão lendo e participando da discussão – a internet é, afinal, um espaço de troca. A solução, contudo, não é apenas eu me desconectar. E nem você.
A vida online pode trazer muitos benefícios. Durante a pandemia, foi ela que garantiu que a revista fosse produzida e chegasse a você todos os meses. E foi através dela que vi amigas e familiares. Também é pela internet que eu entro em contato com outras culturas, aprendo mais sobre o mundo. Não quero que isso deixe de existir.
O que sobra é arregaçar as mangas para tentar fazer diferente. Sim, a internet melhor vai exigir trabalho de todos nós, começando por uma autoavaliação. Você contribui para o clima tóxico? Deixa comentários pouco empáticos ou com tom agressivo? Assume posturas de controle e não sabe manter uma conversa com quem pensa diferente? Vale refletir sobre isso e também ler a matéria “Terra de ninguém”, que vai contribuir com os argumentos.
Foi através da internet que Gabriela Prioli começou seu trabalho como influenciadora e comunicadora. Ela é mais uma das vantagens que essa rede nos oferece, entregando conhecimento e muita informação. Sua postura como mulher livre, que combate expectativas e estereótipos, a trouxe à capa de CLAUDIA. As respostas encantadoras dela podem ser lidas em “Coragem para ser quem é”. Espero que você goste e saia por aí mais orgulhosa de tudo que você construiu.
Um beijo,
Isabella
Colaboradoras
Lorena Dini
A leveza nas fotos de Lorena me capturaram imediatamente. É resultado da luz, do clima, mas também da aura dessa fotógrafa talentosa. Com Gabriela Prioli, para a capa, o resultado não foi diferente. Parece que a advogada, serena, está numa dança em pleno ar.
Thais Jacoponi
Em 2020, Thais ilustrou uma matéria de CLAUDIA sobre o webnamoro na pandemia. A acidez sutil, em meio a traços delicados, a transforma na designer perfeita para assuntos difíceis que precisam ser falados. Nessa edição, ela criou brilhantemente as imagens de “Terra de ninguém”.
Mylena Saza
A maranhense que mora em São Paulo tem um poder especial para captar olhares e expressões. As fotos de Mylena são daquelas que mantêm nossa atenção por muito tempo. Nessa edição, ela fotografou o editorial de moda com looks pinks, “Lentes cor-de-rosa”, e o de beleza, com ideias para usar delineador branco.
Carlaxane
Parceira de CLAUDIA em diversos trabalhos, Carlaxane é a criadora dos maravilhosos traços de delineador da matéria “Que tal mudar?”. Seu Instagram irresistível vai inspirar você a abrir sua caixa de maquiagem e experimentar cores, formatos e sensações… Mesmo que seja só para você se gostar, sem nem sair de casa.