Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Outubro Rosa: Revista em casa por 10,99
Imagem Blog

Cynthia de Almeida

Por Mulher S.A. Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Coluna da jornalista e estudiosa do comportamento feminino Cynthia de Almeida

Não atenda, pense: Por que trocar mensagens é melhor do que telefonar

Uma conversa ao telefone propicia falhas de concisão, entendimento e ritmo. E raras vezes cumpre o objetivo desejado

Por Da Redação
Atualizado em 10 jul 2018, 12h15 - Publicado em 10 jul 2018, 12h14
aplicativo violência doméstica
 (demaerre/ThinkStock)
Continua após publicidade

“Não posso falar; somente WhatsApp.” Esse é o recado-padrão definido no meu perfil do aplicativo. E também a mensagem gravada na caixa postal do meu celular, programado, aliás, para receber ligações apenas de uma estrita lista de favoritos a qualquer hora do dia.

Em plena era do acesso ilimitado, instantâneo e ininterrupto, faz sentido fugir de conversas ao telefone como o diabo da cruz? As ferramentas de comunicação por escrito, desde o ancestral e-mail, não estariam roubando a eficiência, espontaneidade e o prazer da comunicação oral? Fui pesquisar o que especialistas em produtividade pensam a respeito da minha antipática “telefonefobia” e me senti menos culpada.

Estudiosos do assunto avaliam que a sincronicidade exigida por uma conversa telefônica propicia falhas de concisão, entendimento e ritmo. E raras vezes cumpre o objetivo desejado. O que significa que o velho “vou te ligar e a gente resolve isso” nem sempre é uma boa ideia. Falar ao telefone é para iniciados. Requer pausas no momento certo, atenção plena e cortesia para evitar interrupções ou sobreposições.

Trata-se de uma sutil dança verbal. Se o assunto a ser debatido for de alguma complexidade, exigirá preparo anterior para que o diálogo não seja infrutífero. Se a ligação é apenas para combinar que os detalhes importantes serão enviados depois por escrito, então já poderia começar – e terminar – dessa maneira.

Os famosos calls, jargão das empresas para denominar simples chamadas ou teleconferências, perdem para o e-mail em objetividade e eficiência. Numa conversa em que muitas vezes não se conhece o interlocutor, não temos informações prévias sobre o modo de a pessoa do outro lado da linha se expressar.

Continua após a publicidade

Alguém acostumado a ouvir mais do que falar pode nos fazer crer que a ligação caiu ao promover silêncios constrangedores. Quem não consegue lidar com as pausas corre o risco de atropelar o raciocínio alheio. E pedir para a outra pessoa ouvir até o fim pode soar rude. Assim como pular a etapa de troca de amabilidades inicial ou se perder em delongas para encerrar a ligação.

A suposta vantagem de ser uma forma mais humanizada de comunicação, capaz de fornecer sinais de aprovação ou não no seu subtexto, é vaga. Sem o contato visual, não conseguimos perceber olhares ou movimentos reveladores da linguagem corporal. Não temos como adivinhar se a pessoa do outro lado está interessada no nosso assunto ou morta de tédio.

Outro dado importante é o inconveniente de um telefonema inesperado interromper nosso fluxo de trabalho. Um estudo da Universidade de Michigan atestou que interrupções de dois segundos geram o dobro de erros na execução de uma tarefa. E aumentam em 9% o índice de exaustão no trabalho. Outro estudo, da Universidade da Califórnia, apurou que 23 minutos e 15 segundos é o tempo necessário para o seu cérebro se reconectar com a atividade que estava exercendo antes de ser interrompido.

Continua após a publicidade

Calls previamente agendados não melhoram o cenário. Saber que você tem o compromisso de falar com alguém no dia tal, a tal hora, gera o custo mental do stress de uma tarefa não concluída. Em algum lugar da sua mente, fica o aviso de que há algo que ainda não fez. Escrever e ler mensagens sem horário marcado nos poupa dessa angústia.

Mas a vantagem definitiva das mensagens por escrito é que ela nos garante tempo para ler e refletir sobre as respostas. Um e-mail pode ser relido, checado, analisado. Você nunca terá a chance de reeditar um telefonema. Ou de deletar a bobagem que nunca deveria ter dito.

Veja também: Gente certa é gente aberta

Continua após a publicidade

+Faltou? Jura?

Siga CLAUDIA no Instagram

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.