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Idealizadora do @namastreta, a jornalista Caroline Apple trilha o caminho da autorresponsabilidade nos relacionamentos
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Sofrer um ghosting: por que nos afetamos tanto?

Tem gente que não tem responsabilidade emocional com a namorada e a esposa, imagina com "a moça do aplicativo"? Cruel, porém, real

Por Caroline Apple
23 mar 2023, 10h48

Você já passou horas ou dias conversando de forma intensa com um homem que conheceu no aplicativo e, de repente, o pretendente desapareceu e você ficou arrasada? Bom, a ideia não é deslegitimar o seu sentimento, mas já parou para se questionar por que o desaparecimento repentino de um “desconhecido” (o chamado ghosting) te causou tantos danos emocionais?

Não dá para falar sobre esses sumiços abruptos sem antes questionar o que realmente significa responsabilidade afetiva quando se trata de uma relação virtual que nasceu em ambientes inóspitos e áridos como são essas plataformas, cheias de liquidez e procura por relações casuais. Acho que a parte mais assustadora é quando você desinstala o aplicativo e, anos depois, volta para a pista e encontra as mesmas pessoas. Isso diz tanto.

E é a partir da identificação do tipo de solo que plantamos nossa semente que vamos fazer uma divisão de responsabilidade justa: não para amenizar as possíveis faltas do outro, mas para entender onde a gente se descuidou com a nossa segurança emocional a ponto de confiar tanto em um pretendente virtual e se frustrar.

A responsabilidade afetiva se trata da ação de assumir nosso papel nas expectativas que geramos em alguém dentro de uma relação. E aí eu te pergunto: qual o tipo de relação construída dentro de chats de aplicativos de relacionamentos? Será que elas são tão importantes e sólidas a ponto de gerar na pessoa algum senso de responsabilidade emocional? Tem gente que não faz isso com a namorada e a esposa, imagina com a “moça do aplicativo”. Cruel, porém, real.

Quem sofre com um ghosting nessa condição precisa saber que nem tudo é pessoal. Do outro lado pode ter alguém entediado com a vida, que retomou um namoro, que está ocupado com outras demandas, que desinstalou o app, que foi conquistado por outra pessoa, que perdeu o interesse no papo e uma lista infinita de outros motivos.

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A gente precisa assumir: muita gente que entra em aplicativo de namoro está sempre numa busca pessoal bastante superficial e imediatista. Às vezes, era só uma atenção que a pessoa queria e ela se foi quando conseguiu. Agora, se vai ser honesta quanto aos motivos da partida depois de conseguir o que queria, é imprevisível. Não conte com isso (para o seu próprio bem).

Podemos criticar, cobrar e até xingar o quanto quisermos quem decide falar por meio do silêncio e da ausência, mas acontece muito. Por isso, precisamos estar atentas à criação de expectativas e, principalmente, às nossas carências, que nos fazem depositar tanta energia em um homem desconhecido.

No mundo perfeito, as pessoas conversam e são honestas sobre as suas decisões em todos os âmbitos e situações. No mundo real, cada um dá o que tem, faz o que dá, se envolve com quem quer, fala se quiser e se importa se achar que convém. Vamos mesmo deixar na mão do “cara do app” o cuidado com o nosso emocional?

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