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Idealizadora do @namastreta, a jornalista Caroline Apple trilha o caminho da autorresponsabilidade nos relacionamentos
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Amizade com a sogra é “obrigatória”?

A questão ainda se mostra polêmica para quem tem parceiros homens, principalmente, mas precisa ser revista urgente — só assim ambos os lados seguirão em paz

Por Caroline Apple
22 Maio 2023, 10h03

Nenhuma relação deveria ser compulsória. Porém, parece que um bom relacionamento com a sogra deve ser automático, ainda mais para nós, mulheres. É como se não estivéssemos apenas conhecendo uma pessoa importante da vida de quem amamos, mas uma suposta ligação imediata que vai formar uma espécie de clubinho. Não há tempo de construir nada, ou a relação se estabelece ou problemas vão surgir.

E sabemos que o vínculo entre homens e suas mães tem particularidades. Há muito cordão umbilical conectando adultos a essas mulheres (e vice-versa). Portanto, é como se a mãe fosse uma extensão do parceiro: se você o ama, é bom amá-la também — e logo. Dá até para compreender a expectativa, mas tentar atendê-la a qualquer custo não é o melhor caminho.

Certa vez fui acolhida de forma calorosa e amigável por uma sogra que tive. Me tratou como membro da família desde o primeiro instante. Tive a sensação de ter ali uma aliada. E assim foi, até eu deixar de ser a namorada do filho dela. Da mesma forma automática com que ela me incluiu, ela me excluiu. Vivendo a dor diante de um rompimento por parte dele, eu a procurei. Expus algumas questões indigestas que fizeram desabar um castelo de areia. Aquela amiga acolhedora? Bom, ela desapareceu e eu me senti duplamente abandonada.

Daquele dia em diante, prometi para mim mesma que qualquer relação com uma futura sogra precisaria ser construída do zero, como qualquer outra. Forçar uma aproximação não estava nos meus planos. Deveria ser algo mais natural e fluido.

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E uma chance se apresentou. Contudo, as primeiras impressões com a nova sogra não foram as esperadas. Senti que precisaria de mais tempo para estabelecer algo. Mas me deixei levar pelas circunstâncias e expectativas do meu parceiro, e isso, por fim, machucou todo mundo. Numa tentativa de ajuste, fui insensível e invasiva.

Eu não me ouvi. Só realmente queria ter espaço para desenhar a relação conforme nossas experiências juntas e resolver qualquer impasse como duas adultas, sem pressão ou intermediários. Spoiler: não foi o que aconteceu e nos restou lidar com os conflitos.

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Portanto, não devemos nos sentir obrigadas a gostar logo de cara da mãe de ninguém, e também não devemos cobrar isso do parceiro. Lógico que essa relação é importante, mas ela precisa se estabelecer de forma natural para que o respeito seja a tônica da troca.

Quantas mulheres você conhece que se separaram e mantiveram uma amizade com a sogra? É raro. Sinto que é justamente por não termos um espaço saudável para construir algo verdadeiro com essas mulheres, que vai além da duração do namoro ou casamento.

As únicas coisas realmente indispensáveis são o respeito e uma abertura genuína para viver em harmonia. O que não significa concordância. Conversas francas e amorosas são a chave. Tudo tem seu tempo, inclusive a amizade com a sogra.

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