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Por Atitude 50
Focada na maturidade como plataforma pessoal, a jornalista Kika Gama Lobo escreve sobre as sensações e barreiras que as mulheres de 50 anos vivenciam
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Vulnerabilidade masculina

Com o debate em torno das `fraquezas ‘positivas e desconstruções de mitos de gênero, avançamos

Por Kika Gama Lobo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
20 jul 2022, 09h26

Existe sim. Raro. Eles blefam bem. Tem aquele recurso do macho-alfa, mas acredito que com o debate em torno das `fraquezas ‘positivas e desconstruções de mitos de gênero, avançamos. Venho de um matriarcado. Filha única, muitas tias, duas filhas mulheres. Convivi anos com homens no mercado de trabalho, tive dois casamentos, muitos namorados. Mas sempre achei meio qualquer nota esse drive de ser o provedor, o comedor, a porra toda.

Para que? Homens que pensam com o pau, que valorizam a ira, o confronto, o estar certo. Homens que se dizem dignos, verdadeiros, íntegros, mas são misóginos, pequenos e démodés. O cenário de horror revelado nos últimos dias, sobre estupros, abusos e assédios – mostram que muitos ainda não aprenderam nada. Irrecuperáveis, chutaria. Mas por conversar tanto com e sobre as mulheres maduras, vez por outra (parcas ainda), recebo uns DMs de uns caras mais sensíveis. E celebro.

Alguns querem dialogar sobre luto, impotência e tristezas. Repito: não sou coach, psiquiatra, pajé. Mas dou meus pitacos. Essa semana mesmo recebi um texto lindo que reproduzo aqui sem revelar a identidade do meu seguidor.

“Fez 7 meses ontem, perdi a minha querida mãe e sete dias depois a mãe do meu filho. Éramos separados há mais de vinte anos, mas muito amigos, perdi 13 quilos, foi brabo, mas estou me reabilitando aos poucos apesar da depressão, da falta de emprego para os platinados, da andropausa ‘fdp’ que não pede licença e nem respeita o luto. Tem também o caminho da cruz no pedido de pensão por morte, tudo bem claro naquele tipo de verdade que você ama, rasgando a seda sem perdão e sem medo de constranger, jogando o farol nas novas demandas de um homem as vésperas dos 60’s após dois anos do genocídio da pandemia e agora com o massacre na Ucrânia, sem perder o rebolado e o tesão, tentando manter os boletos e boletas em dia, a mulherada dando em cima, e para minha surpresa, os ‘homi’ também, todos carentes de afeto e investindo numa “cueca no varal.”

Confesso que amei esse desnudar-se. O que o Brasil precisa é de homens mais femininos. Homens sem armadura. Homens sem H maiúsculo. Me veio à cabeça a sunga de crochê do Gabeira. Isso sim é sex appeal. O resto é arminha.

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