As maldades femininas trazem molduras simpáticas e doces. Ao amadurecer, pensamos que existe blindagem para esse sentimento torto. Ledo engano. As piores falas podem sair de uma boca doce e serena.
Tenho pensando sobre amizade, sociedade, felicidade. Ao nos relacionarmos – sobretudo no início – há uma vulcão de esperanças sobre aquele novo arranjo. Não falo de benefícios, ganhos, interesses. Olho sempre pelo lado do aprendizado, de enxergar no outro nosso vazio e regar esse vácuo com a troca. Mas tenho levado umas trombadas do destino.
Me zombam por eu ser rígida por metas e resultados. Me criticam por ser um trator na vida civil. Que me falta delicadeza para lidar com meus pares. Hoje mergulhei em meu passado e recorri a um banco de igreja para refletir. Já estou sentada há tempos. Uma melancolia imensa percorre minhas veias.
Tento não me vitimizar e de fato perceber o que de tão ruim trago dentro de minhas atitudes. Vocês já sentiram isso? Chegar na maturidade e ter que zerar a vida? Dar o boot em nosso drive cotidiano e resetar o mal que tanto incomoda aos outros? Diante de uma imagem sacra, escutando Beethoven eu me afasto do que sempre fui. Agora é com você destino! Que se cumpra uma nova agenda do meu existir. Te dou dois meses para me surpreender.
Leia mais: Madonna Mia