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A jornalista Ana Claudia Paixão (@anaclaudia.paixao21) fala de filmes, séries e histórias de Hollywood
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Ahsoka prova: Star Wars não é coisa de menino e elas sabem lutar

Em um papo com Fabíola Chierice, do Conselho Jedi de SP, resgatamos o longo caminho traçado pelas mulheres em uma Galáxia muito, muito distante

Por Ana Claudia Paixão
Atualizado em 3 out 2023, 17h02 - Publicado em 29 set 2023, 11h42

Quem lê minha coluna sabe que Princesa Léia é minha heroína predileta, mais do que qualquer super-heroína de qualquer outra franquia. Mas, embora ela tenha chegado na história enfrentando Darth Vader sem tremer, guardando segredo mesmo sob tortura e drogas e liderado o próprio resgate, aos poucos foi ficando atrás das mesas – no comando, mas longe da ação. Nunca curti isso, por isso celebro que ao longo dos anos outras mulheres foram ganhando o espaço e hoje podemos ter Ahsoka, com Ahsoka Tano, Sabrine Wren e várias personagens femininas liderando as lutas além da história.

Conversei com Fabíola Chierice Venerando da Silva, a Relações Públicas do Conselho Jedi São Paulo há 23 anos, sobre as mudanças na franquia e como todas estamos felizes com o protagonismo feminino na franquia.

CLAUDIA: Como é fazer parte do Conselho Jedi? Quantas mulheres fazem parte?
FABÍOLA: O Conselho faz parte da minha vida quase o tempo todo, não só pelas responsabilidades que tenho no fã clube, que por mais que seja um hobby e feito para nos divertirmos, é organizado e com muitas pautas importantes. Posso dizer que meus melhores amigos e oportunidades profissionais surgiram por causa do CJ. Com o sucesso da personagem isso vai refletir cada vez mais no número de mulheres que gostam mais de ficção e fantasia e querem ser mais participativas, seja na produção, seja em opiniões cada vez mais embasadas. 

CLAUDIA: O protagonismo feminino no universo Star Wars, meio que “demorou” a emplacar. Leia foi a primeira heroína que salvava seus resgatadores, mas aos poucos foi relegada a ficar no comando estratégico, que é meio fora da ação. E até hoje não ganhou filme ou série sua, foi importante em Obi Wan Kenobi, mas era o Mestre que dava nome. Tivemos Rey nos filmes, Jin Erso, mas Ahsoka era mais conhecida das animações. As expectativas foram justificadas?
FABÍOLA: É indiscutível que a Leia foi a grande mulher em Star Wars e para mim, sempre será. Mas precisamos entender que a Leia representa outra geração de mulheres. As outras personagens femininas mostram como as gerações mudam ao longo dos anos e como a saga faz parte dessa evolução.

Conselho Jedi São Paulo
Fabíola Chierice Venerando da Silva, a Relações Públicas do Conselho Jedi São Paulo. (Divulgação/Divulgação)

CLAUDIA: Para não iniciados, qual a relevância de Ahsoka na franquia?
FABÍOLA: Ela vem da série animada Clone Wars como aprendiz de Anakin, que se torna um dos vilões mais famosos e poderosos do universo Star Wars, e me atrevo a dizer que do cinema, para dar aquele gostinho de rebeldia, juventude e diversão. Ela é cada vez mais relevante no sentido de não seguir cegamente, sempre com bom senso feminino para perceber a hora de deixar seu mestre e buscar seu próprio caminho, desenvolvendo um comportamento mais autentico e não tão sisudo como os antigos gostariam que fosse.

CLAUDIA: Aos poucos, a equidade poderá ser realidade nas Galáxias?
FABÍOLA: Acho que está engatinhando um pouco mais rápido, mas ainda não chegou lá. Mulheres da minha geração aprenderam, errado claro, que Star Wars é coisa de menino. Eu mesma acreditei nisso por muito tempo e ia totalmente contra o que diziam. E fico feliz por não ter “aprendido”. No que depender de mim, nenhuma garota se sentirá excluída porque gosta de Star Wars. E defendo que a Disney faz gol de placa para encantar cada vez mais princesas.

CLAUDIA: Mulheres diretoras estão cada vez mais presentes em Star Wars. E nos roteiros? O que falta?
FABÍOLA: Acredito que falte oportunidade. Saber contar uma boa história não é privilégio de apenas um gênero. Diretoras são uma boa parte das equipes que produzem as séries, mas não apenas elas. As roteiristas integram também os grupos de “historiadores”, as pessoas que criam todo o futuro da Saga. Além disso, Kathleen Kennedy é o maior exemplo e inspiração a elas pois trabalha como produtora há muito tempo, sendo indicada pelo próprio George Lucas para sucedê-lo.

CLAUDIA: Qual sua personagem feminina favorita?
FABÍOLA: Leia, claro! [risos] Como falei anteriormente, ela fez parte de quem sou. Mesmo gostando do dark side, ela ocupa um bom pedaço do meu coração!

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CLAUDIA: O que podemos esperar para Ahsoka, a série?
FABÍOLA: Que a série chegou para mostrar que Star Wars vai além de tudo o que já foi visto e a personagem vai ser a grande ponte para que a gente veja muito mais coisas nas telas sobre esse universo gigantesco. Vale lembrar que Ahsoka é um pedaço de muita coisa bacana que ainda não foi mostrada.

CLAUDIA: E o que podemos esperar para as mulheres em Star Wars?
FABÍOLA: Eu acredito sempre na evolução e revolução. As mulheres estão cada vez mais aparecendo em Star Wars e, com toda certeza, isso vai acontecer cada vez mais nas séries e filmes da saga. Como deixar grandes mulheres de fora? Não tem como. Elas sabem lutar pela paz da galáxia, sim.

CLAUDIA: Como é fazer parte do Conselho Jedi? Quantas mulheres fazem parte?
FABÍOLA: O Conselho faz parte da minha vida quase o tempo todo, não só pelas responsabilidades que tenho no fã clube, que por mais que seja um hobby e feito para nos divertirmos, é organizado e tem muitas pautas importantes. Posso dizer que meus melhores amigos e oportunidades profissionais surgiram por causa do CJ. Com o sucesso da personagem, isso vai refletir cada vez mais no número de mulheres que gostam mais de ficção e fantasia e querem ser mais participativas, seja na produção, seja em opiniões embasadas. O número de mulheres tem surpreendido a cada evento que realizamos, e a participação nos bastidores da organização do fã clube também é crescente, hoje somos 8, mas ainda acho pouco. Espero que isso mude.

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