Mobília antiga e objetos pessoais fazem a decoração deste projeto
Com móveis pinçados em antiquários e brechós, e peças garimpadas em viagens, esta casa cercada pelo verde, no litoral do Paraná, revela um jeito especial de viver.
Perfeitamente integrada à vegetação, a casa construída na bela região de Candonga, distrito de Morretes, nasceu do sonho do designer de interiores Paulo Peruzzo em ter um hotel de charme. Há 15 anos, ele comprou o terreno de 10 mil m2 e fez uma pequena morada de lazer. Depois resolveu construir algo maior para concretizar seu projeto. “Ainda não está totalmente pronto para eu poder abri-lo ao público. Enquanto isso, aproveito para curtir este refúgio nos fins de semana”, conta Paulo. Com oito suítes e 600 m2, a obra, tocada sem pressa, levou três anos. “Fui construindo e ampliando a área conforme encontrava materiais.” Realizar esta obra foi uma experiência e tanto para o decorador. Preocupado em respeitar a cultura local, ele trabalhou com gente da região e aprendeu formas novas de explorar os materiais locais. “Não tinha razão buscar em outro lugar o que já existia aqui: mão de obra competente”, explica. “O mestre de obras, por exemplo, foi um achado, pois cuidou de cada detalhe da construção, desde a produção das janelas até os pilares de madeira, cujos troncos ele mesmo cortou e entalhou”, relembra Paulo.
Paixão pelo ofício
Desde os 20 anos, Paulo Peruzzo flerta com o design. “Fiz de tudo: produção de fotografia, cenografia e montagem de showroom até chegar à decoração”, conta. Ele prefere não se prender a estilos para ter a liberdade de decidir detalhes no decorrer da obra, baseado nas necessidades e desejos do cliente. O designer alia seu repertório profissional à intuição e à sensibilidade para a arte. “A beleza tem mil formas de ser executada”, diz Paulo.