Cássio Michalany, Dudi Maia Rosa e Fábio Miguez em acervo particular
O economista Oswaldo Corrêa da Costa faz releituras da sua coleção e monta exposições de três meses que podem ser conhecidas com agendamento prévio.
*Matéria publicada em Casa Claudia Luxo #31 – Novembro e Dezembro de 2012
Numa rua sem saída na zona oeste de São Paulo, um enorme paredão flutuante de 50 m², emoldurado em uma estrutura de concreto, instiga a curiosidade. Uma placa discreta na fachada revela o nome Coleção Particular, espaço que ocolecionador carioca Oswaldo Corrêa da Costa inaugurou em 2010 para abrir seu acervo ao público. No interior, o painel branco projetado pelos arquitetos Juliano Barros e Eduardo Areias ganha mais expressividade: fixado apenas em uma das colunas da construção por meio de um sistema de cabos de aço, a parede flutuante deixa passar a luz natural, mas barra os demais estímulos externos, fazendo com que a atenção dos visitantes se concentre nas obras de arte. A última mostra, montada de julho a outubro deste ano, chamada Gabinete de Curiosidades, trouxe obras raras, excêntricas e grotescas. “Quando você coleciona durante quase 40 anos, acaba comprando trabalhos que não deram certo em termos de mercado ou não se tornaram relevantes para a história da arte”, comenta o economista, que fez questão de tirar do subsolo – onde armazena a coleção – peças das quais não gostava tanto. “Fiz uma exposição dos rejeitados.” Na seleção, também havia obras pouco representativas de artistas consagrados, como Cildo Meirelles, Tunga e Beatriz Milhazes. Em novembro, a nova mostra será dedicada a três artistas: Cássio Michalany, Dudi Maia Rosa e Fábio Miguez.
*Matéria publicada em Casa Claudia Luxo #31 – Novembro e Dezembro de 2012