Casinhas em área medieval ganham novas caras em Portugal
Intitulada Chalé das Três Esquinas, a propriedade passou por uma restauração que buscou retomar a identidade e a distribuição espacial e funcional originais
Quando o escritório Tiago do Vale Arquitectos foi convidado para comandar o projeto destas três casinhas em Braga, Portugal, os profissionais sabiam que era uma oportunidade especial que também exigiria um aprofundamento a mais.
“O Chalé das Três Esquinas é um edifício único, documentando a história e a diáspora da região onde se insere e combinando a arquitetura e o desenho urbano portugueses do século XIX com uma inesperada influência alpina, que chega ao país por via de uma vaga histórica de portugueses regressados do Brasil e influenciados pela cultura centro-europeia”, explica a página do projeto.
Realizada em 2012 e 2013, a obra tinha o objetivo de retomar a identidade do edifício, que sofreu, assim como a fachada, com intervenções errôneas ao longo de 120 anos. O escritório tinha que redistribuir os espaços e funções, delimitando escritório e casa.
“Simultaneamente, houve uma adequação às formas de viver contemporâneas, devolvendo-o à cidade e, potencialmente, alicerçando um modelo para intervenções de reabilitação futuras no bairro da Sé”, conta.
Pensado como um anexo para o palácio vizinho e situado entre as muralhas medievais, o Chalé tem iluminação mais que privilegiada, já que tem uma frente voltada para o oeste e uma para o leste, permitindo incidência solar durante todo o dia.
Durante as reformas, a fachada foi recuperada. No interior, as escadas foram preservadas e hoje atuam como delimitador de ambientes em todos os andares, afunilando conforme chegam ao último andar.
O espaço de trabalho, um dos requisitos do projeto, foi instalado no térreo. No interior, a base branca foi escolhida, assim como o uso do mármore.
A área residencial fica voltada para a praça e aproveita a luz do sol nascente. Ali vivem diversas laranjeiras, que provêm sombra, aroma e cenário.
No primeiro andar, os espaços sociais prevalecem, com cozinha e sala divididos pelos degraus.
No piso superior, o quarto ocupa uma espécie de sótão e, do outro lado, um closet minimalista deixa a maior parte do espaço livre.
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