Casa aberta para o verde em Angra dos Reis
Entre sem bater: esse é o convite este projeto, da arquiteta Lia Siqueira, faz à paisagem
A ideia, desde o esboço inicial, era montar um bloco reto e transparente, com os ambientes integrados entre si e ao entorno. E que entorno: uma área preservada de mangue, a poucos passos de distância do deslumbrante mar de Angra dos Reis (RJ).
Para que o horizonte pudesse fazer parte do projeto, a arquiteta Lia Siqueira apostou em pouca marcenaria fixa e muitas divisórias móveis – praticamente todas as portas deslizam e se abrem, definindo planos que deixam o cenário à vista. Ou se fecham, formando cantos aconchegantes.
Exatamente como queria a família, um casal com filhos, que sonhava em receber amigos de todas as idades num lugar acolhedor e sem frescuras, porém com toques de sofisticação. “Quis trazer para os espaços a sensação de leveza que se tem na beira da praia. Por isso, escolhi um piso claro, numa tonalidade que remete à areia, e preferi o branco para os estofados e as paredes. Nos móveis, busquei fugir de modismos e apostei em matérias-primas naturais, como a palha e a madeira”, explica Lia.
Além dessa preocupação, a arquiteta destaca outra: encomendou aberturas sob medida para aproximar os interiores do paisagismo pensado por Gilberto Elkis.
“O verde é um elemento essencial aqui. Ele não apenas emoldura o projeto como se funde com a paisagem”, arremata ela.