Poderosa profissional só até às 17 horas
Marissa Mayer é a nova CEO do Yahoo. Está no sexto mês de gravidez e exigiu rotina de trabalho que permitisse ficar com a família...
Marissa Mayer, a nova CEO do Yahoo: sem licença maternidade
Foto: Getty Images
O Vale do Silício, você sabe, é a capital mundial da web e tecnologia. Fica na Califórnia e abriga os QGs dos setores. Está entre as regiões mais poderosas (e inovadoras) do mundo, e tem a menor taxa de mulheres em cargos executivos. Contudo, não foi essa defasagem que fez o mundo comentar a escolha da executiva Marissa Mayer como a nova diretora do Yahoo. O que chamou a atenção da imprensa global foi o fato de Marissa Mayer ter aceitado o desafio de salvar o Yahoo (sim, a empresa está em crise) em pleno sexto mês de gravidez, aceitando ter apenas 14 dias corridos de licença maternidade.
Diz que Marissa Mayer (responsável pela ferramenta de pesquisa do Google, que você certamente usa ao menos uma vez ao dia) teria colocado apenas uma condição ao aceitar o cargo e a encrenca no Yahoo: sair do trabalho diariamente às 17 horas para ter tempo qualitativo com o filho. A mesma exigência foi feita por Sheryl Sandberg, COO do Facebook.
Ou seja, duas das mulheres mais poderosas em uma das regiões mais poderosas do mundo, enfrentam a mesma questão que mulheres de diferentes etnias, empregos e realidades. A diferença mais óbvia é a que Marissa e Sheryl recebem salários altíssimos – a noticia é que o salário de Marissa Mayer chega aos US$ 12 milhões anuais – e podem bancar ajuda doméstica (babás, empregadas etc) para se equilibrar nas funções de profissional e mãe. Enquanto a maioria das mães trabalhadoras não têm essa facilidade.
Mas a moral da história não é só esta. Tem a ver com o fato de elas terem repensado suas rotinas e o uso de seus tempos para dar mais atenção para a família (ainda que duas semanas de licença maternidade assuste). E essa escolha é uma prova de que não cola mais a imagem da mulher faz tudo, aquela que pensa que dá conta de tudo (porque dar conta mesmo é impossível). E isso é um bom sinal.
O Pensou Mulher Pensou Abril, que nasceu como Movimento Habla, aborda a questão da necessidade desta reengenharia do tempo feminino, que é cada cada vez mais urgente, e parece cada dia mais possível. Já pensou em balancear sua rotina? Em dizer não para algumas questões antiquadas para dizer sim para mais qualidade de vida? Pense nisso. E navegue pelo Pensou Mulher Pensou Abril para descobrir porque as empresas em crise procuram as mulheres para salvá-las de todo os Estados Unidos, como apontou estudo realizado pela Universidade da Califórnia.