Da rivalidade ao protagonismo: como a união entre as mulheres impulsiona carreiras
Entre estereótipos, sobrecarga e preconceitos, mulheres discutem como a união feminina pode abrir espaços de liderança

O que acontece quando as mulheres se unem? Embora apenas 6% dos cargos de CEO no mundo sejam ocupados por elas, uma pesquisa da Universidade da Geórgia revelou que 70% das executivas entrevistadas já se sentiram uma fraude no trabalho. Além disso, lidar com a rivalidade feminina ainda faz parte da trajetória profissional de muitas. A resposta para esses desafios, no entanto, pode estar justamente na força da união entre elas.
Exatamente por isso, essa pergunta norteou a conversa entre Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora, e Angela Pugliese, criadora do W-CFO Brasil, durante a Casa Clã Finanças, evento da Revista CLAUDIA dedicado a finanças e negócios.
As dificuldades para chegar a0 topo da carreira

As dificuldades para ser bem-sucedida no mercado de trabalho chegam até nas questões mais básicas. Ana elucida isso através da própria experiência: “Já ouvi um feedback de que eu era muito legal, muito simpática. Ao mesmo tempo, fomos criadas para sentar de perna cruzada, falar baixo e servir aos outros.”
Acrescentando ao assunto, Angela comentou sobre como os espaços nem sempre são levantados como possíveis para elas. “A mulher escuta a vida inteira que o topo não é para ela, que onde chegou já basta, como se sonhar em ir além não fosse permitido.” Na visão dela, isso também impacta a chegada ao topo na carreira.
Como fatores externos afetam o sucesso das mulheres

Elas ainda falaram sobre diversos homens que desmoralizam as mulheres. “Um homem me disse: ‘As mulheres não ocupam espaços de poder porque não são capazes’. Mas a verdade é que casa, família e tantas outras funções acabam sendo delegadas a nós, impedindo nossa chegada a esses espaços”, pontua.
De fato, a chamada economia do cuidado, um conjunto de atividades como cozinhar, lavar, passar e cuidar de crianças, idosos e pessoas doentes, fica a cargo, principalmente, das mulheres, que fazem mais de 75% do trabalho não remunerado, segundo a organização global contra as desigualdades Oxfam (Comitê de Oxford para o Alívio da Fome).
Como afirma Angela, “Os meninos são criados para exercer o papel de protagonismo, a gente precisa ver mais mulheres em espaços de poder.”
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