Cristina Palmaka conta o efeito positivo da corrida na sua carreira
Presidente da SAP contou no Fórum CLAUDIA #EuTenhoDireito sobre como o esporte se tornou sua terapia
Mesmo com a agenda puxada como presidente da SAP Brasil, Cristina Palmaka não abre mão de se conectar consigo mesma por meio do esporte. Pelo menos quatro dias na semana, ela faz treinos de corrida – atividade que considera sua terapia. Durante sua fala no Fórum CLAUDIA #EuTenhoDireito, onde mais de 20 presidentes de empresas compartilham o palco, nesta terça-feira (06), em São Paulo, Cristina contou sobre como a prática tem sido positiva tanto para a sua vida pessoal, quanto para o trabalho.
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Apaixonada por esporte, ela sempre praticou uma atividade física. Desde pequena, o futebol esteve presente nas brincadeiras com os irmãos. “Eu não ficava no gol, eu sou uma pessoa de ataque”, contou a executiva. Depois ela praticou vôlei, esporte que ela afirma ter contribuído para o seu senso de trabalho em equipe. E, por fim, Cristina se arriscou no basquete.
Até que um dia na academia ela foi convidada para participar de uma corrida de oito quilômetros, no centro histórico de São Paulo, que aconteceria em um domingo de manhã. A princípio, ela resistiu por não querer acordar tão cedo no final de semana.
No entanto, Cristina acabou topando o desafio e participou da atividade. Ela correu durante quatro quilômetros e depois caminhou até o final — e adorou. “Você começa a se preparar e pensa: ‘uau, esse negócio pode ser gostoso’.”
A executiva comparou seu processo de evolução na corrida com cotas de vendas. “Você corre 8km, depois você corre 10km, aí você quer fazer 15k, aí você faz meia maratona!”, disse. “Estou vendo várias pessoas que concordam que a gente está sempre puxando um pouco mais”, completou. Hoje, dezoito anos depois da corrida no centro de São Paulo, Cristina já completou 12 maratonas (42,195 km cada!) e está inscrita na de Washington, nos EUA, que acontece em outubro.
Para ela, qualquer esporte traz um aprendizado que depois será usado bastante em outros aspectos da vida. Em um comparativo entre a corrida e o mundo coorporativo, Cristina elencou seis características comuns aos dois universos: objetivos claros, preparação, constância, trabalho em equipe, resiliência e equilíbrio físico e mental.
Sobre constância, ela destaca que repetição leva a perfeição. “Quando eu fico um tempo sem correr, fica muito mais difícil voltar”, exemplifica. No trabalho não é diferente;
Mesmo correndo sozinha, Cristina garante que sempre há um time por traz. “Tenho um treinador, minha equipe. Vou na nutricionista…”, disse reforçando a importância de se trabalhar em grupo.
Outro ponto de enorme relevância para ela é a tranquilidade mental que a corrida provoca. “Para preparar para uma maratona, você corre uns 30 km — o que dá 3 horas. É muito tempo com você mesma. Dá para pensar bastante”, contou. Segundo a executiva, é durante a corrida que ela consegue solucionar problemas mais complexos e colocar a cabeça em ordem.
“A resiliência tem papel fundamental. Para você ir lá e fazer, às vezes vai fracassar. No esporte, muitas vezes você perde. No mundo coorporativo, algumas vezes você toma decisões que não são as melhores e precisa dar cinco passos para trás”, acrescentou Cristina.
Em seu encerramento, ela convidou outras mulheres a se juntar a ela na prática do esporte e deixou uma mensagem positiva sobre o esforços que fazemos diariamente. “No final do dia, o que a gente faz no mundo coorporativo e na vida pessoal é cada vez se preparar melhor para a corrida da vida. Acho que é isso que importa”.