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5 hábitos simples que vão fazer você escrever melhor

"A literatura apresenta analogias e metáforas que ajudam a escrever melhor sobre qualquer assunto"

Por Claudia Gasparini (colaboradora)
Atualizado em 11 abr 2024, 20h16 - Publicado em 15 jun 2015, 11h30
vladans / Thinkstock (/)
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“O escritor é um homem que, mais do que qualquer outro, tem dificuldade para escrever”, disse o alemão Thomas Mann, vencedor do prêmio Nobel de literatura de 1929.

A frase é um alento para aqueles que sofrem diante da página em branco. As palavras, afinal, exigem suor e empenho até dos artistas mais brilhantes.

Apesar disso, fatores como a influência da tecnologia têm trazido prejuízos adicionais para a escrita do cotidiano, afirma Diogo Arrais, professor de português no Damásio Educacional.

“Com a rapidez trazida pela internet, a maioria dos profissionais precisa se comunicar de uma forma praticamente imediata no trabalho”, diz ele.

Com a pressa, sobram mensagens ambíguas e mal construídas – que, por sua vez, podem levar a erros operacionais, conflitos com colegas e até prejuízos financeiros para a empresa.

A influência da comunicação oral e a falta de familiaridade com a escrita também fazem com que muitos textos corporativos sejam infestados de problemas estruturais, diz Rosângela Cremaschi, professora de comunicação escrita na Faap.

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“Ambiguidades, redundâncias, clichês, jargões, erros de sintaxe, pontuação incorreta e excesso de estrangeirismos são extremamente comuns”, afirma ela.

A boa notícia é que todas essas “pragas” têm remédio. Veja a seguir cinco hábitos sugeridos pelos professores para melhorar a sua redação:

1. Adote um livro de cabeceira 
Você certamente já ouviu que, para escrever bem, é preciso ler muito. Arrais corrobora o conselho e diz mais: escolha um livro do seu interesse e não passe um dia sem abri-lo, nem que seja para ler poucas páginas.

O ideal é priorizar obras de ficção. “Além de trazer repertório gramatical e vocabular, a literatura apresenta analogias e metáforas, o que ajuda a escrever melhor sobre qualquer assunto”, diz o professor do Damásio.

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2. Use qualquer pretexto para escrever
Se você prestar atenção, verá que o cotidiano abre espaço para pequenas redações o tempo todo. “Escreva e-mails, recados, bilhetes, lembretes, cartas e até poemas”, sugere Rosângela. O importante é usar todas as oportunidades possíveis para treinar a escrita.

Arrais vai além e propõe alimentar um blog ou até um perfil nas redes sociais com textos mais “autorais”. Nesse exercício, diz o professor, a prioridade não é tanto o conteúdo dos artigos, mas sim a atenção que você dedicará à sua forma.

3. Pense no leitor (e peça feedback)
Na pressa do dia a dia, é comum apertar o botão “enviar” do e-mail sem revisar nada. Nada pode ser mais nocivo para a qualidade da comunicação, dizem os professores.

Se você quer aperfeiçoar a sua redação, é importante investir alguns segundos para reler o que você escreveu. Falta alguma informação? A mensagem está realmente clara? Segundo Arrais, é fundamental se imaginar no lugar do leitor ou até pedir comentários e críticas sobre o seu texto a colegas, familiares e amigos.

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4. Desabilite o corretor ortográfico
Rosângela diz que não são poucos os profissionais que ficam “reféns” de corretores automáticos. “O problema é que esse tipo de instrumento é incapaz de compreender nossas ideias e nosso estilo de escrita”, afirma a professora da Faap. Em vez de ajudar, a tecnologia acaba confundindo e gerando insegurança.

Para ganhar confiança e independência, a dica é substituir a ferramenta por bons materiais de consulta, como um dicionário atualizado pelo novo acordo ortográfico e uma gramática confiável.

5. Investigue o que você (ainda) não sabe
Ao se deparar com uma dúvida de português, você costuma mudar a frase para evitar a construção que está causando insegurança? Esse tipo de “fuga” é muito frequente, mas desperdiça grandes chances de aprendizado, afirma Rosângela.

Quando você questiona a escrita de alguma palavra, o uso de determinada expressão ou a construção de uma frase, essa é a hora de consultar os materiais de referência mencionados no item anterior. Segundo a professora, a pior alternativa é ignorar o problema e, assim, perpetuar a dúvida.

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Matéria publicada em Exame.com.br

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