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Guta Nascimento

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Guta Nascimento é Diretora de CLAUDIA

Não há futuro sem elas

A presença de executivas negras na estratégia das empresas é fundamental para avançarmos enquanto sociedade

Por Guta Nascimento
Atualizado em 20 nov 2020, 16h15 - Publicado em 20 nov 2020, 07h00
Revisa CLAUDIA em Novembro
As executivas (da esquerda para a direita) Dilma Souza, Jandaraci Araújo, Mônica Marcondes e Rachel Maia  (Foto Karla Brights/CLAUDIA)
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Na escala corporativa, a mais poderosa estrutura de uma empresa é o seu conselho de administração. É ele que rege as estratégias de longo prazo e tem em mãos a definição do futuro de uma companhia. A falta de mulheres em conselhos já é debatida há algum tempo, mas caminha a passos exasperadamente lentos. No Brasil, de 100 grandes empresas listadas no índice IBrX 100 da Bolsa de Valores de São Paulo, 34 não têm sequer uma cadeira ocupada por uma mulher; e 35 têm apenas uma. Mais chocante ainda é a ausência de mulheres negras. As quatro executivas na capa de CLAUDIA neste mês da Consciência Negra querem mudar essa realidade. Rebatem o argumento de que não há profissionais capacitadas. Na reportagem “Decisivas” você vai saber mais sobre as iniciativas de instituições como o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), a fundação Women Corporate Directors (WCD), a consultoria KPMG e o projeto Conselheira 101 – todas empenhadas pela inclusão de mais diversidade nessa esfera de poder, que interfere em nosso dia a dia como consumidores e cidadãos em sociedade.

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São ainda muitos e exaustivos os desafios profissionais das mulheres negras, independentemente da idade delas. Por isso, decidi perguntar a uma jovem, Aniké Pellegrini, 19 anos, o que ela sonhava para o mercado de trabalho da geração da qual faz parte. A resposta foi o desabafo de quem tão cedo já se viu às portas de um burnout um basta à glamourização do “corre”.

Na CLAUDIA de novembro, falamos dessas e de várias outras violências cometidas contra as mulheres negras em suas trajetórias, mas que felicidade podermos publicar um texto da filósofa Aza Njeri e aprender que, na filosofia Bakongo, o existir é tal qual a trajetória do Sol. Todos nós nascemos com um Sol interno e subimos a Montanha da Vida. Mas é preciso ter consciência de que esse Sol necessita ser cuidado. Sem ele, não sobrevivemos à nossa jornada. Sejamos, então, aqueles que vivem para acender o Sol da nossa humanidade.

Um beijo,

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Guta

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