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Os riscos da maquiagem para crianças – e como proteger a pele delas

O que acontece quando crianças se maquiam cedo demais? Entenda os perigos e a lógica por trás da obsessão infantil pela vaidade

Por Kamille Neris
11 nov 2025, 11h00
Uma criança ajudando a outra a se maquiar
O uso precoce de maquiagem pode prejudicar a pele infantil (Reprodução/Freepik)
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No TikTok e no Instagram é fácil encontrar vídeos de meninas de 7 a 9 anos fazendo rotinas de beleza complexas para ir à escola: primer, base, pó, gloss, iluminador e até contorno. O movimento, que nasceu como brincadeira, ganhou força com o marketing infantil e com influenciadoras mirins que testam produtos como adultas e viralizam entre outras crianças.

O problema é que, enquanto tudo parece apenas divertido, a pele infantil reage de outra forma. A barreira cutânea ainda é imatura, mais permeável e mais sensível a substâncias químicas, o que torna o uso precoce de maquiagem um perigo real, mesmo quando os produtos são rotulados como “infantis”.

Para entender melhor os cuidados necessários e o que evitar, ouvimos a dermatologista Elizabeth Senra, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional São Paulo (SBD-RESP). Confira:

Maquiagem na infância: riscos que você precisa conhecer

Uma criança ajudando a outra a se maquiar
Recomendações médicas sugerem limitar o uso de maquiagem antes dos 12 anos para evitar riscos. (Reprodução/Freepik)

“A pele da criança ainda está aprendendo a se proteger. É mais fina, mais permeável e tem uma barreira cutânea imatura, o que facilita a penetração de substâncias químicas”, explica a dermatologista.

Quando expostas cedo a maquiagens, as crianças podem desenvolver:

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  • Maior risco de dermatite de contato irritativa ou alérgica;
  • Coceira;
  • Vermelhidão;
  • Em casos mais graves, infecções secundárias.

Além do efeito físico imediato, a especialista ressalta que o uso diário pode gerar inflamação cumulativa, algo que só aparece com o tempo.

Quando é seguro deixar as crianças usarem maquiagem?

Não há uma idade exata para usar maquiagem com segurança antes da adolescência. Apesar disso, a recomendação médica é clara: antes dos 12 anos, o uso deve ser apenas eventual, como para uma festa ou uma apresentação, e nunca diário.

“O importante é que o uso não vire rotina, porque a pele infantil não precisa de maquiagem, precisa de proteção e de hidratação. Como mãe, sei o quanto é difícil resistir a esses apelos de maquiagem de princesa. Mas nosso papel é ensinar o cuidado antes da vaidade”, conta a dermatologista. 

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Maquiagens infantis são alternativas mais seguras?

Uma criança
Mesmo as maquiagens infantis não são totalmente seguras e podem causar reações alérgicas. (Reprodução/Freepik)

Muita gente acredita que, por terem embalagens lúdicas, os produtos infantis não oferecem risco, mas Elizabeth afirma que não é bem assim. “Mesmo as maquiagens infantis não são totalmente seguras. Muitas contêm conservantes e pigmentos sintéticos que podem causar alergias, principalmente em crianças com dermatite.”

Algumas são menos agressivas, principalmente as hipoalergênicas e livres de fragrância, mas é importante ter em mente que nenhum cosmético está livre de causar reações.

Sinais de que o uso deve ser suspenso imediatamente 

Vermelhidão, coceira, ardor, descamação e queixas como “está pinicando” já são sinais de alerta de que aquele produto não se adaptou à pele da criança. Caso as reações se repitam, Elizabeth indica procurar por um dermatologista. Isso porque, em situações mais complexas, algumas crianças precisam até de teste de contato (conhecido como patch test) para descobrir qual substância desencadeia o problema.

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Que ingredientes merecem atenção?

“Quando a lista de ingredientes é longa e difícil de entender, vale parar e pensar: essa pele, de criança, realmente precisa disso agora?”, sugere a médica. Mas, para facilitar a escolha, a especialista indica produtos sinalizados com as seguintes características:

  • dermatologicamente testado;
  • hipoalergênico;
  • sem fragrância;
  • com registro na Anvisa;
  • com fórmulas curtas e legíveis.

Além disso, é bom evitar: 

  • fragrâncias fortes;
  • parabenos;
  • formaldeído e liberadores (como DMDM hydantoin);
  • metilisotiazolinona (MIT), conhecida por surtos de dermatite alérgica;
  • corantes sintéticos como CI 17200 e CI 42090.
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“Como médica, mas também como mãe, vejo o quanto é delicado navegar nesse mundo de filtros, tutoriais e influenciadores que falam com nossas filhas todos os dias. Não precisamos proibir a brincadeira, mas podemos guiar o cuidado. O verdadeiro luxo não está em antecipar a vaidade, e sim em ensinar nossas crianças a respeitarem o tempo da própria pele. Cuidar desde cedo é o que permitirá que elas tenham, no futuro, a liberdade de escolher se maquiar, sem carregar no rosto as consequências da pressa da indústria”, finaliza. 

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