“Uma representante não pode ter só beleza e atributos físicos”, afirma diretora geral do Miss Brasil
Hoje em dia, só beleza não basta: é preciso ter muita personalidade!
Desde 1954, quando o Miss Brasil surgiu no formato em que conhecemos hoje, o concurso já elegeu 61 lindas representantes do país, embora muitas brasileiras não se identifiquem com essas mulheres. Apesar de bastante tradicional, a competição tem passado por mudanças e está cada vez mais exigente com suas candidatas.
Hoje em dia, o concurso que elege a embaixadora da beleza da mulher brasileira tem uma longa lista de requisitos para quem sonha em levar para a casa a estimada coroa. “Uma representante de um concurso como esse não pode ter só beleza e atributos físicos, ela tem que ser uma mulher inteligente, compatível com o seu tempo, e precisa entender que ser Miss, hoje em dia, é uma carreira e não mais só uma ocupação”, explica Karina Ades, diretora geral do projeto. “A Miss Brasil tem que ser comunicativa, ter carisma, ser bem informada e saber falar com todo mundo, desde uma pessoa simples até um chefe de estado”, pontua.
Segundo a representante, o concurso procura uma beleza com personalidade. “Então, pode até ser que a candidata não tenha traços absolutamente perfeitos, mas tem que ter as medidas pedidas. A gente entende que o carisma faz parte disso e que a mulher mais natural, atualmente, chama mais atenção que uma candidata que tenha passado, por exemplo, por cirurgias estéticas. Hoje, a gente entende que beleza é um conjunto e não mais um padrão“, conta.
Embora as exigências sejam muitas, Karina garante que não existe um estereótipo que delimite uma candidata perfeita. Além disso, a diretora ressalta que a mulher coroada é quem representará a beleza do país ao redor do mundo. “A Miss Brasil é uma embaixadora da beleza brasileira. Ela tem que carregar com ela os traços da nossa cultura. A gente é conhecido por ser um povo muito cativante, muito simpático, muito sorridente… Um povo que é sensível e que carrega até essa sensualidade tropical. Eu acho que as pessoas de fora esperam isso de uma Miss Brasil”, opina.
Assim, a edição deste ano mostra que a diversidade está mais presente no concurso do que em edições anteriores, já que das 27 finalistas, seis são lindas negras: a Miss Bahia, Victoria Esteves; a Miss Espírito Santo, Beatriz Leite; a Miss Maranhão, Deise D’anne; a Miss Paraná, Raissa Santana; a Miss Rondônia, Mariana Theol Denny; e a Miss São Paulo, Sabrina Paiva.
“Tomando como exemplo o que aconteceu com a nossa Miss São Paulo, a aceitação que ela está tendo e como repercutiu o fato de ela ser negra e ter sido eleita, foi tudo muito positivo. Além de ter o que eu disse que uma Miss precisa, ela ainda carrega uma causa muito importante, que é a de ser negra. Ela representou uma parte da população que não se sentia muito bem representada e que não tinha muitos ícones. Acho que isso é muito positivo. Agora, sobre o resultado do Miss Brasil, a gente só vai saber no dia do concurso. Eu não acho que o fato de ser negra ou não deva ser um critério de julgamento”, opina Karina Ades.
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