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Toxina botulínica pode ajudar a tratar a caspa? Entenda

Uso da toxina botulínica do tipo A para tratar dermatite seborreica tem embasamento científico e pode ainda ser complementada com suplemento oral

Por Da Redação
16 Maio 2023, 08h14

Não há dúvidas de que a caspa pode ser um problema frustrante, afinal, ela não só coça, como também incomoda esteticamente. A boa notícia é que existe uma nova forma de tratar, apresentada no Congresso Mundial de Medicina Estética e Antienvelhecimento AMWC, que acontece em Mônaco: a toxina botulínica do tipo A, com respaldo científico inclusive com estudos recentes.

A toxina botulínica do tipo A para tratar oleosidade da pele já foi objeto de estudo de muitos trabalhos científicos, que relataram seu potencial em diminuir a produção de sebo e também o tamanho dos poros. No tratamento do couro cabeludo, geralmente são necessários aproximadamente 25 pontos de aplicação, segundo dermatologista Lilian Brasileiro, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, coordenadora e palestrante em eventos sobre tratamentos capilares. “Embora o mecanismo de ação ainda não tenha sido completamente elucidado, há evidências de que a toxina botulínica promova uma diminuição da produção de sebo, o que acarreta na melhora da dermatite seborreica. Existem múltiplos mecanismos relatados e possivelmente envolvidos, sendo o principal deles o bloqueio na liberação de um neurotransmissor chamado acetilcolina entre os terminais nervosos e as glândulas sebáceas”, explica.

Como funciona?

Como explicado acima, são feitas aplicações por toda a extensão do couro cabeludo do paciente, que deverá ser repetida periodicamente. “A frequência de aplicação da toxina botulínica depende, dentre outros fatores, da resposta individual de cada paciente. Mas sabemos que a produção de sebo vai progressivamente recuperando os níveis normais ao longo de aproximadamente 16 semanas. Assim, o intervalo entre as aplicações é geralmente de 4 a 6 meses”, acrescenta.

No entanto, é importante lembrar que a oleosidade não é a única questão envolvida no aparecimento da caspa. “Além de controlar o processo bioquímico que foi exposto, é necessário controlar a atividade dos microrganismos, principalmente com produtos que possuem atividade antifúngica, porque na maioria das vezes essa oleosidade está acompanhada da presença de fungos do gênero Malassezia”, explica Patrícia França, gerente científica da Biotec Dermocosméticos. “Por esse motivo, os xampus devem contar com substâncias como defenscalp e bioex anticaspa. O primeiro é um ativo natural, rico em oenoteína B, polifenol com atividade antifúngica-like, que controla a proliferação dos fungos Malassezia, reequilibra a microbiota e mantém a homeostase do couro cabeludo. Defenscalp ainda vai auxiliar na inibição da produção de sebo pelos sebócitos. Já bioex é uma associação de extratos vegetais que previnem e combatem a descamação excessiva do couro cabeludo. Preconizar o uso do xampu com essa fórmula antes do tratamento da toxina botulínica tornará a resposta ainda mais eficiente”, argumenta a farmacêutica.

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É importante, também, atentar-se à inflamação, segundo Patrícia. “Até há pouco tempo encarada como um descompasso entre a população fúngica e bacteriana da pele, atualmente, também entra na sua causa uma resposta inflamatória exagerada do organismo. Por isso, é importante a suplementação oral, associação de fosfolipídeos de origem marinha, que atua na modulação do processo de inflamação, principalmente na cascata de agentes inflamatórios como prostaglandinas e leucotrienos. A fórmula oral ainda pode contar com zinco, que tem atividade anti-inflamatória, e a biotina, que ajuda a regular a função da glândula sebácea. As formulações devem ser usadas sempre com orientação médica”, finaliza.

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