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Outubro Rosa: Revista em casa por 9,90

“A sustentabilidade precisa estar no DNA das empresas”, diz fundadora da Simple Organic

A executiva Patricia Lima participa do novo episódio do videocast “Eu, CEO” e compartilha suas experiências com ESG

Por Beatriz Lourenço
Atualizado em 25 set 2025, 20h52 - Publicado em 25 set 2025, 09h00
A executiva Patricia Lima participa do novo episódio do videocast “Eu, CEO” e compartilha suas experiências com ESG
A executiva Patricia Lima participa do novo episódio do videocast “Eu, CEO” (Renato Nascimento/CLAUDIA)
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Fundada em 2017, a Simple Organic, marca de cosméticos sustentáveis, tem a proposta de unir beleza, saúde e consciência ambiental. A empresa é liderada por Patricia Lima, que apostou em fórmulas limpas, livres de ingredientes tóxicos e crueldade animal em um momento em que esse conceito ainda era incipiente no mercado brasileiro.

Com uma trajetória empreendedora que cruza moda, comunicação e inovação, a executiva construiu uma identidade forte para a empresa, que hoje vai além dos produtos de maquiagem e skincare: representa um estilo de vida alinhado ao ESG. Ela defende a importância da transparência e da responsabilidade social como pilares de negócios contemporâneos e acredita que empresas podem ser instrumentos de transformação.

Patricia é a nova convidada do videocast Eu, CEO, criado por CLAUDIA para destacar mulheres em cargos de liderança e gestão. Conosco, ela compartilha os desafios e realizações de sua trajetória.

Para conferir o episódio na íntegra, assista ao canal Veja+, disponível gratuitamente no Samsung TV Plus (canal 2075), hoje às 19h, ou acesse nosso canal do YouTube.

Abaixo, veja o papo completo:

Estar aqui significa estar entre uma posição ocupada por poucas mulheres. E você tem um projeto que impulsiona mais mulheres a chegarem no topo. De onde veio essa vontade?

Eu e algumas amigas que também tiveram suas empresas compradas por grandes grupos queremos que outras mulheres cheguem até aqui. A gente bate com a cabeça todos os dias e sofremos muito, vamos no peito e na raça – e acho que não precisa ser assim com todo mundo. A gente desbravou isso e se a gente puder ajudar pelo menos uma, duas, três pessoas, já faz diferença. Nossa ideia é poder dar o apoio que a gente não teve lá atrás. 

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Como foi o processo de sair de uma empresa de comunicação para fundar a própria empresa?

Sou publicitária e jornalista. Sempre trabalhei com moda e tive agência de publicidade. Quando engravidei e tive minha filha, bateu uma sensação de consciência que eu não tinha antes. E no momento em que descobri que estava grávida de uma menina no Brasil, entrei numa reflexão profunda sobre o que eu poderia fazer para ajudar a mudar a sociedade. 

E eu fiz essa transição até entender o que queria fazer. Fui atrás de sustentabilidade e ela me levou até a Amazônia, no sentido de olhar cosméticos, orgânicos, enfim… Fui parar em Los Angeles, onde vi o mundo das marcas de beleza limpa e foi aí que nasceu a Simple Organic. 

CEO Patricia Lima
Com uma trajetória empreendedora que cruza moda, comunicação e inovação, a executiva construiu uma identidade forte para a Simple Organic (Renato Nascimento/CLAUDIA)

Uma das questões da gente ter poucas mulheres na liderança também é o fato de que a maternidade acaba deixando muitas para trás. No seu caso, foi um motivador?

Tem um funil até o topo e muitas vezes não ter rede de apoio acaba sendo uma barreira para chegar lá. Para mim, foi um motivador porque eu estava sozinha. Se eu estivesse no mercado de trabalho, talvez fosse uma barreira. Mas olha só como a maternidade nos coloca uma pressão gigante: mesmo sendo dona do meu próprio negócio, eu reformei meu escritório, coloquei em um berço e achei que ia ser fácil ter bebê ali. E daí vi que não, eu precisei parar. Sempre falo que algum pratinho vai cair todos os dias. No trabalho, na maternidade ou no tempo que a gente tem para si.

O que, na sua visão como líder e mulher, a gente traz de habilidade feminina como vantagem?

Não consigo falar de gestão sem falar de intuição. Há quem diga que esse não é um critério de gestão. Para mim, é. A minha vida toda foi guiada profissionalmente por intuição. Lá atrás, racionalmente, eu não teria fechado um negócio que estava sendo próspero para entrar no mercado que não tinha ninguém falando. Mas a gente tem uma voz lá dentro que nem sempre a gente ouve. Às vezes, você sabe que aquele é o caminho, mas não tem nenhuma métrica que te fale. 

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Como você vê a responsabilidade das empresas em lidar com o meio ambiente de uma forma mais sustentável?

Passamos da fase que isso é uma escolha. As novas gerações, inclusive, estão exigindo isso. Há empresas que fazem campanhas de Outubro Rosa, por exemplo, mas usam ativos desnecessários nos cosméticos.Quando a gente fala sobre beleza limpa e sustentabilidade, a gente fala com critério e com propósito. Se uma empresa coloca sustentabilidade numa caixinha de um departamento, aquilo está errado. A sustentabilidade tem que nascer no produto, no desenvolvimento de uma embalagem, no desenvolvimento de um time. A sustentabilidade precisa estar no DNA das empresas. 

Como você consegue abraçar todas as demandas que uma empresa tem sem se perder no meio do caminho com tantas coisas para fazer?

A gente se perde às vezes. Não tem uma dinâmica 100% correta. Erramos todos os dias. É impossível dar conta de tudo. Mas acho que, na Simple, conseguimos crescer e manter o espírito de startup. Todo mundo pode dar a sua opinião e as pessoas se sentem mais ouvidas.

Patricia Lima Simple Organic
A marca de cosméticos sustentáveis tem a proposta de unir beleza, saúde e consciência ambiental (Renato Nascimento/CLAUDIA)

Dentro do mercado de autocuidado há sempre uma tendência nova. Quais são as tendências que você considera mais fortes e quais são as tendências que você nem entra?

A gente passa muito longe das tendências. Talvez a principal delas são os produtos em stick, que é o que está se falando todo dia. A Simple nasceu com os sticks. Acho que tem uma vantagem competitiva na Beleza Limpa, que é: a nossa inovação vem de olhar o mercado tradicional e pensar o que as pessoas querem muito que não tem no mercado limpo? 

Falando de ousadia, você considera que é uma característica importante na liderança de uma empresa? Qual foi a decisão mais ousada que você já tomou? 

A pessoa que mais acerta é o líder e a pessoa que mais erra é o líder. Então, a capacidade de reconhecer o erro tem que ser muito grande. Temos que ter ousadia em todos os momentos, e aí volta o que comentei da intuição – nem sempre tenho certeza da decisão, mas vou seguir no que acredito.

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O que você considera importante na preparação de uma mulher para que elas possam chegar a uma alta liderança e conseguirem apoiadores para suas ideias?

A mentoria é algo muito importante. Hoje a troca que tenho é com as minhas amigas empresárias porque o desafio é o mesmo. Você tem que encontrar alguém para abrir o seu coração ali e falar de igual para igual. Mas as mulheres precisam de mentoria para saber melhor o caminho das pedras. Senão, na hora que chega um investidor, elas não sabem o que fazer.

E faltam informações básicas, do tipo quanto custa uma empresa, como fazer uma proposta e como lidar com diferentes situações.

 

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