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Mercado de beleza cresce em direção ao público multirracial

Cada vez mais marcas procuram atender diferentes grupos étnicos, seja com maior variedade de tons para pele ou produtos para diferentes tipos de cabelo.

Por WGSN
Atualizado em 21 jan 2020, 02h25 - Publicado em 9 nov 2016, 12h16
 (Queenthings/)
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O mercado de beleza multicultural está crescendo no mundo todo, na medida que marcas percebem que mulheres de diferentes etnias não estavam sendo atendidas da melhor maneira. Uma pesquisa recente da ONU revelou que 70% da população mundial são pessoas de descendência africana, hispânica, asiática, e outras variedades de grupos étnicos não-caucasianos, mas, mesmo assim, produtos e campanhas de beleza voltados para caucasianos dominam o mercado há décadas.

Além debeleza negrasses grupos étnicos estarem crescendo em demografia, seu poder de compra também está em ascensão. Tanto os mercados desenvolvidos quanto os em desenvolvimento possuem um potencial enorme de crescimento para marcas de beleza, se essas começarem a falar com tais grupos de consumo – e apesar de multinacionais de beleza criarem algumas iniciativas para atendê-los, ainda existe um longo caminho a frente, com modelos negras e asiáticas ainda sendo pouco escaladas para campanhas.

Nos EUA e no Brasil, os dois maiores mercados de beleza do mundo, a população negra representa 15% e 50% da população total dos países, respectivamente. Apesar de 15% parecer pouco, consumidoras negras americanas gastam cerca de U$ 7,5 bilhões por ano em produtos de beleza, com a categoria capilar representando a maior parcela desse número. Tais dados impactam diretamente o mercado de beleza global, na medida que produtos para cabelos negros tem expectativa de atingir a marca de U$ 876 milhões em 2019, número que já é refletido na venda de relaxantes para os cabelos.

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Por isso marcas internacionais e nacionais começam a aumentar sua gama de produtos de pele, além de apontarem influenciadoras de diferentes descendências como embaixadoras de marca, como Taís Araújo para a L’Oreal no Brasil, por exemplo, ou a MAC, com uma grande variedade de tons, se intitulando como uma marca para todos os tipos de pele – algo que permitiu com que a marca crescesse no Brasil, África do Sul e Índia.

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Além de celebridades, cada vez mais o poder de influenciadoras digitais se prova, também devido a uma maior representatividade do que costuma-se ver em mídias massificadas. Blogges como Cocoa Swatches que mostram como diferentes produtos ficam em diferentes tons de pele estão causando um impacto ao questionarem as ofertas que o mercado de beleza oferece. Como diz Ofunne Amaka, fundadora do Cocoa Swatches, “é extremamente frustrante ouvir sobre um novo produto mas não ter ideia se ele será disponível para uma pele mais escura (…)”.

Em um futuro próximo, marcas realmente entenderão que seus consumidores serão, cada vez mais, multirraciais. Por isso poderemos esperar mais marcas procurando atender diferentes grupos étnicos, seja com maior variedade de tons para pele ou produtos para diferentes tipos de cabelo.

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