Full Botox: o segredo para rejuvenescer sem “cara de procedimento”
Saiba tudo sobre o procedimento estético queridinho do momento, que não é invasivo e deixa resultados naturais
Muitas pessoas querem parecer mais jovens do que realmente são, mas ninguém quer que fique claro que, para isso, foram feitos alguns procedimentos estéticos. É por essas e outras que o Full Botox está ganhando tanta popularidade entre quem busca revitalizar a pele, mas sem perder o look natural.
A aplicação diferenciada da toxina botulínica foi pensada para um cuidado amplo (Full = completo) que, em vez de mirar somente pontos isolados, como testa ou região dos olhos, trabalha a musculatura do rosto e do pescoço de forma integrada, oferecendo assim um rejuvenescimento mais completo e, ainda assim, sutil.
O que isso quer dizer, afinal?
Significa que, com este procedimento, seu rosto não ficará “congelado”, ou seja, repuxado e sem movimentos. A ideia, na verdade, é justamente manter a espontaneidade das suas expressões, algo cada vez mais valorizado por quem busca bem-estar estético sem exageros. É o que explica o dermatologista Daniel Coimbra, da Onne Clinic (RJ).
“A conscientização sobre os riscos de aplicações excessivas, como congelar demais a testa ou alterar o sorriso, levou a uma técnica mais refinada, que respeita a identidade do paciente: o Full Botox. Esse avanço técnico e cultural explica por que o Botox ganhou uma imagem mais positiva nos últimos anos.”
Não à toa, estes ajustes impulsionam o crescimento da técnica, especialmente entre pacientes que querem prevenir os sinais do tempo com discrição. Abaixo, o dermatologista esclarece as principais dúvidas sobre o procedimento:
O que diferencia o Full Botox do uso tradicional da toxina botulínica?
Diferente do Botox comum, o Full Botox entende que todos os músculos da face estão interligados. Como? Relaxando mais os músculos depressores — que puxam o rosto e o pescoço para baixo e acentuam os sinais do envelhecimento — e menos os músculos elevadores, que sustentam e dão firmeza à expressão.
“Esse equilíbrio permite que o processo de envelhecimento seja mais lento e que os pacientes envelheçam melhor, com naturalidade, mantendo sua identidade, mas com uma aparência mais leve e rejuvenescida”, ressalta o especialista.
Em quanto tempo é possível notar os resultados e qual é a durabilidade média do procedimento?
Daniel explica que os primeiros sinais de melhora costumam aparecer em três a cinco dias, e o efeito pleno é visível em até duas semanas. Já a duração média varia de quatro a cinco meses, a depender de fatores individuais como idade, intensidade da musculatura, dose aplicada e até do estilo de vida.
“Com a manutenção regular, é possível prolongar os benefícios e prevenir que novas marcas se tornem permanentes, garantindo resultados mais consistentes ao longo dos anos”, diz.
Quais são os riscos ao fazer esse tipo de procedimento?
Quando realizado por um profissional habilitado, os riscos são mínimos. Mas, quando realizado por mãos não qualificadas, podem ocorrer erros técnicos que comprometem tanto a segurança quanto a estética.
“Entre eles estão assimetrias faciais, caso músculos não intencionais sejam afetados, fraqueza muscular no pescoço, que em casos mais graves pode gerar dificuldade de deglutição, e até mesmo perda de naturalidade das expressões quando doses excessivas são aplicadas. A escolha do médico responsável, portanto, é determinante para a eficácia e a segurança do tratamento”, explica Daniel.
O Full Botox pode ser combinado com outros procedimentos estéticos?
Uma das vantagens desta técnica é que ela pode ser associada a outros procedimentos. Daniel cita os bioestimuladores de colágeno como exemplo.
“Quando a pele está mais firme e com melhor qualidade estrutural, há menor necessidade de recrutamento muscular durante a mímica facial, o que tende a aumentar a durabilidade do Botox. Dessa forma, todos os tratamentos que estimulam a produção de colágeno podem atuar de maneira sinérgica, potencializando os resultados obtidos.”
Existe algum perfil de paciente para o qual a técnica não é indicada?
Não são todas as pessoas que podem realizar o Full Botox. “Pacientes que não apresentam contração muscular significativa em determinadas áreas, como no pescoço, por exemplo, podem não se beneficiar do procedimento. Nessas situações, a técnica não é recomendada e a avaliação individualizada é essencial para identificar os casos que realmente terão ganhos com a aplicação”, reforça Daniel.
Qual a média de valores do Full Botox?
Pela extensa e inovadora atuação, é de se imaginar que o custo desta técnica seja mais elevado do que o do Botox tradicional. “Ela abrange uma abordagem global da face e do pescoço, exige maior quantidade de toxina botulínica e envolve planejamento detalhado, o que naturalmente impacta no valor final. Em média, o Full Botox pode ser encontrado a partir de R$ 3.200“, sinaliza.
Dá para prolongar os resultados deste procedimento?
Por mais que existam inúmeros tutoriais na internet de “produtos que fazem o botox durar mais”, Daniel explica que, até o momento, não existe nenhuma medicação ou suplemento com comprovação científica de que aumente a duração do Botox.
“O que pode ser feito é adotar hábitos que favoreçam a saúde da pele e indiretamente ajudem a prolongar os efeitos, como uso diário de protetor solar, alimentação equilibrada rica em proteínas, evitar tabagismo e excesso de álcool, manter uma boa rotina de sono e controlar o estresse. Esses cuidados não substituem o tratamento, mas ajudam a preservar a qualidade da pele e, consequentemente, a durabilidade dos resultados”, finaliza.
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