Depilação: novidades high tech para você dar adeus aos pelos
Métodos que usam luz ou laser aumentam a eficácia da depilação e têm um ótimo custo benefício. O que você está esperando
Desde o lançamento, há 20 anos, dos métodos que prometem acabar definitivamente com os pelos do corpo e do rosto, eles provocam enorme expectativa. No início, eram sinônimo de dor, altíssimo investimento e resultados nem tão surpreendentes assim. Mas, acredite, a depilação evoluiu, e muito.
Com o passar dos anos, novas tecnologias tornaram, aos poucos, o tratamento mais eficaz – e menos traumático. O termo “depilação definitiva”, no entanto, foi sendo desmistificado. “Não o adotamos porque, seja qual for a tecnologia utilizada, a manutenção será sempre necessária”, explica a dermatologista Alessandra Drummond, do Rio de Janeiro.
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Os mesmos procedimentos passaram a ser chamados, então, de depilação progressiva – ou de longa duração. Atualmente, existem três métodos principais que são usados para esse tipo de remoção de pelos: fotodepilação (ou luz pulsada), laser e, o mais recente, a depilação robótica, que leva esse nome devido à aplicação automatizada.
Apesar dos avanços, que você verá a seguir, muitos fatores impeditivos e de segurança (como a exposição recente da pele ao sol) permanecem. “Qualquer um desses procedimentos é contraindicado em casos de gravidez, para pessoas com doenças autoimunes ou que estão se submetendo a outros tratamentos dermatológicos”, completa Drummond.
Quem faz uso de medicamentos fotossensíveis (como a isotretinoína e determinados ácidos) também deve ficar de fora. De resto, é só planejar a agenda (para não coincidir com períodos de sol) e seguir as recomendações médicas.
Poucos e bons
Há muitos aparelhos de nomes diferentes. Mas, na prática, existem basicamente três tipos de tecnologia capazes de aumentar o intervalo entre as depilações. O ideal é que sejam aplicados sob supervisão de um dermatologista.
Luz pulsada
Também conhecida como fotodepilação, essa tecnologia usa um feixe de luz com diversos comprimentos de onda de baixa frequência e se diferencia do laser principalmente pelo mecanismo e potência.
‘‘A luz intensa pulsada apresenta um amplo espectro de ação, o que a torna menos potente, já que a energia é distribuída ao longo da pele’’, explica Carolina Marçon, médica do Departamento de Dermatologia da Santa Casa, em São Paulo.
Como a destruição do folículo acontece gradual e vagorosamente, é necessário, em geral, um número maior de sessões. Justamente por agir de forma mais suave, a sensação de dor ou incômodo tende a ser praticamente nula – e é esta a maior vantagem desse tipo de aparelho.
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Alerta: como a luz pulsada age por meio do reconhecimento da melanina presente nos bulbos capilares, mas é incapaz de diferenciá-la dos pigmentos da pele, não é indicado para peles negras, morenas ou bronzeadas, sob o risco de deixar manchas brancas.
Número de sessões: Dez ou mais.
Investimento A sessão avulsa custa cerca de 110 reais.
Depilação com laser
É o mais tradicional método de depilação permanente. A energia liberada pela ponteira guia-se pelos pigmentos de melanina responsáveis pela coloração dos pelos para chegar ao folículo piloso (onde nascem os fios) e, então, destruí-los ou enfraquecê-los. ‘‘Por isso, quanto mais grossa e escura for a penugem, mais satisfatório é o resultado’’, esclarece Marçon.
Mesmo aqueles que não são eliminados durante o procedimento vão perdendo força e, aos poucos, começam a nascer mais claros e finos. Dependendo do tipo de ponteira, algumas pequenas áreas de pele podem ficar de fora – só serão atingidas na sessão seguinte. Existem diversos tipos de laser no mercado. Eles se diferem pelo material e comprimento de onda: diodo, rubi, ND Yag e Alexandrite.
Este último ganhou, recentemente, novos atributos: além de ser indicado e efetivo também em peles claras (o que antes era mais difícil), possui, agora, um spray criogênico que atinge a pele à temperatura de -18°C numa fração de segundos antes do disparo do laser, amenizando um possível ardor provocado pelo calor.
A contraindicação, nesse caso, é novamente o bronzeamento da pele. Para os pacientes que não abrem mão de um solzinho, recomenda-se um intervalo de no mínimo um mês antes das sessões.
Número de sessões Em média oito por região, com provável necessidade de manutenção.
Investimento O preço dos pacotes depende da região do corpo. O de pernas custa, em média, 1,9 mil reais.
Robótica
A novidade representa, hoje, a tecnologia mais avançada em depilação – e a que mais se aproxima do termo ‘‘definitivo’’. O folículo piloso continua sendo o principal alvo.
A diferença é que o aparelho, que utiliza o laser do tipo ND Yag, é automatizado: antes de disparar a energia (raios infravermelhos), a ponteira, que não entra em contato com a pele, escaneia a região e “lê” informações como a tonalidade do pelo, o que permite uma ação segura e seletiva – motivo pelo qual está liberado até mesmo para peles negras e bronzeadas. ‘‘Outra vantagem é a aplicação homogênea, em toda a área desejada, sem o risco de ocorrer mais de um disparo no mesmo local, o que poderia causar o aquecimento excessivo da pele’’, explica Carolina Marçon.
Sua alta potência, com um longo comprimento de onda, torna esse aparelho capaz de atingir e destruir o bulbo capilar por completo em um menor período de tempo. ‘‘São necessárias apenas quatro sessões com um mês de intervalo entre uma e outra’’, afirma o dermatologista Alberto Cordeiro, da clínica Horaios Estética, em São Paulo.
Durante o tratamento, são indicadas aos pacientes loções calmantes específicas para prevenir o ressecamento da pele, que pode acontecer por causa do aquecimento.
Número de sessões Quatro por região, em média.
Investimento Varia muito conforme a região do corpo. Enquanto a depilação do buço sai por 500 reais a sessão, a das pernas chega a custar 1,5 mil reais.
Faça você mesma
O mercado de home devices, ou dispositivos para usar em casa, também evoluiu. Há novas versões, mais potentes e seguras.
O preço costuma ser elevado – ultrapassa, em muitos casos, o dos pacotes profissionais. Mas a aquisição coleciona algumas vantagens: um mesmo aparelho pode ser dividido (com amigas, familiares, com o namorado ou marido) e você não precisa de hora marcada para as sessões (feitas, em média, a cada 15 dias).
Como são de uso doméstico e manuseados por leigos, têm potência e frequência de onda menores, por segurança – utilizam a tecnologia de luz pulsada, que não apresenta risco de queimadura. Como consequência, o resultado é mais lento e exige um número maior de sessões se comparado à versão feita na clínica. “Embora não destrua o folículo de maneira definitiva, o calor emitido pela luz faz com que o ciclo do pelo entre em repouso, aumentando cada vez mais o intervalo de crescimento”, diz Marçon.
Cada marca propõe uma determinada indicação de uso (a intensidade, que depende do tom da pele e do pelo, é a maior variante). Leia as instruções atentamente antes de começar um plano particular.
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Mito ou verdade?
1) Depilação a laser dói muito mais do que com cera
MITO Embora a resistência à dor seja bastante relativa, as novas tecnologias trazem mecanismos que amenizam o ardor.
2) Quem sofre com pelos encravados não deve fazer depilação progressiva
MITO Como todos os métodos fazem com que a atividade no folículo piloso diminua progressivamente, eles são indicados principalmente para quem sofre desse problema ou mesmo de foliculite (quadro de infecção grave na região).
3) A depilação progressiva aumenta o risco de manchas na pele
DEPENDE Se a região depilada for exposta ao sol – uma das principais contraindicações –, sim. Mas, se todas as recomendações médicas forem seguidas à risca, nenhum dos métodos vai causar manchas.
4) A melhor época para comprar pacotes de depilação é durante o outono
VERDADE Como a maioria dos procedimentos requer de oito a dez sessões mensais e exige um período longe do sol, começá-los no início do outono é a melhor pedida.