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Sexting: como dominar a arte de trocar mensagens picantes

Consentimento, perguntas picantes e até vibradores tecnológicos podem transformar o sexting numa experiência inesquecível

Por Kalel Adolfo
Atualizado em 10 dez 2022, 08h32 - Publicado em 10 dez 2022, 08h31
O sexting é ainda mais vantajoso quando estamos longe de quem sentimos atração.
O sexting é ainda mais vantajoso quando estamos longe de quem sentimos atração.  (grinvalds (Getty)/Reprodução)
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Quem nunca trocou mensagens picantes, fotos sensuais e vídeos eróticos com aquele crush? Por mais que você não saiba, essa prática se chama sexting — que é a junção da palavra “sex” (sexo) e “texting” (enviar mensagem) em inglês. “Esse termo nada mais é do que uma palavra bonita para falarmos sobre interações sexuais à distância. Aliás, a sua origem encontra-se na época em que só podíamos trocar os famosos torpedos com quem tínhamos atração. Hoje em dia temos mais possibilidades de interação que vão além do texto”, explica a educadora sexual Claris Leal.

E por mais que pareça uma prática banal, o sexting é surpreendentemente importante para o nosso desenvolvimento sexual: “Quando trocamos essas mensagens ‘safadinhas’, fazemos um exercício de criatividade. É interessante levar este fator em consideração, pois o tesão e a líbido não acontecem apenas fisicamente, mas também na cabeça, através da imaginação”, aponta.

De acordo com a especialista, quando colocamos a cabeça para criar cenários quentes (e os compartilhamos com os outros), sem precisar do contato físico, criamos possibilidades que ultrapassam o sexo convencional. “É uma estimulação mental. Tem gente que não gosta, e tá tudo bem. Mas brincar com os pensamentos e construir um raciocínio erótico são ótimas opções para quem deseja fazer a ‘manuntenção’ do prazer”, declara Leal.

Mas e aí… Como fazer o melhor sexting de todos? O que fazer quando temos vergonha de compartilhar as nossas fantasias à distância? Calma, que tudo tem jeito. A seguir, a educadora sexual dá dicas maravilhosas para dominar essa arte:

Vencendo a timidez

Para se soltar e mandar mensagens inesquecíveis, Claris recomenda que nós entendamos o que queremos da conversa: “Você deseja um sexting que te faça imaginar coisas num horário de trabalho ou está a fim que a conversa te auxilie num momento mais íntimo, como o da masturbação? Depois que definimos o que queremos, é hora de pensar no consentimento”, explica.

Consentimento é a chave para o sucesso

Assim que definir um objetivo, pergunte se a pessoa está a fim de engajar na prática. Até porque, não há nada pior do que receber um nude não solicitado (sem contar que isso não deixa de ser assédio).

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“Se a pessoa topar, comece falando coisas como ‘Ah, sonhei com você hoje’, ‘Tô pensando muito em ti’, ‘Estava no banho e pensei em você’. Compartilhe essas intimidades e questione se o próximo quer saber mais detalhes. Sempre vá fazendo perguntas, pois não tem como nos prepararmos, fazer todo um trabalho mental para conseguir criar coragem, mas só simplesmente vomitar esse desejo em cima do outro sem saber se ele está no clima” alerta.

Claris reforça que o caminho ideal é se preparar, saber se o sexting pode rolar e entender em conjunto se aquela é uma plataforma segura.

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Faça perguntas picantes

Ainda no campo das perguntas, Claris traz algumas recomendações de questionamentos para lá de excitantes: “Pergunte o que a pessoa gostaria de fazer contigo ou como ela gostaria de te tocar. Relembrar experiências presenciais que já rolaram antes também é bem legal. Algo como: ‘Adorei aquele dia que tu fez tal coisa’. Tudo isso ajuda a construir esse diálogo envolvente”, aconselha.

Atenção à segurança

Todo cuidado é pouco: por mais que as coisas sejam gostosas no calor do momento, é necessário estar atento às pessoas que se aproveitam dessas situações para fazer revenge porn: “Têm muitos que cometem esse crime, que é jogar fotos e prints nas redes. Portanto, busque canais de comunicação onde seja possível trocar essas mensagens de maneira mais segura”, alerta .

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Claris indica optar por chats que deem a opção de deletar as mensagens (ou que os conteúdos se ‘auto destruam’ automaticamente após um determinado tempo): “Nunca tire fotos mostrando o rosto ou outras partes reconhecíveis do corpo, como aquelas que têm tatuagens. Se quiser fazer isso, entenda que há um risco de vazamento”, pontua.

Estabeleça limites

Defina o que é válido ou não no sexting. Você deseja envolver apenas mensagens, ou áudios, fotos e vídeos estão permitidos? “Cada um terá o seu momento. Há horários em nossa rotina que são inapropriados para esse tipo de coisa. Já quando estamos em casa, a liberdade é maior”, clarifica.

Use emojis

Quando estamos tímidos para ser mais incisivos, use emojis: “Há vários com conotação sexual, como a berinjela ou o foguinho. Tudo isso nos excita de forma lúdica”, indica.

Invista em dates virtuais

Convidar a pessoa para um date virtual também é uma ótima opção de potencializar o sexting: “Além das mensagens, aposte na chamada de vídeo. Se arrume e abra um vinho como se fosse presencialmente. Muitos fizeram isso durante a pandemia, mas essa prática não precisa morrer só porque estamos de volta nas ruas”, afirma. Para a educadora sexual, esses momentos nos tornam mais abertos para trocar mensagens quentes.

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Aproveite a tecnologia

Por fim, Claris Leal revela que há inúmeros aparelhos com tecnologias feitas para quem gosta de sexting: “Há vários vibradores no mercado que podem ser controlados à longa distância. Basta que a outra pessoa baixe um app, e ela pode decidir tudo o que o vibrador fará com você, mesmo que esteja em outro país. Adicionar esses temperos na conversa é incrível, pois não é porque o outro está longe que ele não poderá te tocar”, conclui.

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