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Sexo de reconciliação é saudável? Sexóloga esclarece

Apesar de prazeroso, transar para escapar dos problemas pode indicar uma falta de capacidade em lidar com conflitos

Por Kalel Adolfo
10 nov 2023, 07h05

Todo mundo já ouviu falar que o sexo após uma briga (o famoso sexo de reconciliação) tende a ser extremamente prazeroso. O calor da situação, misturado à raiva e necessidade de corrigir os problemas, acabam dando uma atmosfera no mínimo intensa para a transa. Aliás, tem gente que, ao invés de discutir o relacionamento, prefere resolver os problemas na cama. Mas será que isso é saudável? A seguir, a sexóloga Julia Lima responde essa e outras dúvidas:

Por que o sexo de reconciliação acontece?

De acordo com Júlia, após uma briga intensa, o casal experimenta uma sensação de afastamento. Com isso, é comum que as pessoas recorram a atitudes que possam provocar uma aproximação.

“Como a reaproximação emocional é muito mais complicada de ser resgatada imediatamente, o lado físico da dinâmica (o sexo) acaba sendo bastante atrativo, já que é uma maneira muito mais tangível de se sentir conectada, literalmente, ao parceiro”, explica.

A química e o tesão, em níveis grandiosos, são uma resposta da psiquê humana à ameaça que a briga proporcionou à estabilidade do casal. “É como se precisássemos compensar aquele estresse com o prazer sexual”, acrescenta.

Sexo de reconciliação é saudável?

Segundo a sexóloga, tudo depende do ponto de vista: “Se o casal conseguir resolver os problemas e, apenas depois, transar para aliviar a tensão, pode ser bastante positivo”, afirma.

Para ela, a relação sexual após a resolução de conflitos pode ser benéfica até mesmo para alimentar o nosso sistema de recompensa, que associa (de maneira inconsciente) a solução de problemas com o prazer. Nada melhor, certo?

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Todavia, caso a dupla use o sexo como válvula de escape para driblar os conflitos, o cenário se torna estritamente negativo. “Isso é prejudicial em muitos níveis. Em primeiro lugar, você está tirando a transa daquele lugar de prazer, e a colocando em um lugar de escapismo, fuga, o que torna a dinâmica rasa e desprendida de qualquer desejo genuíno”, alerta.

Ela continua: “Além disso, usar o sexo de reconciliação como ferramenta para escapar de uma D.R empobrece o diálogo no relacionamento, o que, a longo prazo, gera o afastamento definitivo do casal.”

Para Júlia, por mais clichê que soe, o diálogo ainda é um dos principais pilares de uma relação saudável.

“Sem ele, entendemos cada vez menos as questões e demandas do outro, o que nos faz entrar em uma espiral egóica e imatura em que, acima de tudo, buscamos apenas aliviar qualquer desconforto.”

Ela dispara: “Precisamos ser capazes de encarar os problemas de frente. Não podemos nortear uma relação pelo medo de perdê-la. Está tudo bem em transar após uma briga, inclusive, isso pode ser muito gostoso. Mas se certifique de que não está envenenando o que lhe faz realmente sentir tesão ao lado de quem ama”, aconselha.

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Reprimir desconforto pode aumentar as brigas

Júlia Lima reitera que, usar o sexo de reconciliação como escapismo não só afasta o casal, como também aumenta o número de brigas futuras.

“As questões tendem a virar uma bola de neve. Quanto antes resolvê-las, mais fácil será lidar com elas, evitando mágoas e ressentimentos.”

Por fim, a sexóloga dá um recado importante: jamais transe por se sentir culpada após uma discussão, como uma maneira de recompensar o parceiro.

“Isso é um traço clássico de uma relação tóxica ou até mesmo abusiva. Se a pessoa com quem você está faz uso de chantagem emocional após uma briga para te submeter a fetiches e fantasias, busque uma rede de apoio imediatamente.”

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