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Com prazer é mais gostoso: 8 mitos e verdades sobre o orgasmo

Qual é a relação do orgasmo com o estresse? O sono interfere no prazer? E a menstruação? Especialistas esclarecem tudo!

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 19 abr 2024, 09h04 - Publicado em 31 jul 2019, 16h41
Orgasmo
Conversar sobre o orgasmo ainda é difícil para casais brasileiros.  (Arman Zhenikeyev/Getty Images)
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Transar é uma delícia, e ter belos orgasmos é melhor ainda. Mas, infelizmente, nem toda mulher consegue atingir o ponto alto do prazer quando faz sexo. No Brasil, uma pesquisa realizada pelo Prosex (Projeto de Sexualidade da USP, na Faculdade de Medicina da universidade) em 2016 concluiu que metade das mulheres do país simplesmente não chega ao orgasmo.

A situação não é muito melhor no Hemisfério Norte. Nos EUA, um estudo feito em 2018 por pesquisadores das universidades de Chapman, Claremont e Indiana (EUA) concluiu que o público feminino tem orgasmos com uma frequência que poderia ser melhor: as heterossexuais em 65% das vezes que transam, as bissexuais em 66% e as lésbicas, em 86%.

Conhecer melhor o corpo pode ajudar muito a colocar esses números lá para cima. Que tal saber mais sobre a masturbação feminina e também colocar em prática hoje mesmo truques para ter ainda mais prazer na masturbação?

E, claro, saber mais sobre o orgasmo em si também é importantíssimo – conhecimento é poder, girl! Ao mesmo tempo em que é influenciado pelo estilo de vida, pela saúde mental e pelas condições de saúde, o prazer sexual reverbera no bem-estar e na saúde como um todo.

Conversamos com um time de especialistas para desvendar mitos e verdades sobre o orgasmo. Vem saber tudo!

O orgasmo tem efeito de massagem para os músculos

VERDADE. A liberação de hormônios como endorfina e ocitocina promove um relaxamento muscular equivalente ao alcançado em uma massagem muitíssimo bem feita – mas as sensações são ainda melhores, é claro. Por isso é tão comum ficar “mole” e até sonolenta depois de um orgasmo; é relax total!

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Ter orgasmos auxilia no controle do estresse

VERDADE. Já notou como é difícil você se abalar com coisinhas menores depois de ter orgasmos? Isso ocorre porque, além dos hormônios relaxantes, o orgasmo ativa neurotransmissores que controlam a produção de cortisol, o “hormônio do estresse”, evitando que você se enerve tanto na sequência.

A “raiva” do estresse faz a mulher atingir o orgasmo com mais facilidade

MITO. Claro que algumas mulheres podem ser movidas sexualmente pela raiva, mas são exceções. Se você estiver estressada a ponto de não conseguir parar de pensar na origem da sua raiva quando começar o sexo, as chances de chegar ao orgasmo são pequenas. O orgasmo depende de fatores emocionais e físicos para acontecer, e estar com a cabeça “presa” no lado de fora da transa é altamente prejudicial.

É mais fácil chegar ao orgasmo durante a menstruação

VERDADE. A menstruação aumenta a irrigação de sangue na região pélvica e torna mais fácil a lubrificação. Assim, a mulher fica com a sensibilidade aguçada mais rapidamente e tem mais chances de chegar ao orgasmo.

A saúde cardiovascular sofre interferência dos orgasmos

VERDADE. E isso é muito bom. Segundo um estudo feito pelo Instituto Nacional da Saúde dos EUA, cerca de 50% das mulheres têm características do organismo que fazem com que a saúde do coração seja protegida pelo estrogênio, hormônio que comanda o desejo sexual e cujos níveis sobem consideravelmente durante o orgasmo.

Quem dorme mal tem os orgasmos prejudicados

VERDADE. Poucas horas de sono e/ou distúrbios do sono (como apneia) causam diminuição na liberação de estrogênio e baixa na libido. Menos libido, menos sexo, menos orgasmos. A necessidade de se forçar a ter foco, resultante da falta de descanso, também faz com que a produção de cortisol fique alta, levando ao estresse – que, como já vimos, prejudica a qualidade do sexo e as chances de ter orgasmos.

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Quer mais um motivo para dormir bem? Aí vai: a falta de sono faz com que haja queda na circulação e na frequência cardíaca; a vascularização sanguínea é direcionada à sobrevivência (coração, cérebro e rins) e não sobra sangue para uma lubrificação minimamente satisfatória para chegar ao clímax sexual.

A carga de energia dispensada no orgasmo deixa o corpo mais suscetível a doenças

MITO. Há quem acredite que aquela “moleza” pós-orgasmo deixe o corpo vulnerável e aberto a doenças, mas isso é uma lenda sem fundamento. Aliás, é exatamente o contrário: um estudo feito pela Universidade de Wilkes (EUA) mostrou que as relações sexuais e os orgasmos aumentam a produção do anticorpo IgA, responsável pelo fortalecimento da imunidade e pela consequente prevenção de gripes e resfriados.

Alterações hormonais e diabetes podem prejudicar os orgasmos

VERDADE. Estas condições podem reduzir a sensibilidade da mulher e a comunicação entre os estímulos da zona erógena e as partes do cérebro que os processam. Esteja com o acompanhamento com o endocrinologista sempre em dia para garantir seus orgasmos.

Fontes consultadas: Erica Mantelli (ginecologista e obstetra especialista em saúde sexual), Fernando Morgadinho (especialista em medicina do sono), Silvia Lagrotta (especialista em medicina do estilo de vida), Sônia Eustáquia da Fonseca (psicóloga clínica, psicanalista e sexóloga) e Virginia Gaia (sexóloga holística).

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