11 sinais de que o ciúme está enfraquecendo seu relacionamento
É um sofrimento de mão dupla que não é amor, miga.
Há quem diga que o ciúme é saudável. Que sem ele não é amor de verdade e quem ama, sente. O fato é que esse sentimento é prejudicial para todos os relacionamentos, pois facilmente perde a medida do que é certo ou errado. Além de confundir ciúme com zelo, claro.
Amar é cuidar, zelar, tratar bem, preservar
“Criamos vínculos com as pessoas que não são objetivos, mas subjetivos. Diante da possibilidade futura de ruir algo nessa relação – que é o medo do rompimento desse vínculo -, o melhor a se fazer é se predispor a fazer mudanças que evitem esse rumo, conversando com o outro e tentando mudar essa possibilidade. Em vez de projetar esse ciúme no outro, é perguntar para si mesma o porquê desse sentimento, questionar o motivo de estar se sentindo insegura e com medo: isso é a forma criativa de lidar com esse sentimento e se desenvolver como ser humano”, afirma Cátia Rodrigues, psicóloga e doutora em Psicologia Social pela PUC-SP.
1. Tudo vira uma briga.
Ninguém nem sabe direito o porquê, mas vocês estão brigando. Em casa, no cinema, no restaurante, por WhatsApp… Precisamos entender que as discussões (famosas DR’s) são muito benéficas para a relação, pois elas ajudam a esclarecer dúvidas, inseguranças e determinar as expectativas de cada um(a). “Amor é relação, não é dívida e não é relação de propriedade, pois ninguém é fantoche do outro. O maior problema é quando não se preza a boa convivência e aí o ciúme começa a atrapalhar os dois/as duas”, explica a psicóloga Cátia Rodrigues.
2. É preciso pensar 20 vezes antes de falar qualquer coisa.
Como tudo pode virar briga, o medo é de falar algo que desperte esse gatilho e leve à uma crise de ciúmes. “Ciúmes não é prova de amor, é um sinal de insegurança pessoal, de uma baixa autoestima. Em um primeiro nível todo mundo tem um pouco de ciúmes, pois representa a segurança da pessoa”, mas a evolução desse mal não traz nenhum benefício para vocês. E que graça tem não poder ficar à vontade com alguém que você ama?
3. Stalkear vira um hábito (péssimo).
“A tecnologia favorece muito a comunicação e o compartilhamento de dados, mas também o isolamento da pessoa. Se ela se sente ‘jogadas de lado’ pelo par, isso fere o ego. E aí as redes sociais se tornam um prato cheio para o ciúme patológico – que tem necessidade de controlar tudo -, pois elas dão margem para fazer uma investigação completa da vida alheia”. Como já diz aquela velha máxima quem procura acha, não é mesmo? Tudo se fecha em um ciclo vicioso: a desconfiança leva às brigas, que levam à desconfiança.
4. As suas inseguranças aumentam e você sofre. Muito.
Pode parecer que só quem é o alvo dos ciúmes que sofre, mas a pessoa que tem esse sentimento dentro dela também sente a dor. Quanto mais ciúmes mais inseguranças, além de levar ao questionamento de se vale a pena estar naquele relacionamento. E quando ele passa dos limites é preciso procurar ajuda: o ciúme patológico é uma doença que tem tratamento. “Geralmente o ciumento(a) não percebe o quanto está errado, mas o sofrimento é o maior e melhor termômetro para perceber o desequilíbrio”, afirma Cátia.
5. A paranoia aumenta progressivamente.
Dos dois lados é uma luta constante para acertar o passo: nem “dar motivos” para mais brigas e nem “encontrar” esses motivos. “O que propulsiona o desejo do ciúmes dentro de alguém é o medo de perder essa pessoa, de sentir a carência dessa relação”, elucida a psicóloga. E o medo é o nosso pior inimigo.
6. De repente o(a) ex virou um enorme problema.
Nem as primas do seu amor passam ilesas no seu radar (ou as dela no seu). E nem pensar em falar sobre o quanto Chaning Tatum e Jenna Dewan-Tatum são um casal maravilhoso! Vamos falar o que é verdade: quem vive de passado é museu. “O que existe é o trauma, quando você se apega a algo que já aconteceu e tem medo de que isso se repita. O passado é um elo com o presente, mas não se pode viver ali, pois não será possível construir um futuro.” E você quer construir um futuro, não é?
7. Você se sente mal quando não estão juntos.
De um lado a preocupação em não “dar motivos” para a desconfiança alheia; por outro a sensação de que está fazendo algo errado por não estar junto do seu/sua companheiro(a). O bom é estar com alguém porque a companhia é boa, faz bem e vocês curtem fazer programas juntos. Outra coisa é se obrigar a não sair com mais ninguém (ou pior, obrigar outra pessoa) porque vai que ela te trai, né?
8. Vocês criam uma dependência desnecessária do(a) outro(a).
“É preciso compreender que as pessoas não nos pertencem, que nós temos relacionamentos com elas.” A verdadeira felicidade é duplicada quando há alguém que nos faz mais felizes no dia a dia, mas continuamos sendo felizes sem elas também. Esse medo irracional de perder o(a) outro(a) te faz acreditar que você não pode viver sem ela e nada será igual. Para amar alguém é preciso se amar primeiro.
9. Você se sente sufocada(o).
De tanto estresse quem tem as crises pode sofrer fisicamente ficando com falta de ar, por exemplo. Já que é o objeto do ciúme sofre por não ter liberdade e espaço para existir sem sentir que está sendo controlado, vigiado e perseguido.
10. Você deixa de ser espontânea(o).
Porque você nunca sabe o que vai chatear o outro ou você está sempre desconfiada do seu par. “Quando nos relacionamos de forma apaixonada, projetamos o que desejamos que o outro seja. É como pegar o rótulo de um refrigerante à base de guaraná e colocar em um à base de limão e esperar que o gosto corresponda ao rótulo”, explica Cátia. É difícil estar com alguém que gosta mais da ideia de quem você poderia ser do que quem você é de fato – pois essa é uma “ameaça” iminente ao relacionamento.
11. Você tem medo de dizer que se sente incomodada(o) com alguém em um relacionamento aberto
“A pessoa pode não ter ciúmes de que o seu par tenha outros três pares, mas pode ter ciúmes de uma amizade que a exclua, por exemplo. Uma coisa é o que nós pensamos, outra coisa é o que nós sentimos. O sentimento é algo mais profundo que, quando vem, toma conta da razão”, afirma a psicóloga. Não é porque vocês concordaram com ter outras relações que os ciúmes não possam ocorrer! É um sentimento natural e inerente, mas que pode muito bem ser controlado e entendido, sendo convertido em uma forma de desenvolvimento pessoal.