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Natal cristão: o que a bíblia realmente diz sobre a comemoração natalina?

Pastor e padre respondem qual o verdadeiro sentido do Natal, segundo a Bíblia

Por Gabriela Nassif
24 dez 2025, 08h00 • Atualizado em 24 dez 2025, 13h14
Ilustração sobre o nascimento de jesus na manjedoura com os três magos se aproximando
Tradicionalmente, o Natal une família, amizade e amor, transcendendo o consumo material. (Reprodução/Freepik)
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  • A poucos dias do Natal, as cidades estão iluminadas, os presentes estão comprados e as casas estão ornamentadas, prontas para receber os convidados da celebração. Nem todos se reúnem com a mesma crença, mas todos pelo mesmo motivo: o dia escolhido para celebrar o nascimento de Jesus — feriado por questão religiosa no Brasil.

    Mas, afinal, além das árvores e do Papai Noel, o que a Bíblia diz sobre comemorar a data? Para entender a origem deste dia celebrado em todo o mundo e o que condiz (ou não) com o cristianismo, conversamos com os especialistas:

    Adriano Roberto da Silva, pároco da Paróquia Santo Antônio, em Santo Antônio do Jardim (SP), graduado em Teologia, mestre em Filosofia da Linguagem, psicoterapeuta neoreichiano e analista bioenergético; e com Cícero Brasil Ferraz, ministro da Igreja Presbiteriana do Brasil, conferencista internacional, jornalista, psicanalista, e pós-graduado em Teologia.

    Muitos anos atrás…

    Mão segurando bonequinho de anjo em frente à árvore de Natal
    O Natal comemora o nascimento de Jesus, embora sua data seja uma convenção histórica. (Reprodução/Freepik)

    No começo do cristianismo, o foco principal era a Páscoa, que recorda a morte e a ressurreição de Jesus. Adriano explica que, com o tempo, os cristãos também passaram a valorizar o nascimento dele. Esta data, porém, não é esclarecida na Bíblia; o dia 25 de dezembro é, na verdade, uma convenção.

    Inicialmente, os dias 17 a 25 de dezembro eram conhecidos na Roma Antiga pela celebração da Saturnália, um festival pagão que comemorava o solstício de inverno, em homenagem ao deus Saturno. “A data era conhecida por um tempo de alegria, troca de presentes e descanso do trabalho”, explica Cícero.

    “Com a cristianização de Roma (século IV a.D.), essas festas foram projetadas e transferidas em homenagem ao nascimento do Deus cristão — o famoso Natal dos tempos modernos. O “deus sol” foi substituído pelo Deus menino, posteriormente denominado Sol da Justiça”, acrescenta o pastor.

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    Portanto, o Natal não celebra uma festa pagã, assim como esclarece o padre: “A Igreja não adotou a celebração, mas deu um novo sentido a um dia que já era importante culturalmente. Em vez de celebrar o sol, passou-se a celebrar Cristo como a verdadeira luz”.

    O Natal que conhecemos hoje

    Com o passar do tempo, a celebração cristã foi ganhando sua identidade própria. Na Idade Média, essa festa já era comemorada em toda a Europa Ocidental. “Em cada um desses países houve acréscimos como ornamentos, árvores enfeitadas e outros elementos nativos”, explica o pastor. E acrescenta: “Mas foi apenas no século XIX em que surgiu o famoso Papai Noel, o “bom velhinho”, originário dos países nórdicos”.

    “Aos poucos, surgiram tradições como o Advento, tempo de preparação, as missas da Vigília (na véspera) e do dia de Natal, os presépios e os cantos natalinos”, diz Adriano. E afirma: “A Bíblia conta a história; a tradição foi dando forma à maneira de celebrar essa narrativa ao longo dos séculos”. 

    Qual o significado do Natal?

    Mulher lendo bíblia em frente à árvore de Natal
    Os símbolos natalinos não são problemáticos, mas o foco deve ser o nascimento de Cristo. (Reprodução/Freepik)

    Por trás dos elementos, da decoração, dos presentes e das tradições, há um único motivo: a vinda para a Terra de um Deus que se fez homem para salvar a humanidade dos seus pecados. Nos evangelhos de Mateus e Lucas, os autores relatam o nascimento de Jesus de maneira simples — em uma manjedoura — já que não havia lugar para ele nas hospedarias de Belém, como aponta Adriano para os versículos 2 e 7 do livro de Lucas.

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    “Os primeiros a saber da notícia foram os pastores, gente simples (Lc 2,8–12), e depois vieram os magos, de fora do povo judeu (Mt 2,1–11)”, diz o padre. Para ele, isso mostra um Deus que nasce humilde, próximo das pessoas comuns e aberto a todas as pessoas.

    O pastor reforça que a celebração é uma verdade histórica e não uma lenda ou uma narrativa imaginária, é algo que transcende a vida daqueles que creem. “Cada indivíduo tem o seu Natal particular com imagens que imprimem em nossos corações o que há de mais sublime. É um tempo especial em que o eterno invade a história e o Divino torna-se humano”, diz.

    “À luz da Bíblia, celebrar o Natal é a oportunidade de união e celebração de amizade, da família, da comunhão, do perdão e do amor intenso uns pelos outros”, explica Cícero, como o amor de Deus ao enviar seu filho à Terra.

      O que a Bíblia NÃO diz sobre o Natal

          De acordo com Adriano, os símbolos natalinos que conhecemos — como a árvore, os presentes e até o Papai Noel — não são um problema, desde que não escondam o motivo principal da celebração cristã, o nascimento de Jesus para a salvação dos homens.

          “O problema é quando esse foco é desviado pelo consumismo exagerado, pelo sentimentalismo que não leva à solidariedade, pelas propagandas que apresentam o Natal apenas como fantasia ou historinha infantil, ou quando tudo vira comércio e se perde o sentido espiritual da festa”, finaliza.

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