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“Você me vê como eu sou” diz Luc, filho transgênero de Marcelo Tas, em homenagem ao pai no Encontro

"A transição é algo que passamos em vários momentos da vida. Por exemplo, a adolescência é uma transição, uma fase de angustia, dificuldade...” respondeu Tas ao defender o direito das pessoas à transição de gênero.

Por Redação CLAUDIA
20 out 2016, 13h27
Reprodução/ Foto: Nicholas Athayde-Rizzaro/ Revista Crescer
Reprodução/ Foto: Nicholas Athayde-Rizzaro/ Revista Crescer (/)
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O apresentador Marcelo Tas, 56 anos, esteve em uma roda de conversa sobre transexualidade, no programa Encontro, desta quinta-feira, 20/10, comandado por Fátima Bernardes. O apresentador é pai de Luc, 27 anos, fruto do primeiro casamento com a figurinista Claudia Kopke, 57 anos.  O rapaz fez uma linda homenagem ao pai, agradecendo por todo o apoio que ele lhe dá em suas decisões. 

Luc foi registrado como Luiza, por ter sido designado do gênero feminino no nascimento, e se assumiu bissexual aos 15 anos. Aos 22, assumiu-se trans e mudou de nome para ser chamado de acordo com o gênero que se identifica, o masculino. Atualmente, Luc mora nos Estados Unidos com o marido Nicholas, também transexual. Em um vídeo surpresa para o pai, o jovem agradeceu o respeito e o amor incondicional dos pais.

“Gostaria de reiterar meu amor, minha gratidão, meu carinho, meu afeto. Por você e pela mamãe, pela maneira como vocês me acolheram de verdade quando eu comecei minha transição. Pela maneira como vocês nunca me deixaram duvidar do amor incondicional de vocês, nunca me deixaram duvidar que vocês estavam do meu lado, que vocês iam me apoiar. Que vocês seguiriam sendo meus pais, me acolhendo na família sempre, não importa o que acontecesse. Que vocês me respeitavam, que vocês estão do lado do Luc e que vocês me veem como eu sou”. disse. 

Reprodução/Encontro
Reprodução/Encontro ()

Tas ficou emocionado e fez questão de dizer que as transições são difíceis, mas realizadas porque são necessárias. “Ser quem a gente é a questão da vida de todos nós. Nós buscamos descobrir quem nós somos. É uma viagem que não tem fim. Também queria reforçar que é difícil para o pai, temos que reconhecer. É difícil enfrentar e olhar para essa novidade. Para mim foi uma novidade, mas percebi que isso é algo muito comum, é um fenômeno, cada vez mais está presente na vida de todos nós. Gosto de olhar para isso com isso que é mais corriqueiro: a transição é algo que passamos em vários momentos da vida. Por exemplo, a adolescência é uma transição, uma fase de angustia, dificuldade”.

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