Urubici, em Santa Catarina: o destino perfeito para a viagem de inverno
Urubici, em Santa Catarina, é considerado o destino ideal para uma viagem de inverno. Conheça as principais atrações, que vão de montanhas a cachoeiras e programe-se!
O Cânion do Espraiado é um dos principais atrativos de Urubici e pertence à reserva do Parque Nacional de São Joaquim
Foto: Reprodução Revista MÁXIMA
Prepare-se para um inverno gelado, entre montanhas e cachoeiras. Em termos de frio, no Brasil, Urubici, em Santa Catarina, é a primeira cidade da lista. Nela foi registrada a temperatura mais baixa do país, em junho de 1996: inacreditáveis -17,8ºC. A marca deu fama ao destino, que recebe muita gente entre junho e agosto – época em que até neve pode cair. Quando cai, é uma festa, tanto na cidadezinha como em suas principais atrações.
Uma delas é o topo do Morro da Igreja, lugar onde o recorde foi registrado. Lá de cima, a 1822 metros de altitude, a vista para a serra e a pedra furada, cartão-postal local, impressionam tanto como o clima que quase congela. A área pertence ao Parque Nacional de São Joaquim, unidade de conservação que também ajuda a preservar outra estrela local, a Cascata Véu de Noiva (a água desliza por uma enorme pedra arredondada até chegar ao poço natural).
Outro passeio imperdível é a Serra do Corvo Branco, um trecho de cinco quilômetros da estrada SC-439, que liga Urubici a Braço do Norte. Só 600 metros são asfaltados, bem no local onde estão o maior corte feito em rocha no Brasil (90 m de altura e 100 m de comprimento) e as melhores paradas para fotos, que podem contemplar até o litoral sul do estado. Outra estrada, a que leva a São Joaquim, leva também a mais uma cachoeira, a gigante Avencal, com 100 metros de queda. Não há poço para banho (o que não chega a ser um problema numa região tão fria), mas mirantes que permitem ver a atração de vários ângulos. Para explorar a cidade com mais aventura, vale apostar nos trekkings oferecidos por duas agências da cidade. As caminhadas duram a partir de quatro horas e podem passar por grutas, nascentes e bordas de cânions. Uma paisagem mais surpreendente que a outra.
Onde Ficar
Fazenda Cambuim
No amplo terreno da pousada, três belas cachoeiras conquistam a atenção de quem se hospeda aqui. E o melhor: da varanda de algumas acomodações, você tem vista para as quedas-dágua e para o cânion Cambuim.
Contatos: (0**49) 9129-4536 e (0**49) 9118-5884, www.cambuim.com.
Pousada Kiriri-etê
O terreno, no alto de um morro, está encravado na Serra do Panelão. E para tirar o máximo de proveito desse visual, vale se hospedar nas unidades com janelões de vidro a vista panorâmica para os vales e montanhas vale a viagem.
Contatos: (0**49) 3278-5481, www.kiririete.com.
Pousada Alto da Colina
Instalada a 400 m de altura, garante bela vista panorâmica para a cidade. O casal de proprietários (ela brasileira, ele alemão) cuida de cada detalhe pessoalmente inclusive da decoração, composta por peças que ele, capitão de navio, traz de suas viagens pelo mundo. Os quartos não são muito espaçosos, mas contam com TV de LCD, DVD e cama-box.
Contatos: (0**49) 3278-4669, www.pousadaaltodacolina.com.
Onde comer
A Taberna (variada)
Av. Pref. Natal Zilli, 3330, saída p/ Lages (Esquina), 3 km. Contatos: (0**49) 3278-5121, urubici.net. 2ª/6ª 18h/22h, sáb. 12h/15h e 18h/22h, dom. 12h/15h.
Tem atmosfera de bistrô e cardápio eclético. O carro-chefe é a truta à portuguesa, que leva o peixe polvilhado com farinha de rosca, acompanhado de batata, cebola, pimentão, ovo cozido, azeitona preta e tomate. Serve duas pessoas. Durante o inverno prepara várias receitas com pinhão.
Átrio (variada)
Av. Rodolfo Andermann, 886 (Esquina). Contatos: (0**49) 3278-5140, atriorestaurante.com.br. Cd: M, R, V. 5ª/6ª 19h/23h, sáb 12h/23h, dom. 12h/15h. jul. e jan.: 3ª/6ª 19h/23h, sáb. 12h/23h, dom. 12h/15h.
Instalado em um bonito casarão, com pé-direito alto, ambiente com luz baixa e um espaço para crianças. A truta, estrela da gastronomia local, pode chegar à mesa em uma receita com pasta de pinhão, legumes e arroz.
Canto do Sabiá (comidinhas)
Av. Adolfo Konder, 763 (Centro). Contatos: (0**49) 3278-4181, cantodosabia.com.br. 2ª/6ª 18h/22h, sáb/dom 15h/22h. jan, mai/ago e dez: 2ª/dom 15h/22h.
Toda a decoração está à venda, bem como as portas, mesas e cadeiras . No menu, wraps, saladas, sanduíches, tábuas de frios e pizzas brotinho. Para acompanhar, 26 bebidas à base de café. Entre maio e agosto monta bufê de sopas nas noites de sábado.
As paisagens de Urubici são encantadoras
Foto: Divulgação
O que fazer
Cachoeira do Avencal
É fácil chegar de carro às duas entradas. A primeira leva à parte alta da cachoeira, onde há dois mirantes – um ao lado e outro de frente para a queda, ambos ótimos para fotos – e área para rapel (só com equipamento próprio) e tirolesa (175 m, R$ 20). Na segunda, vê-se toda a cascata por baixo. Não há poço para banho. Acesso para a parte alta: km 34 da SC-430 p/ São Joaquim, 7,5 km (1,5 km de terra); parte baixa: km 29,5 da SC-430 p/ São Joaquim, 6 km (4 km de terra), mais 20 minutos de caminhada. Contatos: (0**49) 9102-8729. R$ 3*.
Cascata Véu de Noiva
A água desliza por uma enorme pedra arredondada – no inverno, a queda chega a congelar. Você pode curtir a cascata na parte de baixo, mergulhando no poço natural, e na parte de cima, deslizando na tirolesa de 230 m (R$ 15*). R$ 2*. Contatos: (0**49) 3278-5325.
Morro da Igreja (1 822 m)
No topo do morro, cume da Serra Geral, está o Centro de Controle de Tráfego Aéreo, onde foi registrada a menor temperatura no Brasil até hoje (-17,8 °C). Mesmo sem frio, o passeio compensa: do lugar há bela vista das serras e da Pedra Furada, cartão-postal local. Se houver neblina, nem termine a subida – a visibilidade fica prejudicada e a Aeronáutica fecha o acesso ao topo. Outro bom mirante fica no Chalé do Clé, empório de produtos naturais no km 2 da via.
Estr. do Morro da Igreja (acesso pelo km 13 da SC-439 p/ Braço do Norte), 31 km (13 km de terra).
Serra do Corvo Branco (1 749 m)
Trecho de 5 km da SC-439 que liga Urubici a Braço do Norte. Só 600 m são asfaltados, mas num dos principais trechos: o topo, onde há o maior corte feito em rocha no Brasil (90 m de altura e 100 m de comprimento) e as melhores paradas para fotos. Quando começa a íngreme descida, a estrada de terra fica esburacada. Acelerar pouco nas curvas fechadas é a melhor dica para avistar os contrafortes da serra e o litoral sul do estado. SC-439 p/ Braço do Norte, 30 km (27 km de terra).
Morro do Campestre (1 200 m)
Mirante natural com vista para todo o vale do rio Canoas, o morro é conhecido também pelas formações areníticas. O acesso é feito pela Fazenda Morro da Cruz, propriedade particular aberta a visitação. SC-439 p/ Rio Rufino, km 7, 11 km (8 km de terra, com 1 km íngreme e precário, mais 10 minutos a pé). R$ 2*.
Fazenda Chapada do Lajeado
Lugar para passar o dia e experimentar o clima de fazenda. O preço (R$ 100) inclui ordenha, camargo (leite com café forte), churrasco típico, chá da tarde e passeios a cavalo (quem chega só para fazer as cavalgadas paga R$ 30* por hora para percorrer trechos de mata e o pomar de maçãs). SC-430 p/ São Joaquim, km 51, 22 km (Vacas Gordas). Contatos: (0**49) 9135-3966.
Trekkings
Duas agências organizam roteiros de 4h a quatro dias, que exploram a paisagem da serra – grutas, nascentes e bordas de cânions (R$ 50* a R$ 600*). Corvo Branco Expedições. Contatos: (0**49) 3278-2096 r. 24 (refugio@riocanoas.com.br); Graxaim. Contatos: (0**49) 3278-5617.
*Preços sugeridos em junho/2011