Um ano depois: o que aconteceu com as meninas da campanha “Bring Back Our Girls”?
Das nigerianas feitas reféns pelo Boko Haram no ano passado, 219 garotas continuam desaparecidas. E surge um novo movimento #RememberOurGirls, porque elas ainda precisam ser salvas.
Há cerca de um ano o mundo assistiu chocado ao sequestro de 276 garotas nigerianas enquanto estavam na escola pelo grupo terrorista islâmico Boko Haram. Como forma de pressão – e para chamar atenção mundial – iniciou-se a campanha online #BringBackOurGirls, na qual várias celebridades participaram.
A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, foi uma delas.
Malala Yousafzai, Nobel da Paz e símbolo do ativismo de direitos humanos e da mulher, também deu sua contribuição.
Amy Pohler, conhecida por seu engajamento em causas relacionadas à mulher, também participou.
E até a modelo e apresentadora Alexa Chung participou da ação.
Apesar dos vários esforços internacionais, incluindo negociações diretas com o grupo terrorista, para que as meninas fossem libertadas, o Boko Haram ainda mantém o paradeiro de 219 delas (as outras conseguiram fugir) desconhecido.
Recentemente, centenas de reféns foram resgatados das mãos do Boko Haram, no nordeste da Nigéria, pelo exército nigeriano. É sabido que 214 mulheres e meninas, entre eles, estão grávidas, e que sofreram vários abusos, como estupro e tortura. Mas foi confirmado que não se tratam das garotas raptadas da escola em 14 de abril de 2014.
Agora, um ano após o primeiro tweet da campanha #BringBackOurGirls surge um novo movimento: o #RememberOurGirls, que vem para, como definiu o ator e ativista Okello Kelo, que o mundo não esqueça da causa. De acordo com ele, que também é fundador de uma escola especial para vítimas da guerra civil na Ugunda, as pessoas não podem perder a fé em movimentos como o “Bring Back”, que realmente não trouxe de volta as garotas de Chibok, vilarejo onde foram sequestradas, mas foi importante para mostrar ao mundo os abusos ocorridos na Nigéria pelo Boko Haram.