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Seu filho pode ir ainda melhor na escola com o esporte

Se ele tem dificuldade de concentração em sala de aula, abuse das práticas esportivas para ajudá-lo a ajustar o foco

Por Estúdio ABC
Atualizado em 22 out 2016, 22h55 - Publicado em 5 out 2015, 13h36
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A falta de concentração durante a infância pode se revelar de inúmeras formas. Tem aquela criança que conversa sem parar, tumultua as aulas e jamais consegue terminar uma atividade. Mas também aquela outra que fica quietinha, parece prestar atenção, mas tem o pensamento bem longe. Já viu algum desses filmes antes? Pois saiba que, na maioria das vezes, o problema não tem nada a ver com o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, que tem origem neurológica e só acomete de 3 a 5% das crianças. “Muitas vezes, a criança precisa apenas de espaço para gastar energia, enfrentar desafios e fazer amigos”, afirma a psicóloga esportiva Mariana Corrêa.  Para se ter certeza, só mesmo com base em um diagnóstico preciso que, segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção, deve ser feito por um profissional médico especializado: psiquiatra, neurologista ou neuropediatra. 

A boa notícia é que, se o transtorno for descartado, o esporte pode ajudar a criança – e muito – no aprendizado da concentração. “Modalidades que proporcionem gasto intenso de energia são bastante indicadas”, afirma Deborah Palma, coordenadora do curso de Educação Física da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo. Mas, em se tratando de crianças naturalmente dispersas, a escolha do esporte requer ainda mais cuidado. “É fundamental que elas gostem do que estão fazendo”, avisa Deborah. “Só a partir da dedicação intensa é possível começar a desenvolver o foco.” Mariana faz coro: “Não basta que os pais achem a modalidade legal. A criança deve ter curiosidade pelo esporte”.  

Para crianças mais novas, Deborah recomenda esportes que podem ser praticados mais precocemente. “A natação, por exemplo, proporciona momentos de introspecção e reflexão, que são muito benéficos”, diz. Para as maiores, o cardápio fica mais amplo – passam a ser acessíveis as modalidades de atletismo. “Para crianças que precisam canalizar energia, a corrida é uma das mais indicadas.” Esportes solitários, segundo Deborah, tendem a apresentar melhor resultado. “Com raras exceções, a criança agitada demais tem dificuldade para acompanhar o ritmo do time. Mas não há regras, tudo depende do nível de motivação de cada uma.”   


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